Design e ilustração brilham na nova e criativa Lisboa Paper Company

Rosa Cruz Rodrigues (à esq.) e Leonor Simões Coelho, a dupla à frente da Lisboa Paper Company. (Fotografia de Álvaro Isidoro/GI)
Ilustração, fotografia, design e cerâmica, entre outras disciplinas, reúnem-se na Lisboa Paper Company, uma das mais recentes lojas do Cais do Sodré montada por uma dupla de criativas. Além de montra de muitos projetos com essência portuguesa, o espaço quer receber eventos.

Tambores de máquinas de lavar roupa convertidos em candeeiros; uma maqueta tridimensional das armações de pesca de atum construída por um artesão da Fuzeta; um corvo em cerâmica desenhado pelo Laboratório d’Estórias das Caldas da Rainha; e cartas com passeios ilustrados pela Lisbon Walkers. Estes são alguns dos artigos à venda na multifacetada loja Lisboa Paper Company, aberta por Leonor Simões Coelho e Rosa Cruz Rodrigues na Rua da Boavista. Cada um mais criativo que o outro, todos com a linguagem comum da portugalidade e originalidade.

Aberta em março, a loja é só uma das faces visíveis dos projetos que unem Leonor e Rosa, há 15 anos. Na verdade, trabalhavam ambas no mesmo edifício, na Rua da Prata – Leonor, de 42 anos, na pequena loja de ilustração, fotografia e joalharia que tinha com a irmã; e Rosa, de 50, na área do design industrial – cruzando-se todos os dias. “Começámos a dar-nos muito bem e de repente estávamos a trabalhar juntas”, recorda Rosa Cruz Rodrigues. Até em 2010 “darem o nó” com o Nó Projectos, um ateliê de ilustração literária e didática com presença no Lx Factory.

(Fotografia de Álvaro Isidoro/GI)

(Fotografia de Álvaro Isidoro/GI)

“Ambas crescemos rodeadas de livros e literatura” – sinaliza Leonor -, o contexto fértil em ideias que depois transportam para capas de livros infantis e pósteres sobre o corpo humano e mapas do mundo, à venda na Feira do Livro de Lisboa. Na Lisboa Paper Company, alargaram o leque a 25 artistas nacionais ou estrangeiros residentes no país cujo trabalho admiram e que, no seu entender, “devem ser valorizados” por “transmitir uma boa imagem de Portugal”. Matthew Keil, norte-americano e amigo de ambas que já queria ter uma galeria, agilizou o aluguer do espaço.

Os objetos emprestam cor às paredes com as gaiolas pombalinas e vigas de aço a descoberto. Além de cartazes com ilustrações do sentimento “saudade” e Eça de Queirós, por exemplo, há azulejos magnéticos; peças de bijuteria; candeeiros em papel e lã; acessórios em feltro; bases para tachos de cozinha; loiças em cerâmica; vestuário para adulto e criança; bolsas de tiracolo; e almofadas, entre muitos outros. Mais do que uma loja, a Lisboa Paper Company quer acolher workshops (estampagem, etc.), eventos (jantares e provas cegas) na sua mezzanine intimista.

(Fotografia de Álvaro Isidoro/GI)


Lisboa Paper Company
Rua da Boavista, 132 (Cais do Sodré)
Web: lisboapapercompany.pt
De segunda a sábado, das 10h às 14h e das 15h às 20h.
Artigos dos 5 aos 500 euros.



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