Na Casa Lourenço, no Porto, a montra vai do queijo aos presuntos e enchidos

João Cunha é o proprietário da Casa Lourenço, no Porto. (Fotografia de Leonel de Castro/GI)
A matéria-prima nacional está em destaque na Casa Lourenço. Esta loja centenária do Porto, que começou por se dedicar principalmente ao queijo da serra da Estrela, tem hoje uma secção de presuntos e enchidos com grande variedade.

Quando João Cunha entrou pela primeira vez, pela mão do seu tio, na Casa Lourenço, já lá vão mais de 50 anos, começou uma relação para a vida. Com apenas 12 anos, João mudou-se de Barcelos para o Porto para trabalhar na loja que o tio tinha adquirido aos anteriores donos.

Quem fundou a casa foi a família Lourenço, queijeiros da serra da Estrela que aqui vendiam os seus queijos e também frutas. Com os anos, a oferta foi crescendo, e rapidamente se tornou também especializada em presuntos, enchidos e fumados, bem como em vinhos, com uma pequena mas apurada garrafeira.

(Fotografia de Leonel de Castro/GI)

O destaque que aqui se dá ao presunto está à vista. Logo quando se entra, várias pernas penduradas na parede atrás do balão enchem o olho. “O presunto é variado e principalmente de pequenos produtores do norte do país, se bem que por vezes também há presunto alentejano de porco preto”, conta João.

A grande parte é, assim, produto nacional, “mas também temos espanhóis”, refere. Quanto a esses, atualmente só trabalham com porco ibérico, em paletas (nome que se dá às patas da frente do porco) já embaladas.

(Fotografia de Leonel de Castro/GI)

De resto, os porcos mais utilizados para o presunto português, e disponíveis atualmente na Casa Lourenço, são os bísaros, da zona de Vinhais, e os serranos, que se usam de uma forma geral em todo o norte. Chaves, Vila Real, Boticas, Montalegre são as principais proveniências dos presuntos. A maior parte é de cura natural, que inclui um período de salga e posterior secagem a temperatura fria e controlada. E não se vende nenhum com menos de 12 meses de cura. Mas também têm presuntos fumados. Os preços variam entre 14 euros e 26 euros o quilo. Pode pedir-se para fatiar quaisquer que estejam disponíveis e até embalar em vácuo, para durar mais tempo nas melhores condições.

 

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