Fundação Gramaxo promove fins de semana com arte e natureza, na Maia

Museu da Fundação Gramaxo (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)
A Quinta da Boa-Vista, no centro da Maia, pertence há mais de 300 anos à família Gramaxo, que depois de abrir os jardins ao usufruto dos maiatos, criou também um museu, onde exibe a sua coleção privada de pintura e artes decorativas, e exposições temporárias de arte contemporânea.

Ao fim de semana, a Quinta da Boa-Vista abre-se à cidade que a rodeia, mostrando um resquício do passado rural da Maia. Aos sábados de manhã, há visitas guiadas às exposições do recém-inaugurado Museu da Fundação Gramaxo, da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira. “É a primeira obra de arte que se vê quando aqui se chega”, afirma Jorge Gramaxo, que assumiu a direção da fundação criada há uma década pela mãe, Maria de Fátima Gramaxo, dando continuidade ao plano de reabrir a quinta, na posse da sua família desde o século XVII, a todos os que a queiram conhecer, numa espécie de “reencontro com quem nos rodeia”.

Jorge Gramaxo, diretor da Fundação Gramaxo (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

A zona exterior foi a primeira a ser partilhada com os maiatos, que podem usufruir de um parque de lazer com mais de oito hectares, no coração da cidade.

O museu, onde a família partilha o gosto pela arte, veio depois. A construção do edifício foi concluída em 2021, mas o relançamento do projeto deu-se em fevereiro deste ano, com a inauguração da exposição “Cores vistas de dentro para fora”, composta por obras de um coletivo de 15 artistas, com curadoria de Maria de Fátima Lambert. A exposição ficará patente pelo menos até ao final de maio, altura em que outra mostra virá ocupar as salas e corredores do museu destinados à arte contemporânea. Em paralelo, mantém-se a exposição de longa duração, que traz a público a coleção de pintura, artes decorativas e joalharia que Maria de Fátima Gramaxo construiu ao longo da vida.

Exposição “Cores vistas de dentro para fora”, no Museu da Fundação Gramaxo (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

Com uma programação que vai além das exposições, com concertos, conversas e oficinas regulares, que procuram tirar partido de todos os espaços da quinta, dinamismo é a palavra de ordem no projeto que Jorge Gramaxo quer implementar na propriedade, transformando-a num “centro de cultura, de entretenimento e de lazer”. Um lugar que faça parte dos planos de fim de semana dos maiatos.

 

# A coleção
Um dos pilares do museu é a coleção de arte dos Gramaxo, onde se destacam obras de Vieira Lusitano, Abel Salazar, Aurélia de Sousa e outros mestres de vários períodos.

Exposição da Coleção, no Museu da Fundação Gramaxo (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

# O parque
Na área verde que a família abriu à cidade cabe um pequeno bosque com mesas de piquenique, antigos campos agrícolas e várias obras de arte, sendo a mais recente uma peça escultória de Siza Vieira, que veio juntar-se aos painéis de azulejo de José Emídio e a uma escultura de João Cutileiro.

Fundação Gramaxo (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

# O edifício
O edifício do museu propõe um diálogo entre o interior e o exterior – os jardins da quinta juntam-se à arte exposta nas paredes, entrando pelos janelões.

Museu da Fundação Gramaxo (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

Fundação Gramaxo. Rua Conselheiro Costa Aroso, 601, Maia. Tel.: 968 476 868. Web: fundacao-gramaxo.com. Museu: das 10h às 13h e das 14h às 18h, ao sábado e domingo. Durante a semana mediante marcação. Parque: das 10h às 23h. Não encerra. Entrada: 3,50 euros (museu); gratuita (parque)




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