Festival de míscaros do Fundão volta inspirado em Harry Potter

Míscaros - Festival do Cogumelo, em Alcaide. (Fotografia: DR)
Este fim de semana, o Míscaros - Festival do Cogumelo regressa a Alcaide, no Fundão, com a participação de 50 tascas e restaurantes, chefs convidados e atividades como passeios micológicos, exposições e documentários. O "mundo mágico" de Harry Potter é a inspiração para a edição deste ano.

O Míscaros – Festival do Cogumelo, que se realiza todos os anos no Alcaide, concelho do Fundão, vai decorrer de dia 18 a dia 20 de novembro e desafiará a comunidade migrante a confecionar pratos dos países de origem. O evento é organizado pela Liga dos Amigos do Alcaide, com os apoios da Câmara do Fundão, da Junta de Freguesia do Alcaide e da rede de Aldeias de Montanha. Tendo como inspiração “o mundo mágico do Harry Potter”, a edição deste ano contará com a participação de 50 tasquinhas e restaurantes, que são dinamizados pela própria comunidade local, anunciou a organização à Lusa.

“O Míscaros é um dos maiores festivais gastronómicos do país, não queremos perder essa essência e para isso, além da comunidade do Alcaide a confecionar pratos típicos com cogumelos – como arroz ou feijoada de míscaros – teremos ainda uma série de cotados chefes de cozinha a trazer a sua criatividade e génio para fazer um novo receituário à base de cogumelos”, explicou Fernando Tavares, presidente da Liga dos Amigos do Alcaide, citado na nota de imprensa.

Durante três dias, o festival junta pratos à base de míscaros, mas também exposições, documentários ou passeios micológicos. (Fotografias: DR)

Duarte Batista, Maria Caldeira de Sousa, Cristina Sá Marques, Marlei Cardoso, Tony Martins, Sérgio Mendes e Ricardo Besteiro são alguns dos chefes que marcarão presença ao longo dos três dias. Entre eles estará também um jovem cozinheiro oriundo ou formado na Escola Profissional do Fundão, numa aposta em novos talentos que deverá repetir-se nos próximos anos.

Além da gastronomia, o festival também manterá as apostas na componente solidária, ecológica, inclusiva e multicultural, com a comunidade migrante a participar ativamente. “Este ano teremos ainda na Arena Joe Best outras novidades, como, por exemplo, uma prova de harmonização de vinhos da Beira Interior com cogumelos ou uma sessão multicultural em que a comunidade migrante do Fundão virá confecionar pratos da sua cultura gastronómica”, detalhou Fernando Tavares.

Entre as novidades está também a criação da “Arena da Floresta e do Conhecimento”, um espaço onde decorrerão palestras, debates, exposições e exibição de documentários dedicados ao conhecimento e proteção da floresta, com enfoque na riqueza e diversidade micológica da serra da Gardunha, onde, lembrou a organização, estão identificadas 533 espécies de cogumelos.

Na Serra da Gardunha estão identificadas 533 espécies de cogumelos.

Igualmente citado no comunicado, o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, destacou a importância da iniciativa: “A Serra da Gardunha é a nossa casa comum que temos de proteger. E não há melhor maneira de a proteger do que promover o conhecimento e tornar esta diversidade micológica um atrativo, mas também um ativo económico da região”.

O programa contará ainda com os habituais passeios micológicos, bem como com uma prova de ‘geocaching’ (Geomiscarada) ou o passeio Cãogumelo, entre outras atividades na natureza. Na componente solidária, as receitas do almoço comunitário de domingo e as entradas na Arena da Floresta e do Conhecimento revertem a favor da reflorestação da “Quinta Vale d’Encantos”, que este verão foi atingida por um fogo. O festival continuará ainda a recorrer a materiais recicláveis, o que acontece desde 2015, e vai criar uma equipa chamada “Companheiros de Festa” para acompanhar pessoas com necessidades especiais.

O programa completo pode ser consultado na página oficial do festival.




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