A nova cria do Zoo de Santo Inácio é uma gazela em vias de extinção

A cria de Gazela Dama da espécie ameaçada de extinção Nanger dama mhorr nasceu no dia 6 de setembro, no Zoo de Santo Inácio, em Gaia, após seis meses de gestação, e vem juntar-se aos restantes cinco elementos da família que já vivem naquele parque, anunciou o zoo em comunicado. Esta é a maior espécie de gazela – pode mentir até 1,65 metros de altura – e carateriza-se por ter patas muito finas, um longo pescoço e pelagem com manchas vermelhas-acastanhadas e brancas.

Anunciada como “a mais rara gazela do mundo” (uma vez que está severamente ameaçada de extinção no seu habitat natural”), o nascimento da Gazela Dama é, para o parque, um sinal de esperança na missão de repovoamento da espécie. “Esperamos poder aumentar o número de Gazelas Dama do planeta para que, em conjunto com outras instituições, possamos, um dia, devolvê-las ao local de origem”, explica Teresa Guedes, diretora do Zoo Santo Inácio, em comunicado.

Esta espécie de gazela é considerada como “criticamente ameaçada” pela União Internacional para a Conservação da Natureza, existindo apenas 250 elementos adultos da em todo o mundo, uma população que continua a decrescer. É possível avistar este herbívoro nas zonas de pastagem e planície do deserto do Sahara (Chade, Mali, Níger), diz o Zoo de Santo Inácio.

Ainda não se sabe o sexo da cria, explica o parque, porque “ainda não houve qualquer aproximação da equipa técnica de tratadores e veterinários ao bebé”. Mas o animal está a ser acompanhado permanentemente no habitat da Savana e já foram registados vários “momentos de comportamento natural por parte da mãe da cria: a mãe ajudou a cria a levantar-se, a cria persegue a mãe, a cria mama, a mãe esconde o bebé, etc”.

O Zoo de Santo Inácio, fundado em 2012, é apresentado como “o maior e mais verde parque zoológico do Norte”. O parque pertence aos Programas Europeus de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, que pretendem manter populações de animais geneticamente puras e saudáveis, controlar ou potenciar o número de indivíduos existentes e garantir a sua diversidade genética para que possam ser reintroduzidos no seu habitat natural.