À uma hora da tarde, Carlos Costa não tens mãos a medir na azáfama do interior da cozinha, cenário pouco visto numa altura de crise para muitos restaurantes. Não fosse a contingência atual, terça-feira seria dia de folga para Carlos, a mulher e gerente, Paula Ramos, e a equipa de 11 funcionários do Tasquinha dos Ramos. Mas a casa está a compôr-se e há pratos para fazer e servir.
Os clientes vão sendo distribuídos por três salas, decoradas como uma típica casa alentejana, mas quando a mulher de Carlos abriu o restaurante com dois irmãos, em 2000, só existia aquela que hoje se vê logo à entrada, com a frente de uma enorme pipa de vinho com o nome da casa inscrito. “Apanharam-nos desprevenidos”, dirá
Carlos, sobre a necessidade que tiveram de crescer.
A almadense abriu o Tasquinha dos Ramos depois de trabalhar num refeitório da Expo’98. Sempre souberam que seria uma casa de petiscos. Em 2006, saíram na imprensa como um sítio de “petiscos para todos”. E para não cansar os fregueses que se repetiam, criaram os pratos do dia. São de tomar nota os fixos: francesinha à quarta-feira, cozido à portuguesa à quinta-feira e ao sábado, chanfana ao domingo e leitão à moda da Bairrada ao fim de semana e feriados.
Todos, à exeção do leitão, se vendem como menu a 8 euros. A oferta é vencedora, ao almoço de segunda a sexta, e inclui um cesto de pão, azeitonas, sopa (caldo verde ou do dia), prato do dia (à escolha entre vários), bebida (vinho a jarro, cerveja ou sumo), sobremesa da casa (varia diariamente) e café. Pode haver filetes de pescada, feijoada, dourada grelhada, espetadas de frango, alheira frita e maminha grelhada, por exemplo.
A comida, servida em louça de barro e em doses generosas, é genuinamente caseira, com os temperos apurados e boa apresentação. O serviço é rápido e eficiente, ideal para quem ali chega com a hora de almoço contada. Mas também
vale a pena ir com tempo para ficar a conhecer mais a fundo o leque de petiscos, dos quais Carlos destaca o prato especial de seis frios, bom para dividir e que pode ser composto a gosto e custa 16,90 euros.
Muito solicitados são também as saladas de polvo, mexilhão e orelha de porco, a mista de enchidos a 9,50 euros (que leva chouriço, linguiça, morcela e farinheira), o choco frito e as pataniscas de bacalhau. Já do fogão e da grelha, onde Carlos diz que também se “ajeita um pouco”, saem clássicos como pica-pau de porco, bitoques, gambas ao alhinho e vários ovos mexidos. Nas sobremesas, mais caseiro é difícil, podendo haver doce da casa, arroz doce ou salada de frutas, entre outros doces finais de refeição.
Menu infantil e take-away
Para as crianças, há um menu com sopa, prato de carne ou peixe e bebida a copo por 4,90 euros. O restaurante também tem serviço de take-away, muito procurado especialmente aos jantares.
O MENU
Menu do dia…8 euros
Inclui pão, azeitonas, sopa, prato do dia, bebida, sobremesa e café.
Especialidades: saladas frias, mista de enchidos, choco frito, pataniscas, bife da vazia com molho de natas e batatas às rodelas