Comer em Conta: esta casa em Almada serve bons petiscos há 20 anos

Filetes de pescada, um dos pratos que normalmente estão disponíveis no menu do dia da Tasquinha dos Ramos. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)
No Feijó, em Almada, a Praceta Guerra Junqueiro guarda esta afamada tasquinha que já soma duas décadas de bons petiscos e gerações de clientes. Durante a semana, o grande atrativo é o menu de almoço a preço económico.

À uma hora da tarde, Carlos Costa não tens mãos a medir na azáfama do interior da cozinha, cenário pouco visto numa altura de crise para muitos restaurantes. Não fosse a contingência atual, terça-feira seria dia de folga para Carlos, a mulher e gerente, Paula Ramos, e a equipa de 11 funcionários do Tasquinha dos Ramos. Mas a casa está a compôr-se e há pratos para fazer e servir.

Os clientes vão sendo distribuídos por três salas, decoradas como uma típica casa alentejana, mas quando a mulher de Carlos abriu o restaurante com dois irmãos, em 2000, só existia aquela que hoje se vê logo à entrada, com a frente de uma enorme pipa de vinho com o nome da casa inscrito. “Apanharam-nos desprevenidos”, dirá
Carlos, sobre a necessidade que tiveram de crescer.

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

A almadense abriu o Tasquinha dos Ramos depois de trabalhar num refeitório da Expo’98. Sempre souberam que seria uma casa de petiscos. Em 2006, saíram na imprensa como um sítio de “petiscos para todos”. E para não cansar os fregueses que se repetiam, criaram os pratos do dia. São de tomar nota os fixos: francesinha à quarta-feira, cozido à portuguesa à quinta-feira e ao sábado, chanfana ao domingo e leitão à moda da Bairrada ao fim de semana e feriados.

Todos, à exeção do leitão, se vendem como menu a 8 euros. A oferta é vencedora, ao almoço de segunda a sexta, e inclui um cesto de pão, azeitonas, sopa (caldo verde ou do dia), prato do dia (à escolha entre vários), bebida (vinho a jarro, cerveja ou sumo), sobremesa da casa (varia diariamente) e café. Pode haver filetes de pescada, feijoada, dourada grelhada, espetadas de frango, alheira frita e maminha grelhada, por exemplo.

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

A comida, servida em louça de barro e em doses generosas, é genuinamente caseira, com os temperos apurados e boa apresentação. O serviço é rápido e eficiente, ideal para quem ali chega com a hora de almoço contada. Mas também
vale a pena ir com tempo para ficar a conhecer mais a fundo o leque de petiscos, dos quais Carlos destaca o prato especial de seis frios, bom para dividir e que pode ser composto a gosto e custa 16,90 euros.

Muito solicitados são também as saladas de polvo, mexilhão e orelha de porco, a mista de enchidos a 9,50 euros (que leva chouriço, linguiça, morcela e farinheira), o choco frito e as pataniscas de bacalhau. Já do fogão e da grelha, onde Carlos diz que também se “ajeita um pouco”, saem clássicos como pica-pau de porco, bitoques, gambas ao alhinho e vários ovos mexidos. Nas sobremesas, mais caseiro é difícil, podendo haver doce da casa, arroz doce ou salada de frutas, entre outros doces finais de refeição.

 

Menu infantil e take-away
Para as crianças, há um menu com sopa, prato de carne ou peixe e bebida a copo por 4,90 euros. O restaurante também tem serviço de take-away, muito procurado especialmente aos jantares.

O MENU
Menu do dia…8 euros
Inclui pão, azeitonas, sopa, prato do dia, bebida, sobremesa e café.
Especialidades: saladas frias, mista de enchidos, choco frito, pataniscas, bife da vazia com molho de natas e batatas às rodelas




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