Pombal: a cozinha de Margarida em modo Vintage

Cheesecake de Frutos vermelhos. (Fotografia de Nuno Brites/GI)
No centro de Pombal, de frente para a Pérgula e para a Igreja do Cardal, o restaurante Vintage serve diárias ao almoço. À noite transfigura-se. É a cozinha de Margarida que lhe tem valido sucessivos prémios.

Com o mesmo ar de menina que todos lhe conhecem desde que arregaçou as mangas para o negócio aos 23 anos, Margarida Tomás descreve à EVASÕES o que julga ser uma parte do segredo do Vintage, o restaurante que é um dos cartões de visita da gastronomia de Pombal, desde maio de 2010: “Não é uma cozinha tradicional, não é cozinha de autor…é a minha cozinha. E é o mais bonito da cidade”. A chef Margarida sorri, timidamente orgulhosa de um percurso construído “com muito trabalho e muita ajuda da minha equipa”. “Alguns estão comigo quase desde o início”, conta, sempre de olho na pequena Maria Rita, que nasceu há pouco mais de um ano, filha da quarentena, e que agora corre por ali entre as mesas, pede pão, e aponta para a “papa”. Foi ela um presente que a vida lhe deu quando a pandemia se abateu sobre o negócio. Mas até então, tudo (lhe) correra de feição, fruto desse trabalho árduo e constante.

À hora de almoço é um dos locais mais concorridos da cidade. E não é para menos. Afinal, o mesmo restaurante que ganha prémios com “o melhor arroz de Portugal”, e que à noite se transfigura e serve à carta, oferece o mesmo conforto em qualquer das ocasiões, servindo diárias ao preço de 9,50 euros. “Procuro ter sempre uma ementa variada, sem nunca repetir, pelo menos durante um mês”, conta Margarida, que todos os dias apresenta uma sopa diferente, um prato de peixe e carne e uma opção vegetariana. Além disso, investe nos acompanhamentos, escapando à dupla banal de arroz e batata frita. Por ali é bastante apreciado o arroz de feijão, assim como as migas de couve lombarda, mas a equipa da cozinha – que é aberta para a sala, de modo a que todos vejam o que está a ser confecionado – prepara muitas alternativas: batata-doce, feijão verde salteado, bróculos, entre muitos outros legumes.

No dia em que a EVASÕES ali almoça os pratos são peixe-manteiga com batata assada e migas, e coxas de frango no forno com arroz basmati. A sopa é um creme de ervilhas. O telefone não pára de tocar. São reservas para a noite, altura em que o restaurante serve à carta. “Há sempre quem venha de propósito para o polvo à lagareiro, para o tornedó, mas continuamos a fazer [por encomenda] o cabrito no forno, a garoupa com arroz de berbigão. E temos sempre os risotos, claro”, acrescenta Margarida Tomás.

E se no princípio era o verbo – comer – no final podemos substituí-lo por saborear, devagar e para memória futura: sublime de chocolate com frutos vermelhos e gelado de tangerina; crumble de avelã, amendoim ou amêndoa (com frutos vermelhos); e todos os doces tradicionais “que os clientes pedem”: pudim caseiro, mousse de chocolate, baba de camelo ou doce de bolacha. Porque nenhuma história se conta sem ter quem a ouça.

Menu do dia: 9,50 euros (pão, azeitonas, sopa, prato, bebida, café)
Especialidades: cabrito no forno, polvo à lagareiro, risoto de camarão

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Encerrado para férias de 1 a 11 de setembro

 




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