Rui Rebelo sabe que para marcar a diferença no meio de tanta oferta, há que ser diferente. Mantendo o sucesso do restaurante Oficina do Duque, na calçada com o mesmo nome, no Chiado, abriu agora um espaço mais pequeno e descontraído, ruas abaixo, onde quer ter tempo para dar a provar coisas novas e interagir com os clientes. Com uma particularidade: a carta só tem petiscos para comer à mão.
A experiência pode ser incómoda para uns ou um desafio simples para outros. A garantia, seja qual for o caso, é de provar bons petiscos, resultado da capacidade inventiva do chef, que já no outro restaurante – mais sofisticado e adepto da etiqueta – havia surpreendido os clientes. Tirando alguns produtos comuns a ambas as cartas – o rabo de boi, o sarrajão e o choco, por exemplo -, tudo é novo e mutante, com quatro pratos a rodar na ementa.
Quem não se sentir bem a comer com as mãos, pode pedir uma pinça.
Os croquetes de choco com maionese de tomilho são um bom ponto de partida: à mão, devoram-se em duas tentadas. As tiras de porco confitado com molho de mostarda já obrigam a usar mais guardanapos, para desengordurar os dedos. A partir daí, é fácil adotar o conceito de comer sem talheres, pedindo as pernas de frango em tempura da Índia para molhar no molho barbecue, e cujas lascas de carne se desfazem entre dentes.
Para acompanhar tudo isto, a equipa de bar sugere a cerveja artesanal Extraordinária (um dos produtos próprios dos restaurantes do chef Rui Rebelo, que quer ter também o próprio vinho e pão artesanal) e um leque de cinco cocktails artesanais feitos por Gabriel Rivera (ex-Noma) e Rodney. Goste-se de canela, é pedir o que leva xarope orgreat (feito com amêndoa), canela, macieira e um pingo de chocolate. O sabor casa na perfeição com a sobremesa de texturas de maçã com hortelã (esta sim, traz uma colher de madeira).
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.