Fez um ano em junho que Xulio Santiños se aventurou na restauração, com a abertura do Morriña, uma taberna galega no Largo Alberto Pimentel onde se comem petiscos típicos, como o raxo ou a tortilha. “A minha vida não tinha nada a ver com a restauração”, diz Xulio, e o Morriña, admite, começou a deixá-lo “muito preso”.
Pensou, então, que seria bom diversificar os espaços e que estes fossem autónomos. Por isso, há dois meses abriu uma pizaria em Canidelo, a Cinque Terre, e recentemente, o Assador Portuense, restaurante dedicado às carnes grelhadas. “Quis criar um assador com uma proposta diferente do que há na Baixa”, explica Xulio, que já percorreu muitos quilómetros só para provar as melhores carnes. Aqui dá destaque aos cortes especiais de vaca velha DOP aroquesa e barrosã, que considera estarem entre as melhores do mundo.
A grelha está ao ar livre, na esplanada interior do espaço, e é manuseada com perícia por Rogério Coelho, paulista que possui vasta experiência de fogo. Da grelha, saem então o t-bone de arouquesa ou o costeletão de barrosã, mas também outros cortes como o tomahawk ou o bife de lombo, bem como carnes não portuguesas. Também há cabrito grelhado, aqui chamado “à Manhosa”, em homenagem àquele restaurante em Viseu conhecido por servir a especialidade.
Quem não quiser carne, pode optar pelo bacalhau da Islândia grelhado e duas propostas vegetarianas: bife de seitan com espargos, batata frita e arroz de ervilhas; e espetada de tofu com beringela e os mesmos acompanhamentos.
Para entradas, Xulio quis disponibilizar aquela comida “de tasca” tão tradicional na Baixa da cidade e que ali quase já não existe, como canja de galinha e caldo verde, moelas ou iscas de bacalhau. De referir ainda a garrafeira só de vinhos nacionais e outra mais especial, feita de vinhos do Porto com muitos anos e que compõem o armário mesmo à entrada do restaurante.
Longitude : -8.2245