Gelados de autor e exposições regulares na Doppo, em Coimbra

Fernando Castelo Branco faz gelados artesanais com um cunho muito próprio, como prova o sorvete de lima, gengibre e alecrim. E todos os meses exibe, na sua Doppo, trabalhos de artistas que lhe inspiram um sabor completamente novo.

A carreira ligada à engenharia e ao ensino ficou para trás, quando Fernando Castelo Branco resolveu dedicar-se ao fabrico de gelados artesanais de autor e abrir uma casa especializada em Coimbra. Após uma primeira experiência na Così, no Quebra Costas, iniciou novo capítulo noutra zona histórica da cidade: a Praça do Comércio. É lá que fica a sua Doppo – palavra que, em italiano escrito à antiga, significa “depois”. O nome deixa clara a ligação a Itália, onde Fernando fez formação com o mestre gelateiro Giacomo Schiavon e voltou, mais tarde, para aprofundar saberes. Atualmente, os seus gelados e sorvetes são vendidos ao balcão e ao postigo, num espaço renovado segundo projeto do arquiteto João Mendes Ribeiro.

Fernando está em constante processo de criação. Por vezes, até aceita sugestões de clientes. “Se achar graça ao sabor, experimento, e, se gostar, faço-o”, conta. Aos sabores tradicionais juntam-se alguns mais invulgares, sendo frequente a introdução de novidades. Aliás, desde o início do ano, a Doppo acolhe uma exposição mensal no piso inferior, abrangendo áreas como a fotografia, a pintura ou a escultura, no âmbito do projeto Piccolino. Ora, Fernando associa a cada uma dessas exposições um sabor novo e exclusivo. Até 1 de setembro, estão patentes na gelataria obras de Catarina Parente, e com elas veio um gelado de stracciatella de sésamo. Recentemente, uma exposição de ilustração levou ao desenvolvimento de um gelado de maçã verde e hortelã que se manteve durante algum tempo no menu e, segundo aquele mestre gelateiro, há de regressar.

Por agora, Fernando acena com outra sugestão bem fresca: o sorvete de lima, gengibre e alecrim, que atrai muitos clientes, por cada um dos elementos: “Há os que gostam da lima, os que gostam do gengibre e os que acham graça ao alecrim”. Trata-se de uma opção vegana, como outras em lista. Também existem propostas adequadas para intolerantes à lactose e ao glúten, e mesmo “sugar free”, prossegue o responsável pela Doppo, que tem em conta a sazonalidade dos produtos. Por exemplo, o sabor a melão e Earl Grey, quando acabar o melão, salta. Costuma haver entre 22 e 30 sabores disponíveis, que podem ser levados para casa, em caixas, e apresentados noutros moldes. Uma das propostas que têm tido mais saída é a pavlova, que ao merengue junta chantili, fruta e duas bolas de gelado.

Pedido de olhos fechados
Quando se pergunta a Fernando Castelo Branco pelos sabores mais clássicos da Doppo, valores seguros, muito procurados, vem-lhe logo à cabeça o gelado de pistacho, bastante elogiado por ali, e que “deve ser um best-seller em todas as gelatarias”. “As pessoas, às vezes, nem olham para o menu e pedem pistacho”, revela o responsável pela casa, que também serve café de especialidade.

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