“Não há produtos nobres e menos nobres, há bem feitos e mal feitos”. É sob a filosofia da cozinha sustentável, em que todas as partes dos animais são aproveitadas, que Vítor Sobral conduz os destinos do novo Dom Roger, apresentando petiscos tradicionais como língua de vaca de tomatada, moelas fritas, iscas e orelha de porco, rins ou fígados.
O restaurante abriu no Dia de Portugal, não por acaso, e pretende recuperar o património gastronómico mais castiço que se veio perdendo com o fecho de muitas tascas em Lisboa.
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- (Fotografia: DR)
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Paralelamente, “as sugestões do dia variam consoante o que há disponível”, explica o conhecido chef, e podem chegar à mesa ao sabor de rins de borrego salteados ou túbaros de porco, por exemplo. Associando-se a este projeto de raíz portuguesa, Vítor Sobral entrou primeiro como consultor, mas rapidamente se tornou um dos sócios do Dom Roger, no sentido de ajudar a recuperar a tal comida quase em vias de extinção.
Para os estômagos menos habituados, a carta reserva clássicos como o bacalhau à Zé do Pipo ou bitoque à casa, a par de muitos bifes da alcatra, vazia e lombo. Nos pratos principais o bacalhau merece, aliás, uma seção própria, sendo também cozinhado à brás, em lascas com grão e legumes e no forno com batata assada e cebolinhas.
A carta do Dom Roger também guarda uma série de petiscos para refeições mais leves e rápidas, pratos do dia (peixe, carne e sopa) a preços em conta e sobremesas tradicionais, como pudim de ovos e leite creme queimado. Nas bebidas, destaque os vinhos do chef, branco e tinto, produzidos em parceria com a Casa Santa Vitória, do Alentejo.
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