Do arroz de pato ao pica-pau de cogumelos, os novos pratos do Tapisco

O arroz de pato do Tapisco. (Fotografia: DR)
A chegada da primavera marca a renovação da carta do restaurante do Príncipe Real, a primeira em dois anos. Henrique Sá Pessoa mostra as novidades da casa, que teve em 2023 o melhor ano de sempre.

Nos sete anos de vida do Tapisco, que Henrique Sá Pessoa abriu na mais movimentada rua do Príncipe Real, apostando numa espinha dorsal de inspiração ibérica, as mudanças de carta têm sido pontuais, de propósito. O resultado materializa-se numa carta que permite durabilidade e intemporalidade, com propostas que funcionam de janeiro a janeiro. “Aqui apostamos em pratos que resultam o ano todo”, explica o chef sobre a renovação do menu, que não acontecia de forma tão completa desde 2022.

A mudança surge numa fase claramente positiva para o restaurante de Lisboa, que se inspira no universo petisqueiro nacional e espanhol – além de outros pratos mais robustos. “2023 foi o nosso melhor ano de sempre. Estamos mais consistentes do que nunca, não só na cozinha mas em tudo”, acrescenta Sá Pessoa, enquanto leva à mesa os mexilhões à espanhola (18€), uma das novas entradas para partilhar.

Os mexilhões à espanhola e o pica-pau de cogumelos, dois novos petiscos da casa. (Fotografias: DR)

Na cozinha, conta com a liderança de Ricardo Pereira, chef-executivo dos restaurantes de Sá Pessoa, e que tem acompanhado este último há quase década e meia, em espaços variados como o Alma (duas estrelas Michelin no Chiado), o Cais da Pedra (Santa Apolónia) ou o Arca (que Sá Pessoa abriu em Amesterdão em 2021).

A bom ritmo vão chegando outros novos reforços da carta, como o pica-pau de cogumelos (18€), num mix de três variedades (shiitake, pleurotus e paris) com molho asiático, batata palha, azeites de chilli e cebolinho, picle de cenoura, pepino e couve-flor. “Nunca tínhamos tido um pica-pau no Tapisco. Esta é uma receita que fizemos em Amesterdão e que resulta muito bem”, conta Sá Pessoa. Além disso, “sentimos a necessidade de reforçar os pratos vegetarianos na carta”, frisa.

A caldeirada de garoupa traz mais mar à carta.

Na secção dedicada ao fiel amigo (onde estão o bacalhau à Gomes de Sá e o à Brás, este último best-seller não só no Tapisco como em casas de Sá Pessoa lá fora, como é o caso da morada no Dubai), entra agora o bacalhau assado no josper com umas leves migas de tomate e o feijão verde para dar o elemento crocante ao prato, “um legume que tem sido um pouco esquecido e maltratado”, confessa o chef. O arroz de pato (28€), o único arroz de forno no Tapisco, é outra das novidades, com linguíça de porco preto, presunto de pato e alioli de salsa.

A caldeirada de garoupa, o arroz de marisco (aqui usa-se camarão, vieiras e mexilhão) são outras propostas que se provam por estes dias na Rua D. Pedro V, além de alguns clássicos da casa, como as gambas al ajillo, o choco frito com maionese de coentros e lima, o tártaro de atum, a salada de polvo, os ovos rotos ou a Bomba de Lisboa (a bola frita de alheira e batata que se serve desde o primeiro dia do Tapisco). Nas sobremesas, entram agora em campo o arroz doce com maçã caramelizada e gelado de canela (8€) e a sericaia, a levar-nos ao Alentejo, com ameixa d’Elvas e sorbet de limão (8€).

O novo bacalhau assado com migas de tomate.

O restaurante abriu há sete anos no Príncipe Real.

Tapisco. Rua D. Pedro V, 81, Lisboa. Tel: 213420681. Web: tapisco.pt. Das 12h às 16h e das 18h30 às 24h. Sábado e domingo, das 12h às 24h. Encerra segunda.




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