Carlos Teles sempre esteve ligado ao mundo da contabilidade, mas quando surgiu a oportunidade de se reformar, abriu-se uma janela para aprofundar outros interesses. “A área da restauração sempre me fascinou, principalmente o mundo dos vinhos”, explica o proprietário da Tasca da Fonte Boa dos Nabos. É natural de São João das Lampas, no concelho de Sintra, mas mudou-se para a aldeia da Fonte Boa dos Nabos, às portas da Ericeira, há oito anos.
Há meia década, abriu o restaurante onde não faltam propostas do receituário taberneiro português. “Aqui na zona da Ericeira e Ribamar, já existem muitos restaurantes dedicados ao marisco e ao peixe. Quis criar um espaço exigente na qualidade da matéria e na confeção, mas sem sair da ideia de uma tasca, onde quem nos visita se sente em casa”, adianta Carlos.
A carta fixa tem doses simpáticas e preços acessíveis, mas para aliviar o recente aumento do custo de vida, foram criados menus económicos aos almoços, nos três dias úteis em que está aberto. À quarta, é habitual servir-se coxa de frango no forno com arroz de legumes e os filetes de sardinha com arroz de tomate; à quinta chegam as pataniscas de bacalhau com arroz de feijão e a bolonhesa; à sexta serve-se o bacalhau à Brás, sempre pelas mãos da mulher de Carlos, Roseneide Teles, que abraçou este projeto depois de um percurso já ligado à hotelaria. Por dez euros, o menu inclui pão e azeitonas, um prato principal, bebida, sobremesa e café.
Além dos pratos do dia que vão sempre mudando (diferentes dos do menu económico), a carta fixa aposta em pratos como alheira de caça com batata frita ou arroz e ovo; bitoques; picanha à brasileira, a piscar o olho às origens da mulher, natural do interior de São Paulo; bifinhos de peru com cogumelos e o naco de alcatra na pedra com batata frita e molho de natas e pimentas.
Já nos peixes, o bacalhau à Fonte é um dos mais pedidos e está na carta desde o início – o lombo do fiel amigo é frito e serve-se com cebolada, pimentos, broa de milho, batata, azeitonas e picles. Outros destaques são as gambas ao alhinho; as tiras de choco frito; o polvo na frigideira com batata a murro e pimentos, que agora surge em substituição do polvo à lagareiro na carta; o bife de atum na grelha e as opções de peixe grelhado, como dourada, salmão e linguado.
Já os risotos (de gambas e cogumelos ou vegetariano) e os hambúrgueres são adições mais recentes à carta. Para o final, ficam reservados a torta de laranja com amêndoa, a merengada de limão, a tarte de maçã ou o pudim de leite condensado, por exemplo.
Com capacidade total para quase 60 comensais, a Tasca da Fonte Boa dos Nabos divide-se entre dois espaços: uma sala interior decorada com objetos agrícolas, pipas e quadros alusivos ao mar vizinho e à agricultura, e uma esplanada tranquila nas traseiras, rodeada de várias plantas e flores. O ambiente familiar, de resto, estende-se ao café e à mercearia que funcionam junto ao restaurante, geridos pela nora de Carlos.
Ementa
Menu económico… 10 euros (pão, azeitonas, prato, bebida, sobremesa, café)
Especialidades: naco de alcatra na pedra, lombo de bacalhau com cebolada, bife de atum na grelha, pataniscas de bacalhau com arroz de feijão, filetes de sardinha com arroz de tomate, etc.
Sobremesas: torta de laranja e amêndoa, merengada de limão, tarte de maçã, etc.
Longitude : -8.2245