Cartazes colados à mão, néons coloridos, paredes em xadrez, espelhos e candeeiros antigos e um cor-de-rosa forte. Quem sair dos restaurantes Dr. Bernard e Palms, ambos no paredão da Costa da Caparica, e entrar neste Dr. Bernard Boa Vida, em São Bento, encontra o mesmo tipo de linguagem e oferta gastronómica criados por Gregory Bernard – um ex-realizador de cinema na Califórnia que encontrou, na Costa, uma vida assente na restauração, surf, ioga e bem-estar. Com uma diferença: em Lisboa, é a chef Leonor Godinho (ex-Musa e Feitoria) que lidera a cozinha.
Neste novo espaço, que em tudo convida à partilha, a chef imprime um toque autoral à carta, privilegiando os produtos sazonais e locais. O couvert é uma boa surpresa, composto por bolinhas de queijo e chucrute, patê de fígado de frango, puré de cogumelos, chips de couve kale e crackers de sementes. Nas bebidas, há uma clara aposta nos vinhos sazonais. Para petiscar em pequenas doses, o lírio curado com romã, pastinaca e mizunas é uma boa opção, entre outras.
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- (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
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- (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
Também há gnocchi de abóbora com burrata, xarope de ácer e salva; coelho com arroz de grelos (reinterpretação de Leonor a partir de uma receita da avó Isaura); e borrego grelhado com flatbread de iogurte, salada verde e molho de hortelã, numa rápida viagem ao Médio Oriente. Para sobremesa, tatin de diospiro com chantilly. A cozinha encerra às 22h, mas quem quiser um jantar tardio ou prolongar a noite pode pedir ainda caldo verde e pão com chouriço aprimorados por Leonor.
A carta tardia tem também queijos fundidos acompanhados por pão de carvão ativado (com um aspeto a lembrar o xadrez caraterístico da decoração do Dr. Bernard Boa Vida) e baklava, para quem procura um doce. O restaurante está aberto entre as 11h30 e as 24h00 e até às 01h às sextas e sábados, na Rua dos Poços Negros.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
