Vinhos frescos e elegantes do planalto de Alijó

Jorge Alves e Celso Pereira, produtores dos vinhos Quanta Terra (Fotografia de Anabela Trindade/DR)
É do planalto de Alijó vêm os vinhos da Quanta Terra, empresa que no próximo ano celebra um quarto de século de existência. Recentemente, apresentou algumas novidades: o Phenomena rosé 2022, o Cota 600 e o fora da caixa Wild.

No almoço de apresentação das novas referências, que decorreu no restaurante António, em Leça da Palmeira, os enólogos da casa Celso Pereira e Jorge Alves deram à prova os vinhos que representam um novo estilo e perfil da marca, que está tanto “adequado ao gosto de consumidor”, dizem, como ao gosto e irreverência dos próprios produtores. Tanto o Phenomena como o Wild são produzidos com Pinot Noir, plantada no granítico planalto de Alijó.

“Começámos a fazer o Wild em 2021 e estagiou um ano em barrica”, contam. O vinho tem uma cor alaranjada, mas não é um “orange wine”, advertem os enólogos. “Não nos preocupamos muito em acertar a cor, é o que é. Tem acidez e muita frescura e apesar de terem 11,5 por cento de álcool tem capacidade de envelhecimento. É um vinho que é muito a nossa praia, representa a altitude do território do Planalto”.

Além do mais, acreditam, o mercado atualmente anda à procura deste tipo de vinhos “fora da caixa”. O fine dining é, assim, um dos alvos desta referência. “Vai vender-se em restaurantes que tenham sommelier e a clientes que gostam de experimentar coisas novas. É um vinho para deixar o sommelier brilhar”.

O Phenomena, não sendo propriamente uma novidade (já o fazem desde 2018), foi sendo aprimorado. É um rosé mais clássico, que utiliza também a casta de origem francesa. Sendo uma “casta global”, adapta-se bem ao sítio onde é plantada, filtrando “melhor o terreno”, refere Celso.

O tinto Cota 600 é outra experiência da dupla, um blend de Tinta Roriz e Tinta Amarela feito a pensar num público de vinhos pouco conservador. Com teor alcoólico de 12%, é um tinto que se deve consumir fresco (entre 14 e 16 graus), frutado e vibrante. Um tinto diferente de uma região famosa pelos brancos frescos. E estes, o Quanta Terra também os faz. Como será o melhor exemplo o Branco 2016, engarrafado em 2018, e que saiu agora para o mercado. As castas tradicionais Gouveio e Viosinho compõem um vinho elegante, fresco e persistente. Quem o quiser provar que se apresse, pois só foram produzidas 1740 garrafas.




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