Uma rua do Porto com histórias de bola, tecidos e petiscos

Carros de bois costumavam passar pela Rua Antero de Quental, que também fez parte da rota do eléctrico. E ainda é conhecida pelas fábricas têxteis que abasteciam as lojas de tecidos.

Chamava-se rua da Rainha por volta de 1900 esta estrada que ligava a Lapa ao Campolindo, no Porto e foi esse o nome do primeiro campo de jogos do Futebol Clube do Porto na cidade – Campo da Rainha. No início do século XX, a rua, que ficou a chamar-se de Antero de Quental na República, já seria movimentada como hoje, embora de outra maneira. Além do movimento causado pelos jogos do FCP, a rua era uma das entradas e saídas da cidade e nela operava muita indústria têxtil, cujos tecidos abasteciam lojas como os Armazéns Oliveira e a Casa Ramos, entre outras.

Este aglomerado de casas especializadas, tornava a rua muito procurada por portuenses, e não só, para a compra de matérias-primas para a confeção de artigos de vestuário. No lugar do Campo da Rainha, foi construída posteriormente uma fábrica. Hoje, a Antero e Quental continua a ser uma ligação fundamental – e direta – entre Paranhos e a Baixa, mas vai-se transformando um pouco, sem fugir ao sentido do resto da cidade. Hoje, encontramos no seu curso as sólidas confeitarias e casas de petiscos do Porto, assim como hostels e hotéis e, honrando o passado têxtil, algumas casas de pronto-a-vestir.

 

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