Só na vila, Joaquim António Velez Barreiros (1803-1865) tem uma rua, uma travessa e um jardim com o seu nome. O que não é coisa pouca. Mas nada disto é por acaso, já que o Visconde da Luz – que antes ostentou o título de primeiro Barão de Nossa Senhora da Luz – tem a sua vida intimamente ligada a esta terra virada para o mar. Em 1862, quando Cascais era apenas uma pequena terra de pescadores, este par do reino decidiu construir a sua casa de veraneio na Vila Nova, antigo Alto da Bela Vista.
Juntamente com outros ilustres moradores, muitos deles atraídos à região pela sua presença, incentivou e concordou com a criação da estrada entre Cascais e Oeiras, uma obra fundamental para o desenvolvimento das comunicações entre a foz do Tejo e Lisboa. Na mesma altura, determinou ainda que os donos dos carros, geralmente puxados por animais, fossem multados caso não circulassem exclusivamente no empedrado. E é precisamente de calçada que se reveste a Rua Visconde da Luz.
Começa por ser uma reta plana reservada apenas aos peões e onde existe muita restauração e comércio, para dar lugar a uma forte inclinação onde passam automóveis e pessoas. Aqui o movimento é maior e tem vista para o Jardim Visconde da Luz, outra marca da presença desta personagem da história de Portugal em Cascais.
Casa das Histórias Paula Rego
O Museu foi inaugurado em 2009 e tem um conjunto significativo da obra da pintora e do marido, Victor Willing. O projeto arquitetónico é de Souto de Moura. Aqui há exposições permanentes e temporárias, livraria, auditório e cafetaria. E um jardim, onde se procurou preservar árvores de espécies raras.
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