Ir à praia na “lagoa” da Baía de Espinho, onde não falta o que comer

Vista aérea da praia de Espinho. (Fotografia de Maria João Gala/GI).
Esta praia é um postal da cidade encaixado entre dois paredões que fazem com que o mar se acalme e as ondas não aumentem de tamanho. O areal que não descansa é mesmo para todos.

São oito quilómetros de costa espinhense, zonas mais tranquilas, outras mais movimentadas, menos ou mais areal, só que, dê por onde der, os olhos recaem sempre na praia da Baía, a mais procurada e agitada da cidade. Barracas às riscas vermelhas e azuis na área concessionada, guarda-sóis e para-ventos de todas as cores no restante areal, bares de praia, escolas de surf, chuveiros, balneários, lugares para estacionar bicicletas. Parece que não falta nada nesta praia que faz parte da paisagem.

Baía é nome que se percebe bem como se o batismo não pudesse ter acontecido de outra forma. Os paredões de pedra fazem o mar parecer uma lagoa, águas mais tranquilas, ondas sem muito volume, pé até uma distância razoável a maior parte das vezes, banhos e mergulhos numa baía sem muita turbulência.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Quase tudo à mão, quase tudo a acontecer. Cabe muita gente no retrato desta praia. Quem anda a aprender a surfar, quem prefere uma esplanada com os pés na areia e os olhos no mar, quem se protege do sol na barraca, quem estende a toalha para aproveitar os raios ultravioletas e os benefícios da vitamina D. Há gente no mar, há gente na areia. A Baía é praia de bandeira azul e praia vigiada. E tem serviços dignos de nota, como o da cadeira anfíbia, cadeira de praia para pessoas com mobilidade reduzida, que pode ser requisitada por marcação, tal como o apoio ao banho assistido. Praia inclusiva como deve ser.

É uma das zonas mais movimentadas da cidade. Beira-mar, marginal de calçada portuguesa larga e comprida, ciclovia, aluguer de karts e veículos familiares a pedais, um pequeno jardim com bancos de madeira e de cimento, uma escadaria de pedra para o areal, e um outro acesso em rampa, toda uma vida a acontecer ou a contemplar o que se passa na praia. Como se quiser para aproveitar o que a baía tem.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

O areal dá-se ao surf e os praticantes da modalidade apreciam o spot. E não é por acaso que a elite do voleibol nacional e mundial tenha passado por ali em competições importantes de jogos de praia, como o campeonato do mundo da modalidade. Voleibol e Espinho, como se sabe, andam de mãos dadas.

A história conta que quando o ramal ferroviário de Cáceres abriu ao público, em 1880, a costa de Espinho deu nas vistas com a praia da Baía no centro das atenções. A ligação ao mar contribuiu para o desenvolvimento da terra, as campanhas de pesca, os barcos, os pescadores à procura do sustento, a arte xávega com as juntas de bois que puxavam as redes para terra. A baía ali está, com vista para o casino da cidade e para toda uma vida a acontecer.

 

O que fazer ao redor da areia

Almoçar marisco e peixe fresco
A Aquário Marisqueira está a dois passos do areal, vista privilegiada sobre a praia, tem esplanada, sala interior, e uma carta que respeita o nome de uma casa que abriu em 1954. Sabores do mar, variedades de marisco e de camarão, tigres grelhados, lulas ao alho, ostras, amêijoas, filetes de polvo, bacalhau com broa, lampreia à bordalesa, arroz de tamboril. Nas carnes, tripas à moda do Porto, rosbife à inglesa, bife de boi laminado.


Comer gelados da Esquimó
São gelados artesanais, naturais, sem corantes, bem conhecidos por ali e nas redondezas. Caseiros, sem produtos químicos, e sem abrir mão da qualidade da fruta e de outros ingredientes. Em cone de baunilha, em copo, em taças com várias composições. Morango, amora, noz, manga, menta, caramelo, coco, são alguns dos sabores disponíveis. Já são 46 anos a fazer gelados.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)


Provar hambúrgueres diferentes
Não é convencional, é um facto. Decoração feita com móveis restaurados, peças de outros tempos, vários relógios. Hora H é um espaço que nasceu para mostrar que os bifes redondos têm potencialidade. Na ementa, hambúrguer de bacalhau em bolo de caco, hambúrguer de alheira mirandesa panada com queijo e cebola roxa, hambúrguer de peito de frango crocante, de beringela com compota de pimento vermelho.

(Fotografia de André Gouveia/GI)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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