Se alguma vez já ultrapassou a porta do número 18 do Largo de São Domingos, no Porto, não estranhe o que encontrar da próxima vez que lá for. Continua a estar no restaurante DOP que, no entanto, foi alvo de uma remodelação que lhe alterou o aspeto, mas não lhe transfigurou a alma. As cadeiras – da autoria da designer holandesa Janine Hulsker e produzidas pelas melhores empresas da Capital do Móvel – e mesas são novas, os pratos, talheres e copos foram trocados e até os colaboradores do chef chegam à mesa com um renovado guarda-roupa.
Mas as mudanças não se ficam pelo acessório: o DOP também tem uma nova carta. Uma carta que, como explica o chef Rui Paula, «parte da cozinha tradicional portuguesa, mas visita e tem um toque de cozinhas de várias paragens». As trutas, com legumes da época e pata negra, e o salmonete acompanhado por gnocchis de manjericão têm presença garantida entre os novos pratos, assim como a bochecha de vitela com gnocchi, cogumelos e feijão-verde ou o cordeiro, couscous e ravioli de beringela.
«É uma comida de conforto», resume o mentor do restaurante inaugurado em 2010, no centro histórico da Invicta, e que mantém na nova época os clássicos bacalhau com broa e o arroz de cabrito com pá assada. «Quem cá vier come como se estivesse em casa, mas ao mesmo tempo está num sítio in», refere Rui Paula, que assim reforça o DOC como espaço mais «eclético» e como «contraponto» à Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, que foi distinguida, no ano passado, com a primeira estrela Michelin. O preço médio ronda os 50 euros, mas vale a pena ponderar os menus de degustação pela experiência de apreciar, na mesma refeição, um carpaccio de polvo com romã, um peixe-galo com arroz de berbigão e uma vitela, com foie-gras e puré de trufa.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
