O pão de que se fala tem longo historial à mesa dos americanos, canadianos e ingleses, mas foi de França que David Soares, 33 anos, o trouxe na bagagem, aterrando em Oeiras em outubro do ano passado para aí abrir, em conjunto com a mulher, uma bagel shop, como gosta de lhe chamar. A Bagel Side abriu no dia 10 de abril e oferece o que de melhor se come em matéria de bagels por esse mundo fora.
David desenvolveu as receitas tendo em conta a sua experiência de viagem pelos países onde o bagel é uma tradição, e mesmo assim não deixou de inovar, juntando-lhes ingredientes bem portugueses. O Harlem, por exemplo, tem o nome do conhecido bairro de Nova Iorque, mas é «o mais original da carta», pois leva queijo francês comté, rúcula, alface e marmelada, criando uma interessante mistura «agridoce».
Os clássicos mais pedidos, salgados e doces, mantêm-se pela geografia da cidade que nunca dorme. O Brooklyn leva carne de vaca pastrami com pimenta preta, queijo-creme, tomate, cebola roxa, alface, mel e mostarda e o Manhattan é um bagel de salmão com cebola roxa, tomate, salada iceberg e não deixa de fora o típico queijo-creme que recheia este pão mundialmente conhecido. Qualquer um representa uma boa refeição (o menu de bagel com limonada e mini-cheesecake custa 6,95€) e se se preferir lanchar algo mais leve, pode optar-se pelos mini-bagels, invariavelmente doces.
Surpresa das surpresas, na Bagel Side também se bebem cervejas artesanais portuguesas, pensadas para «acompanhar cada tipo de bagel», revela o empresário. Neste cardápio participam as conhecidas Avenida, Letra, Dois Corvos, Mean Sardine e Rafeira, entre outras, mostrando como uma refeição importada pode casar na perfeição com a produção nacional.
A Bagel Side, situada nas imediações do Tribunal de Oeiras, tem uma esplanada para 40 pessoas. E é ali que, contrariando o calor do sol, se pode pedir ainda um gelado à base de iogurte ou uma salada com limonada e iogurte (por 6,30 euros). Nem só de bagels vive a Bagel Side em Oeiras. Mas é lá que eles se encontram.
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