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Garrafeiras e bares em Lisboa para comprar e provar whisky

Percorra a fotogaleria para conhecer 12 sítios onde se pode provar e comprar whiskies em Lisboa. Na fotografia: whisky japonês no Soão. (Fotografia de Paulo Barata)
TOCA DA RAPOSA Cocktails de autor à base de whisky A sazonalidade faz que a carta mude a um ritmo mensal, mas o casamento entre os produtos frescos nacionais e as fermentações e infusões que faz na zona de laboratório continuam a ser a arma de Constança Cordeiro. A mixologista abriu há menos de um ano a sua A Toca da Raposa, espaço intimista com cocktails de autor no Rossio, e tem dez novas razões para uma visita. Três delas giram em torno do whisky, que considera uma bebida «muito versátil» para poder experimentar. Como já vem sendo hábito, cada cocktail tem nome de animal e vem apresentado na carta com um desenho criado pelo sobrinho de Constança. O Cervo, por exemplo, leva um bourbon cozinhado a baixa temperatura com cherovia aassada, criando uma textura aveludada e amanteigada. Por fim, leva um licor de louro, obtido através da redestilação de louro com vodka. (Fotografias de Gustavo Bom/GI)
TOCA DA RAPOSA Cocktails de autor à base de whisky Já o Enguia junta whisky escocês e uma infusão de óleo de sésamo e botelho-comprido da ria de Aveiro. O Pintassilgo, por sua vez, é mais acessível ao palato e até apelativo para quem não é o maior admirador de whisky. Leva bourbon, sumo de maçã de Alcobaça gaseificado e vodka de caramelo caseiro. O novo fungagá da bicharada desta Toca não se esgota no whisky e por lá também andam o Pavão Branco, o Lacrau, a Minhoca ou a Coruja, dando protagonismo a outros destilados. Uma das novidades que também tem chamado a atenção é o Gafanhoto, feito de gin redestilado com aipo e uma mixtura de porto seco com especiarias, gin e sumo de limão.
SOÃO Harmonizações de whisky e chá Há quem acredite que os opostos se atraem. Normalmente, associa-se esta ideia às relações interpessoais, mas o mesmo também se pode dizer à mesa. «A força e a robustez de um whisky combina na perfeição com a delicadeza de um chá», explica Vasco Martins, head bartender do Soão. A taberna asiática de Alvalade faz harmonizações com estas duas bebidas desde o final do ano passado, ideia inspirada por algo semelhante num restaurante taiwanês que os donos visitaram no estrangeiro. As três harmonizaões foram criadas e combinadas por Vasco e Sebastian Figueiras, fundador da Companhia Portugueza do Chá, com base em dois whiskies japoneses e um taiwanês. O nipónico Nikka From The Barrel, ideal para quem gosta de whisky «mais suave e equilibrado», junta-se a um chá Lapsang Açores, blend com notas de floresta molhada e pinho. (Fotografias de Paulo Barata/GI)
SOÃO Harmonizações de whisky e chá Também do Japão, o Yanakazi 12 anos, «com notas de pêssego, frutos vermelhos, cereja», liga bem com o Milky Oolong, chá chinês típico da província de Fujian, que seca por cima de soro de leite. Por fim, o Kavalan King Car Conductor, de Taiwan, é «bastante robusto, com notas picantes quando se prova e que vai depois suavizando na garganta». É emparelhado com o chá Gin Xuan Oolong Thai, «aveludado» e produzido num campo de camélias no norte da Tailândia. O Soão tem recomendado estas duplas no final das refeições e a reação tem sido positiva. «É algo que o público não associa. No início, reagem com curiosidade e espanto, mas têm gostado», conta o responsável. «Há pairings para todos os gostos», assegura.
AFURI LX Um bar com whiskies japoneses no Chiado A comercialização do whisky japonês tem quase 100 anos, mas só «recentemente se tem falado mais dele em Portugal», explica Ana Matias, responsável pelo bar do Afuri Lx. O restaurante japonês chegou ao Chiado há um ano e tem na carta quase três centenas de referências de whiskies, a maioria do Japão. «São whiskies muito complexos. Enquanto que há pessoas que só gostam de scotch, ou bourbon, os japoneses satisfazem todos os amantes de qualquer whisky», conta Matias. Produtoras gigantes como a Nikka, a Hakushu e a Yamazaki estão na carta de bar, a solo ou como parte de cocktails de autor. (Fotografias de Sara Matos/GI)
AFURI LX Um bar com whiskies japoneses no Chiado Neste campeonato, há quatro propostas à base deste destilado para provar, algumas destas fazendo a ligação entre Japão e Portugal. O Kobura Cobbler junta whisky, vinho da Madeira, goma de abacaxi e sumo de limão. Já o Akai Kaigan leva um whisky com vermute caseiro, sumo de laranja e ginjinha. O Smokey Honey é uma das novidades e liga o destilado a um licor de mel, acabate, laranja, sal e pimenta. Os mais indecisos podem optar por uma prova de três whiskies que têm presença fixa no bar do Afuri Lx.
GARRAFEIRA NACIONAL Whiskies dos 9 aos 9 mil euros Tarefa árdua, talvez impossível, a de agradar a gregos e a troianos. Mas com mais de 600 referências de whisky, será difícil não encontrar a garrafa certa e adequada ao tipo de gosto, para oferecer. Entre as mais de nove mil garrafas que forram as paredes desta loja que celebra em breve 92 anos, estão referências de whisky de várias partes do mundo. EUA, Escócia, Irlanda, Japão, Canadá, Taiwan, Itália, França ou Alemanha, entre outros territórios. (Fotografias de Filipa Bernardo/GI)
GARRAFEIRA NACIONAL Whiskies dos 9 aos 9 mil euros Para comprar numa das três lojas da Garrafeira Nacional – à original e maior, na Rua de Santa Justa, juntaram-se outras duas, na Baixa e no Cais do Sodré – ou encomendar através do website. Os preços não poderiam ser mais democráticos, vão dos 9,90 euros do William Lawson's à edição especial da casa escocesa Royal Salute, criada para assinalar os 40 anos da coroação de Isabel II. É envelhecido por um mínimo de 21 anos e vem acompanhada por um decantador em cristal. O preço? Nove mil euros. Ainda assim, e podendo, pai só há um.
WHISKY & CO A mais completa loja e coleção privada As cerca de seiscentas referências de whiskies de todo o mundo fazem desta loja um espaço único na capital e, quiçá, no país. É um autêntico templo do whisky composto por loja e coleção privada, um projeto iniciado há mais de 60 anos por Alfredo Gonçalves, claro apreciador deste destilado. «O meu pai, o que nos conta, é que no final dos anos 1950, princípio dos anos 1960, em Angola – de onde veio – não havia muitos whiskies e ele gostava de ter whisky em casa. Viajava e ia comprando algumas garrafas, por vezes em duplicado», conta Luísa Gonçalves. «Umas foram-se bebendo, outras foram-se guardando. Foi assim que começou.» Alfredo ainda vai diariamente à loja, aberta há 18 anos, mas é a filha que está mais presente e não hesita em ajudar a escolher o whisky mais adequado ao gosto e à carteira do cliente. «Há alguns a menos de 50 euros que são bons», garante. Mas já ali se venderam garrafas a cerca de 3 mil euros, por exemplo. (Fotografias de Fernando Marques)
WHISKY & CO A mais completa loja e coleção privada «Aquilo que as pessoas mais procuram são os single malt da Escócia, feitos com a cevada maltada, e que têm o nome da destilaria. Consoante as zonas da Escócia, têm também caraterísticas diferentes, e o que agrada a uns não agrada a outros.» Mas, de uma forma geral, os irlandeses, escoceses e americanos são escolhas seguras, garante. Luísa sabe do que fala, afinal foi ela que, entre quatro irmãos que cresceram no meio da coleção, começou por fazer o inventário dos whiskies do pai. O museu ocupa três salas, com paredes recheadas de garrafas organizadas essencialmente por países e regiões da Escócia, e requer marcação prévia para ser visitado. Um espólio líquido valioso.
VENAKKI DISTILLERY Destilado no Ribatejo É em Alpiarça, distrito de Santarém, que se está a produzir aquele que é, provavelmente, o único whisky português. A iniciativa é de uma dupla internacional – Lisa He, de Hong Kong, e Alfredo Baptista, de Lisboa – e tem ganho forma numa destilaria artesanal e de pequena produção. Porquê Portugal, porquê o Ribatejo? Explica o porta-voz da Venakki Distillery que as caraterísticas do clima e do terreno da região foram determinantes para este projeto vir para Portugal. Mais: tendo em conta que é de barricas previamente envinhadas que o destilado apura grande parte do sabor, não podiam ter escolhido melhor. Usam barricas de vinho do porto, Madeira, vinhos de Setúbal, moscatel de alexandria e fernão pires, e também brandy. Neste momento, a Venakki Distillery, em atividade há dois anos, tem whiskies single malt a envelhecer. Na forja estão outras ideias, como o lançamento de um vermute e de uma vodka de uva, também artesanais. A ideia é que mais produtores arrisquem seguir estas pisadas empreendedoras na produção de whisky nacional. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)

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