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10 mercearias históricas para fazer compras no Porto

Veja mais imagens destas mercearias percorrendo as setas desta fotogaleria. (Fotografia: Igor Martins/GI)
1. Mercearia do Bolhão 139 anos | Café, vinhos e charcutaria É, possivelmente, a mais antiga mercearia do Porto, quase a tocar nos 140 anos. Alberto Rodrigues, o atual proprietário, não consegue precisar quem a fundou, mas garante que a casa «ainda está bem de pé». O bacalhau, fumeiro, vinhos e queijos são os artigos com mais procura, assim como os cafés, vendidos a granel. (Fotografia: DR)
2. Casa Natal 119 anos | Bacalhau, frutos secos e conservas As prateleiras estão carregadas de garrafas de vinho, as dezenas de gavetas preenchidas com especiarias ou bombons coloridos e, nas cestas, os frutos secos foram cuidadosamente amontoados. A organização dentro desta casa é exímia, tanto que dá gosto só ficar alguns momentos a observá-la. Para Nuno Rocha, não podia ser de outra forma. «Durante mais de 40 anos, o meu pai esteve à frente de outra mercearia. De certa forma, também cresci dentro do negócio», conta o proprietário da Casa Natal. Depois de mais de uma década a gerir outra mercearia, surgiu a oportunidade de ficar com aquela, no número 833 da Rua Fernandes Tomás, em 2015. Foi nessa altura que o espaço sofreu uma renovação, para se aproximar daquilo que era originalmente. Se antigamente se vendia sal, açúcar, arroz, óleo e outros básicos, hoje quem ali entra procura coisas que nem sempre há nos supermercados, como «boas conservas, vinhos, enchidos, queijos, chocolates». Apesar de grande parte da oferta ser nacional, há exceções, sobretudo nas bebidas alcoólicas. De destacar ainda as conservas, que «têm tido um crescimento fabuloso», comenta Nuno. Sabores como atum com caril ou atum com azeite, presunto, oregãos e azeitonas, conserva de biqueirão, robalo ou mexilhão são algumas das sugestões inovadoras que se encontram nas prateleiras da mercearia e que saem muito bem. (Fotografia: Artur Machado/GI)
3. Comer e Chorar Por Mais 103 anos | Queijos, fumeiro e vinhos Quem recebe quem entra na Comer e Chorar por Mais é, antes de tudo, o aroma a queijos e fumeiro que enche o ar. Depois ouvem-se as saudações dos funcionários que, não raras vezes, tratam os clientes pelo nome. É o resultado de anos de fidelidade a esta casa centenária, fundada por Fernando Barandas, que começou por vender café, chá e especiarias, que chegavam das ex-colónias. «Depois fazíamos trocas diretas com material de escritório. Ia para lá material de escritório, tinta, tinteiros, papel mata-borrão», explica Inês Silva, funcionária. Mais tarde, na década de 1970, a oferta alterou-se. Com o fim das remessas das ex-colónias, apostou-se em produtos regionais, que tal como comprova a azáfama que se sente diariamente, resultou. Hoje os portugueses procuram cada vez mais manta de porco preto - um pedaço de gordura que pode ser fatiada -, butelo, casulas e alheiras, chegadas de Moncorvo, Mirandela, Vinhais e Montalegre. O presunto de porco preto vai na bagagem de muitos asiáticos e os franceses ficam deliciados com o sabor intenso dos queijos – há-os da Serra da Estrela e Celorico da Beira, amanteigados, de meia-cura e outros afinados pelo proprietário. E também vinhos e pão regional, vindo de Mirandela, Foz Côa, Vinhais. Da casa, há geleias e doces, alguns inusitado como o de maçã e castanha ou o de abóbora e pinhão. (Fotografia: Igor Martins/GI)
4. Pretinho do Japão 72 ANOS | Café, frutos secos e bacalhau É com carinho que José Manuel fala da infância, marcada pelo tempo que passou na Pretinho do Japão. «Eu gostava tanto disto que nas minhas brincadeiras a terra fazia de café e o tijolo de colorau», lembra o mais antigo funcionário da casa, que seguiu as pisadas do pai. A casa abriu em 1947 por António Teixeira da Silva, mas hoje é Rita Gonçalves e a família que gerem o espaço. Aos poucos, foram atualizando a mercearia com o cuidado de não a desfigurar. Estenderam a zona de loja para o espaço que servia como armazém e montaram uma esplanada tranquila nas traseiras, com uma zona coberta, onde se servem refeições ligeiras. As especialidades, essas, continuam as mesmas: o bacalhau, os frutos secos e o café, em grão ou moído nas duas máquinas septuagenárias que estão à entrada, e com ele são feitas várias misturas. Também vai ao Pretinho quem procura chocolates «de antigamente» que não se encontram com facilidade em supermercados. A esta oferta clássica, adicionaram-se produtos mais recentes, como biscoitos de amendoim, bombons de figo recheados e granola feita na casa. (Fotografia: Pedro Correia/GI)
5. Casa Chinesa 81 anos | Produtos sem glúten e vegetarianos Desde 1938 que a Casa Chinesa está de portas abertas na Rua Sá da Bandeira, e há mais de meio século que Eugénio Teixeira gere o negócio. Nasceu em Viana do Castelo, foi para Guimarães com um ano e aos 15 anos, foi sozinho para o Porto em busca de uma vida melhor. O primeiro trabalho foi na mercearia Pérola de Pequim (já extinta) e pouco depois estreou-se na Casa Chinesa. É com emoção que fala da dureza dos primeiros anos, quando, como marçano, fazia longas distâncias carregado com mercadoria à cabeça ou às costas. Volvido mais de meio século, afirma que a casa se está a aguentar bem. Talvez pela introdução de opções inovadoras há já alguns anos. Os alimentos sem glúten, que Eugénio afirma ter sido o primeiro no Porto a apostar em tal segmento, há duas décadas, continuam a ser um sucesso, bem como os produtos vegetarianos, brasileiros e africanos, dos quais hoje se vende «muito mais». À já grande oferta junta-se uma seleção de especiarias, chás, fumeiro, vinagres e azeites, frutos secos, conservas, biscoitos. (Fotografia: Igor Martins/GI)
6. Mercearia do Galo 77 anos | Bacalhau e vinhos Nesta mercearia septuagenária a dois passos da Praça dos Poveiros a especialidade é bacalhau, mas também se encontram pelos armários de madeira garrafas de vinho do porto, feijões e frutos secos a granel, fumeiro, conservas e azeites. Recentemente, os clientes têm pedido também cevadinha e farinha de pau. (Fotografia: Igor Martins/GI)
7. Pérola do Bolhão 102 anos | Charcutaria e frutos secos A fachada ao estilo Arte Nova é uma das mais fotografadas da cidade, mas vale a pena entrar nesta mercearia centenária seja para comprar charcutaria, frutos secos ou bacalhau. Está nas mãos da terceira geração da família Reis e quando abriu era muito frequentada por pessoas de fora do Porto, sobretudo do Douro. «Compravam os chás, os cafés, bolachas. Lá fora havia menos oferta», conta António Reis, filho do fundador. Hoje vende de tudo um pouco. Os estrangeiros não deixam passar a oportunidade para comprar vinho do porto, já os portugueses rendem-se ao fumeiro e aos frutos secos. (Fotografia: Artur Machado/GI)
8. Feira do Bacalhau 93 anos | Bacalhau e especiarias Línguas ou caras, inteiro ou desfiado, de cura amarela ou de cura inglesa, da Islândia, da Noruega e, por vezes, até do Canadá - aqui o bacalhau é rei e senhor e podemos chegar a esta mercearia do Bonjardim seguindo o aroma salgado e forte onde o fiel amigo seco se exibe pendurado à porta. Há sugestões para todos os bolsos e à oferta ainda se juntam vinhos, conservas, azeites, especiarias e feijões. (Fotografia: Pedro Correia/GI)
9. Casa Cerdeira 82 anos | Frescos e mercearia generalizada Uma vasta garrafeira, artigos de mercearia, produtos para a casa e de higiene, frutas e legumes frescos enchem a Casa Cerdeira, situada na Rua de Santa Catarina. O estabelecimento abriu na década de 1930 por Blandino Cerdeira, e atualmente está nas mãos da família Brandão. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
10. A Favorita do Bolhão 85 anos | Bacalhau e vinho do porto Além do bacalhau da Islândia, dos azeites transmontanos, da garrafeira rica em vinhos do porto e whiskeys, dos bombons, biscoitos nacionais e das especiarias, na Favorita do Bolhão também há produtos, como farinhas, pão ralado, chá, tapioca e flocos de aveia da marca da casa, a Zelly. (Fotografia: Pedro Correia/GI)

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Os lugares de atendimento personalizado, ambiente familiar e uma criteriosa seleção de produtos voltaram a estar na moda. As mercearias sofreram com a abertura dos grandes supermercados, mas mantêm-se bem vivas aquelas de sempre (que levavam os artigos “gourmet” do interior às grandes cidades).

Fomos à descoberta de algumas mercearias tradicionais no Porto, especializadas em produtos tão variados como bacalhau, cafés, queijos e enchidos. Na fotogaleria acima, conheça dez casas que vale a pena conhecer – e frequentar.

 

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