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Seis vinhos nacionais que marcam a diferença

Percorra a fotogaleria para ver as escolhas do crítico de vinhos da Evasões. O Douro predomina entre a lista, mas apenas pela diversidade que os vinhos selecionados exprimem. Esta seleção privilegia, ainda, a relação preço/qualidade.
Boina-Goblet DOC Douro tinto Classificação: 16,5 em 20 Preço: 9,50 euros Nuno Morais Vaz decidiu autonomizar-se com um vinho de tese que é importante provar. Conhecedor do Douro, tem ainda muito para dar e apresenta aqui um vinho de prazer, de que vamos seguramente conhecer edições de perfil mais requintado e expressivo. Para já, parabéns!
Grandalhão DOC Dão tinto 2013 Classificação: 17 em 20 Preço: 8 euros Produzido a partir de vinhas velhas de jaen, alfrocheiro, tinta roriz e touriga nacional por Jorge Leonardo, juntamente com o enólogo Rui Coutinho. Começou por produzir o Ignorante, a que juntou recentemente este título, profundo e mineral.
d’Eça Pinot Noir DOC Douro tinto 2012 Classificação: 17 em 20 Preço: 18 euros Vinho impressionante por a um tempo mostrar a tipicidade clássica da uva rainha da Borgonha e revelar um lado de grande elegância do Douro. Balanço de fruta e mineralidade invulgares nos rigores quentes do xisto duriense. Para guardar, se conseguirmos.
Desconhecido DOC Douro tinto 2013 Classificação: 17 em 20 Preço: 12,50 euros Na margem esquerda do Douro, onde o rio é mais caprichoso, na região do Cima Corgo, nos altos de Marmelal, tem Lisete Osório carta branca para fazer os vinhos como quer. Garra, virilidade e ao mesmo tempo elegância, graças a contenção na extração. Taninos finos, vinho bem feito.
Doravante DOC Bairrada tinto 2015 Classificação: 17,5 em 20 Preço: 15 euros A frescura de um vinho resulta do encontro subtil da estrutura bem urdida e a acidez correta. Este vinho tem justamente essa marca, a que junta elegância. Baga e touriga nacional vinificadas em balseiro, conjuntamente, numa abordagem de vanguarda. O nome assim sugere e nós assim esperamos.
Somnium DOC Douro branco 2013 Classificação: 18 em 20 Preço: 15 euros Joana Pinhão, enóloga da Quinta do Vale D. Maria, e Rui Freire meteram as suas sábias mãos à obra e que rica obra saiu, o Douro tem mais um grande branco no palmarés. Uvas de códega do larinho e rabigato.

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A simplicidade e o minimalismo estão na ordem do dia, juntamente com as pequenas produções a partir de uvas de micro-terroirs. A par da avalanche de marcas que abordam de revoada os consumidores, há um fio mais fino que corre vindo diretamente do melhor talento e da capacidade de inovação.

Depois de medir forças consigo próprio e de ver até onde consegue ir, o produtor inquieto e desinstalado quer cumprir a sua própria fantasia de diferença, em modo de manifesto. O fascínio tecnológico e os aspetos industriais da produção de vinhos – que tem de existir sempre – deu lugar a um trabalho de interpretação da vinha, em detrimento da intervenção no sentido de aumentar a produção.

O reticulado nacional permite uma exploração de puro prazer, é certo que muitas vezes a preços elevados, mas procurando encontra-se autênticas pérolas. A aproximação entre criadores e consumidores de vinho exprime o que mais se deseja, que é a rendição à proximidade. É isto que é Portugal, é disto que Portugal é feito. Boas provas!

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