Publicidade Continue a leitura a seguir

Porto: 8 lugares para se deliciar com bons croissants

Percorra a fotogaleria para conhecer sete lugares no Porto onde se comem bons croissants. Na foto: Croissant da confeitaria Chicana (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)
1. Paparoca da Foz, Porto Leves, «amanteigados» e extremamente suaves por dentro – assim são os afamados croissants da Paparoca da Foz, cuja receita remonta a 1977. A pastelaria/padaria, que mudou de gerência em 2005, apenas tem atendimento ao balcão e uma pequena esplanada com vista para onde o Douro toca o Cais do Marégrafo. Mas mesmo com poucos lugares sentados, Pedro Vieira, um dos três sócios do negócio, estima que sejam vendidos diariamente cerca de mil croissants. Ao fim de semana, o número é ainda maior. O segredo: «Respeitar os tempos de descanso da massa», revela Pedro. De facto, o processo é longo – depois de os ingredientes serem misturados, a massa é esticada no laminador e recebe a margarina. Passa mais uma vez pela máquina e é, então, cortada nos triângulos que vão dar forma aos croissants. Após estarem formados, repousam quatro horas no frio, e passam para uma estufa, onde a massa vai levedar e atingir o tamanho ideal. Entrarem no forno a 220 graus, durante cerca de 10 minutos, é o último passo antes de se desfazerem na boca. (Fotografia: André Rolo/Global Imagens)
2. Mix-Pão, Matosinhos Quando o Mixpão abriu, em 2005, em frente à «rotunda da Anémona», esta praça – chamada de Cidade do Salvador – que funciona como «fronteira» entre Porto e Matosinhos estava a começar a desenvolver-se. A escultura She Changes - Anémona, da artista norte-americana Janet Echelman tinha sido inaugurada em 2004 e este troço junto ao mar e ao Parque da Cidade começava a «chamar» gente. «O meu pai percebeu que era uma zona com potencial», explica Jorge, filho do proprietário. Na verdade, não passou muito tempo para que a zona se enchesse de surfistas, banhistas e muitos moradores. O croissant amanteigado e «pegajoso», como o definem alguns clientes, foi sempre a grande aposta da casa, que quer que estes sejam uma «referência» nacional». Todos os dias há croissants simples, com ovo, com chocolate e com chocolate branco. No fim de semana, há edições especiais – chocolate branco crocante, frutos vermelhos, doce de leite – e há outras edições especiais que duram um só dia, como acontece por alturas do São Martinho, com o croissant de castanha. (Fotografia: Adelino Meireles/Global Imagens)
3. Chicana, Porto No dia 25 de abril de 1974, uma jovem aprendiz de pasteleira saiu de casa para ir trabalhar. No dia seguinte, a confeitaria Chicana ia ser inaugurada na Avenida Rodrigues de Freitas e tudo tinha de estar preparado. «É um dia que uma pessoa não esquece», diz Ana Pereira, que passados 44 anos conduz os destinos da Chicana como chefe pasteleira. No dia da revolução teve de ser acompanhada na rua por um soldado – pois a delegação da PIDE-DGS (onde agora funciona o Museu Militar) ficava lá ao fundo e a tensão era muita. Quando saiu para almoçar é que percebeu o que estava a acontecer. A confeitaria abriu ao público no primeiro dia da democracia. O croissant tornou-se rapidamente um dos produtos mais queridos da casa. Tudo aqui é feito nas mesmas máquinas que lá estavam quando a confeitaria abriu. «Farinha, açúcar, margarina e ovos é tudo o que uso para fazer os croissants», explica Ana. Quando se tornou chefe – há 24 anos – alterou um pouco a receita do antigo pasteleiro. Os croissants tornaram-se mais macios e «amanteigados» e desde então que se vendem às centenas diariamente (ao fim de semana chegam a ser mais de mil). Sempre acabados de sair do forno. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)
4. Padaria Ribeiro, Porto Desde 1878 que saem croissants quentinhos da Padaria Ribeiro, ora «amanteigados», ora folhados. Passados 140 anos, as receitas são as mesmas, e continuam a encantar aqueles que vivem no Porto e arredores, e os turistas, que se deliciam, sobretudo, com os croissants em miniatura. Os principais ingredientes de ambos os croissants – farinha de trigo, ovo, margarina vegetal, açúcar e sal – «são praticamente os mesmos, a quantidade é que varia», explica Duarte Cunha, supervisor de lojas, acrescentando que o facto de serem enrolados à mão faz toda a diferença. Dos dois, o preferido é, sem dúvida, o «amanteigado» – doce e bastante húmido graças à calda de açúcar que é colocada nos croissants ainda quentes, para que seja bem absorvida pela massa. A preferência traduz-se em cerca de seiscentas unidades vendidas todos os dias, nas lojas da Baixa, na Foz e em Matosinhos. Apresentam-se ambos nos tamanhos mini, meia dose e normal. O croissant folhado pode ainda ser pedido com recheio de chocolate ou de creme de pasteleiro caseiro. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)
5. Petúlia, Porto Para muitos portuenses, quando se fala de confeitaria Petúlia a primeira coisa que vem à cabeça são as filas intermináveis que por altura do Natal se formam na Rua Júlio Dinis. Isto porque o bolo-rei e o pão-de-ló são as grandes atrações desta confeitaria que conta já com 46 anos de existência. Mas não são só estes dois bolos que se destacam. O croissant tem muita saída. Filipe Moreira, que estagiou na Petúlia depois de estudar pastelaria, e passados onze anos chegou ao lugar onde está hoje, admite que alterou um pouco a receita dos croissants quando se tornou chefe: «Os nossos croissants são ricos em ovos, muitos macios e com boa longevidade». Um pouco de baunilha dá-lhes caráter, e a calda de açúcar com que são pincelados é o toque final de Filipe. A misteriosa calda tem segredos - entre eles algumas bebidas que Filipe Moreira não divulga, mas que um palato atento pode desvendar. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)
6. Concha D'Ouro, Porto Vinho do porto e aroma a laranja são dois dos segredos dos croissants da Concha d’Ouro, pouco húmidos e muito saborosos, a fazer lembrar ligeiramente a textura da fogaça – o pão doce tradicional de Santa Maria da Feira. Quem expõe estas curiosidades é Rui Costa, pasteleiro, que segue (quase) a mesma receita do pai, Joaquim Costa. Segundo Rui, foi o pai quem «deu nome à casa». «Participou e ganhou muitos concursos de pastelaria», conta orgulhoso. Contudo, Rui admite que «já se vendeu muito mais, principalmente nas décadas de 1980 e 1990, porque havia menos pastelarias», apesar de ainda haver clientes que vão de propósito a esta casa da Boavista para comprar croissants, especialmente ao fim de semana. Têm bons motivos para isso. (Fotografia: André Rolo/Global Imagens)
7. Tête à Croissant Foi nas Galerias Lumière que Daniela da Cunha encontrou a primeira morada para os seus croissants recheados e desde setembro do ano passado estes também se encontram disponíveis numa casa na Avenida da Boavista. Os croissants mantêm-se as receitas de sucesso de sempre. Há recheios doces e salgados, em tamanho normal ou XL, ou ainda em massa de cereais. As combinações mais populares, ideais para um almoço mais leve, passam pelo salmão com queijo fresco e orégãos, ovos mexidos com bacon ou o croissant de piza, recheado com molho de tomate e os restantes ingredientes que lhe dão direito ao nome. Para os que gostam de começar bem o dia ou de adoçar a tarde com um lanche guloso, os recheios de chocolate quente e frutas, requeijão e compota, Nutella ou ainda de iogurte com bolachas Oreo são algumas das sugestões mais doces da casa. (Fotografia: DR)
8. Mademoiselle, Porto Abriu em frente à Praia da Luz em 2016 e o nome não deixa enganar. Na montra o que se encontra é padaria e pastelaria francesa, baguetes, éclairs, e claro, croissants. O projeto é do casal Yannic e Carole, que decidiu trocar Vannes, a sua terra-natal no Noroeste de França, pelo Porto, onde se dedicam ao ofício que melhor conhecem – a pastelaria. Das hábeis mãos de Carole saem os croissants, feitos com massa folhada francesa (confecionada com manteiga), que podem ser simples ou com amêndoa. Esta variedade é recheada com frangipane, um creme de amêndoas doce, coberta com outra camada de creme e salpicada com amêndoa laminada e açúcar em pó. Os croissants simples, deliciosos assim mesmo, podem ainda ser acompanhados de compotas caseiras, também feitas por Carole, ou de caramelo salgado, um creme suave feito com manteiga salgada da Bretanha. (Fotografia: Fábio Poço/GI)

Publicidade Continue a leitura a seguir

Estima-se que o croissant tenha chegado a Portugal durante as invasões francesas, entre 1807 e 1811, uma ideia reforçada pelo gastrónomo e investigador Virgílio Gomes em entrevista à agência Lusa. Com o passar dos anos, os tipos de massas, as formas, os recheios e as coberturas foram-se diversificando consoante a procura do mercado, e hoje há croissants para todos os gostos.

A nova vaga de croissanterias chegou há cerca de cinco anos a várias zonas do país, carregando uma preocupação crescente sobre a qualidade dos ingredientes, os processos artesanais, e o cuidado na elaboração, transversal em várias áreas da gastronomia. Curiosamente, em Lisboa a oferta divide-se – massa folhada ou brioche -, enquanto que, na Invicta, a preferência recai sobre a última, com o chamado croissant à moda do Porto.

Não se sabe como a moda do croissant de massa brioche acabou por conquistar o paladar dos portuenses. A verdade é que não é fácil encontrar croissants franceses no Porto. De resto, é tudo uma questão de nome, porque, na verdade, a massa brioche é de origem francesa. Voilà!

Partilhar
Morada
Rua do Passeio Alegre, 318 (Foz), Porto
Telefone
226186734
Custo
(€)
Horário
Das 06h00 às 07h30. Domingos a partir das 07h00. Não encerra.


GPS
Latitude : 41.1482266
Longitude : -8.665098400000034
Partilhar
Partilhar
Morada
Praça da Cidade do Salvador, 47, Matosinhos
Telefone
938862218
Custo
(€)
Horário
Das 08h30 às 19h00. Sábado e domingo abre às 09h00. Não encerra.

Website

GPS
Latitude : 41.17387919999999
Longitude : -8.687990099999979
Partilhar
Partilhar
Morada
Avenida Rodrigues de Freitas, 36 (Bonfim), Porto
Telefone
225377419
Custo
(€)
Horário
Das 07h00 às 20h00. Não encerra.


GPS
Latitude : 41.1461142
Longitude : -8.596718499999952
Partilhar
Partilhar
Morada
Praça Guilherme Gomes Fernandes, 21, Porto (Baixa)
Telefone
222005067
Horário
Das 7h00 às 20h00. Encerra ao domingo.


GPS
Latitude : 41.14749580000001
Longitude : -8.614958500000057
Partilhar
Partilhar
Morada
Rua de Júlio Dinis, 775, Porto (Boavista)


GPS
Latitude : 41.1554788
Longitude : -8.627557900000056
Partilhar
Partilhar
Morada
Avenida de Antunes Guimarães, 48 (Boavista), Porto
Telefone
226184105
Custo
(€)
Horário
Das 07h00 às 20h00. Não encerra.


GPS
Latitude : 41.1640618
Longitude : -8.662324799999965
Partilhar
Morada
Avenida da Boavista, 719, Porto (Boavista)
Telefone
917261303
Horário
Das 09h30 às 19h30. Sábado das 10h00 às 19h30. Domingo das 16h00 às 19h30. Não encerra.


GPS
Latitude : 41.1583366
Longitude : -8.632280499999979
Partilhar
Partilhar
Morada
Avenida Brasil, 95 (Foz), Porto
Telefone
220160229
Custo
(€)
Horário
Das 07h30 às 19h00. Encerra à terça-feira.


GPS
Latitude : 41.153554
Longitude : -8.678657899999962
Partilhar

Leia também:

Porto: 6 sugestões para o primeiro fim de semana do novo ano
12 sítios para comer bons croissants em Lisboa
Menus de pequeno-almoço a 2 euros estão de volta a Braga