Clássico popular lisboeta, com direito a «capelinhas» várias espalhadas pela cidade que originam até hoje discussões acaloradas nos seus respetivos bairros, o frango de churrasco, quem diria, continua a ter um potencial de negócio capaz de levar chefs e empresários do ramo a apostar na sua recriação.
Foi assim com Miguel Laffan, entretanto já desvinculado da rede Chicken All Around, e o mesmo acontece com Olivier da Costa. Inspirado no sucesso dos franguinhos da Guia, uma preferência nacional que assenta na escolha de aves muito jovens (abaixo dos 600 gramas), na pele estaladiça e num molho à base de piripiri, óleo, limão, sal e colorau, o empresário idealizou para o seu mais antigo endereço da capital, o número 23 da Rua do Alecrim, um modelo de restaurante despojado e informal onde as escolhas estão, intencionalmente, reduzidas ao mínimo: frango (meio e inteiro) ou entrecosto a fazer-se acompanhar de três tipos de molhos (asiático, rústico e escaldante, embora este último já tenha sido «aliviado» a pedido) e de escolhas como batatas fritas, arroz, puré de batata-doce ou saladas.
Nas entradas, há bom pão, azeitonas, cenouras temperadas, asas de frango ou um tipo de salsicha toscana. Nas bebidas, ganham as sangrias e as cervejas (sobretudo as artesanais, disponíveis em três opções mais comerciais), mas o que parece estar a sair tão bem como os frangos são, até ver, as sobremesas que todos bem conhecemos como a mousse de chocolate, o pudim flan ou a torta de laranja. Quanto mais simples, e próximos ao nosso paladar, melhor — parece ser o caso deste Pito do Bairro.
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