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Flor de Lis apresenta carta de primavera fora de portas

O chef francês Patrick Lefeuvre está em Portugal há 19 anos. É chef executivo do Epic Sana Lisboa desde a abertura, em 2013. No Flor de Lis, restaurante de proa do hotel, propõe cozinha de matriz francesa com apontamentos de outras cozinhas internacionais e uma atenção muito focada nos produtos, no tempero e no receituário português. Veja na fotogaleria os momentos que fizeram o jantar de apresentação da nova carta. E descubra como ganhar uma experiência igual em sua casa. (Fotografia DR)
Além da parafernália de cozinha, a equipa do Flor de Lis trouxe também toda a louça de serviço – pratos, talheres, copos –, bem como toalhas, castiçais e outros pormenores que transformaram uma comum sala de jantar num ambiente restaurante intimista. (Fotografia de Gonçalo Brito)
O amuse-bouche em processo de finalização: puré de batata-doce roxa empratado, ao lado, prontos a colocar, os crocantes de marisco. (Fotografia de Gonçalo Brito)
Momento 1: Amuse-bouche de vieira corada sobre puré de batata-doce roxa e crocante de marisco. (Fotografia de Fernando Marques)
Entre pratos, os convidados são bem-vindos na cozinha, para espreitar o processo de laboração. O cozinheiro Luís Domingos dá a provar rebentos de ervilha, antes de os colocar no prato que se segue. (Fotografia de Gonçalo Brito)
O cozinheiro Joel Simões carameliza o foie gras com o maçarico. O toque final antes de empratar. (Fotografia de Gonçalo Brito)
Momento 2: Foie gras caramelizado e especiarias, pera texturizada ao vinho do porto e crocante de vinagre balsâmico. A pera surge em três texturas: cozida, em puré e envolta num gel de porto. A terminar, o elemento primaveril, rebentos de ervilha. (Fotografia de Fernando Marques)
Um bom fadista canta em qualquer sala: a preparação decorreu na cozinha do Flor de Lis, mas a finalização foi feita num espaço de 10 metros quadrados. E com um banal fogão de quatro bicos para cumprir a missão. Na imagem, é finalizado um xerém de amêijoas que, à mesa, vai dar muito que falar. (Fotografia de Gonçalo Brito)
Momento 3: Salmonete na salamandra, lulas salteadas e picadinho algarvio, puré de pimento piquillo, salada de salicórnia e xerém de bivalves. Opinião praticamente unânime à mesa: o prato da noite. (Fotografia de Fernando Marques)
Pedro Borrego, assistant food & beverage director do Epic Sana Lisboa, abre uma garrafa do reserva tinto Divai – marca do grupo Sana produzida em Beja – que dará boa companhia ao lombo charolês que se segue. (Fotografia de Gonçalo Brito)
Luís Domingos finaliza o empratamento do lombo charolês com um demi-glace. Ao lado, um prato especial para os convidados vegetarianos, beringela parmigiana com pesto e mozarela. (Fotografia de Gonçalo Brito)
Após um limpa-palato de apple sour, o momento 5: Lombo charolês corado, declinação de cenoura e aroma de fava tonka, gnocchi de tomilho-limão. Por cima do lombo, um demi-glace de aturado trabalho, três dias consecutivos de lume. (Fotografia de Fernando Marques)
Momento 6: Cremoso ivoire de chocolate branco, crocante de framboesa e balsâmico com sorvete de poejo e líchias, cubos de morango e financiers de pistácio. (Fotografia de Fernando Marques)
A equipa da cozinha itinerante do Epic Sana Lisboa, no mesmo espaço onde prepararam, com rigor e ritmo de restaurante, um jantar para sete pessoas: Joel Simões (cozinheiro), Pedro Borrego (assistant food & beverage director), Gonçalo Brito (social media manager do Grupo Sana). Atrás, o chef Patrick Lefeuvre, Marisa Martins (assessora de imprensa do Grupo Sana), Joana Pinheiro (restaurant supervisor). À frente, com a pequena ajudante de cozinha Alice ao colo, Luís Domingos (cozinheiro). A experiência de chef em casa vai ser replicada num passatempo promovido pelo Epic Sana Lisboa a decorrer entre 3 e 7 de abril, na página de facebook do hotel. O vencedor ganha um jantar para 6 pessoas. Saiba mais aqui. (Fotografia de Fernando Marques)

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Patrick Lefeuvre não quis esperar um dia que fosse: pegando no simbolismo da data, escolheu o dia 21 de março para revelar a carta de primavera do Flor de Lis. E fê-lo fora do conforto da cozinha do restaurante de proa do Epic Sana Lisboa, trocando-a pela de uma casa como tantas outras. A de um jornalista da Evasões, nem mais.

Munido de toda a louça de sala, parafernália de cozinha e de uma equipa de mais dois cozinheiros e dois responsáveis de sala do restaurante, o chef Lefeuvre deslocou-se a território desconhecido para dar a conhecer o que há de novo na sua cozinha. E, de caminho, dar validação culinária à noção de que «um bom fadista canta em qualquer sala».

Na bagagem, a equipa do Flor de Lis trouxe um menu de degustação a seis momentos – e preparado a dois tempos, já que a parte de finalização foi feita in loco – para celebrar a estação que tarda em se afirmar. As boas-vindas, assessoradas pelo rosé Divai – marca própria do grupo Sana, produzida em Beja –, são dadas por um amuse-bouche de vieira corada sobre puré de batata-doce roxa e crocante de marisco. Começa a apresentar-se a marca do chef, ora fazendo a devida vénia às proteínas nobres, ora puxando à conversa elementos de sua lavra, coerente com o caminho que norteia o seu trabalho no Epic Sana Lisboa desde o início: matriz francesa, apontamentos das cozinhas asiáticas e da marroquina, e a vontade de chamar à mesa os produtos e o tempero do país a que chama casa vai para 19 anos.

À vieira segue-se foie gras, um elemento de que Patrick não pode abrir mão sob pena de reclamação de clientes fiéis, aqui caramelizado, ao seu lado uma pera bêbeda envolta em gel de porto e crocante de vinagre balsâmico. A lembrar o mote da primavera, rebentos de ervilha, que levantam o ânimo para o prato que vem depois e faz pensar em dias quentes junto ao mar: salmonete na salamandra, picadinho algarvio, puré de pimento piquillo, salicórnia e um xerém de amêijoa riquíssimo em sabor (cujo tacho, a pedido, acaba por ficar na mesa, prova irrefutável de exemplaridade). Depois do mar, a terra: rolinhos de cenoura com aroma de fava tonka, gnocchi de tomilho-limão e lombo charolês corado, coberto com um demi-glace de aturado trabalho, três dias consecutivos de lume, a lembrar que a paciência continua a ser uma virtude.

O desfile de vinhos segue a toada de elegância: o riesling Dócil Niepoort, favorito do chef, para o foie, Divai reserva branco com o salmonete, e para o lombo o reserva tinto, também ele uma surpresa de leveza. De sobremesa, ao lado do espumante bruto Murganheira reserva, cremoso ivoire de chocolate branco, crocante de framboesa e balsâmico, cubos de morango, financiers de pistácio e um sorvete de poejo e líchias. Fresco como uma primavera indecisa, aliciante como os dias que, espera-se, estarão ao virar da esquina. Haja paciência. A virtude, essa está à vista.

 

Veja na fotogaleria os momentos que fizeram o jantar de apresentação da nova carta. E descubra como ganhar uma experiência igual em sua casa.

 

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Morada
Avenida Eng. Duarte Pacheco, 15 (Amoreiras), Lisboa
Telefone
211597300
Horário
Das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 23h00. Não encerra.
Custo
(€€) 50 euros; menu de degustação, 5 momentos, s/ vinhos, 60 euros


GPS
Latitude : 38.724525
Longitude : -9.158506999999986

 

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