Há três anos, três amigos lisboetas decidiram abrir um espaço no qual as pessoas podem encontrar-se ao fim do dia para beber um copo e comer qualquer coisa. Procuraram um sítio que não fosse uma típica zona de bares, como o Bairro Alto ou o Cais do Sodré, e reuniram elementos dos quais gostam, sobretudo da cultura espanhola e inglesa, do «típico pub inglês onde se bebe uma cerveja depois de um dia de trabalho e dos bares espanhóis que servem tapas e pinchos», conta António Pereira, um dos proprietários.
A este conceito juntaram outras culturas e trouxeram as tequilas, «que são uma das nossas principais bebidas.» Outra das bandeiras da casa é uma seleção de cervejas artesanais portuguesas que são muito bem recebidas, principalmente pelos turistas. Em termos de comida, «tanto há tapas como sanduíches de rosbife, pizzas ou até pitas. Como temos estas culturas mas, no fundo, temos a nossa, chamámos-lhe lisboeta.»
Conscientes da importância do mercado nacional, quiseram manter preços acessíveis para os portugueses, como a imperial a 1,5 euros. «Tendo uma clientela portuguesa faz com que os estrangeiros não se sintam num sítio turístico, queremos manter isso», explica António.
É um espaço pequeno e informal e distingue-se pelo serviço, pela apresentação e pela qualidade das comidas e das bebidas, com a aposta em produtos caseiros, feitos na hora. «O atum e o salmão são frescos, fazemos a sopa de tomate, o rosbife…»
A tudo isto, junta-se uma playlist musical abrangente e tanto se pode ouvir bossa nova, como jazz ou rock dos anos 80 ou 90. «Apostamos em coisas que todos conhecemos e que fazem parte do nosso imaginário. Podemos estar a ouvir Jimi Hendrix e passar para Tom Jobim.» É, com certeza, um pub lisboeta.
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