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O interior de Portugal vai ser o próximo destino de luxo

Percorra a fotogaleria para conhecer 4 alojamentos onde pode dormir na região Centro. Na fotografia: a aldeia de Belmonte. (Fotografia de Artur Machado/GI)
1. Casa Estrela | Forno de Algodres Quando os dias amenos começarem a dar o ar de sua graça, o jardim deste turismo rural de charme terá todas as condições para receber bem os seus hóspedes, com espreguiçadeiras, sombras e uma simpática piscina. Lá dentro, podem hospedar-se até oito pessoas num loft e em três quartos, construídos na casa rural centenária onde, durante muito tempo, chegou a viver o professor da aldeia, assim explica o proprietário Frederico Nascimento, de 46 anos, natural de Juncais. Diplomata viajado, foi ele que decorou a Casa Estrela, casando na medida certa o aspeto rústico da casa de pedra, integralmente recuperada, com o estilo contemporâneo da decoração. Os dias frios aquecem-se com o conforto das salamandras e o pequeno-almoço com pão deixado fresco de manhã pode tomar-se com vista para o jardim. (Fotografia: Jorge Amaral/GI)
1. Casa Estrela | Forno de Algodres A apenas 20 minutos de viagem de carro, pode visitar-se o geomonumento da Fraga da Pena, a 700 metros de altitude e de onde se tem vista panorâmica de cortar o fôlego. (Fotografia: Reinaldo Rodrigues/GI)
2. Vale do Ninho Nature Houses | Penela Em junho do ano passado, as chamas não chegaram às casas da aldeia de Ferraria de São João, no concelho de Penela, ainda assim, os seus moradores foram dos primeiros a tomar medidas de prevenção, tendo ganho mesmo um prémio concedido pela Associação para a Defesa Ecológica da Galiza. Foi considerada uma das comunidades mais ativas da Península Ibérica. Pedro e Sofia, os proprietários do Vale do Ninho Nature Houses, estiveram na linha da frente. Um casal apaixonado por desporto e turismo ativo que fez desta antiga propriedade agrícola do século XIX uma espécie de projeto de vida, transformando-a num turismo rural com o conforto indispensável e a dose certa de charme. Um conjunto de casas com decoração contemporânea, simples, cozinha equipada e várias possibilidades de configuração, ideal para casais, famílias ou grupos de amigos. Tem uma piscina à espera do bom tempo e uma família de burros sempre à procura de uma festa. E condições "especiais" para os adeptos do BTT. Há garagem para as bicicletas, aparelhos de GPS e muitas sugestões de trilhos a partir da aldeia. Uma terra com várias casas em xisto que, graças ao esforço da população, deixou de estar rodeada de eucaliptos e está agora "apenas" protegida por montanhas. (Fotografia: Reinaldo Rodrigues/GI)
2. Vale do Ninho Nature Houses | Penela Ferraria de São João é uma das 27 aldeias que compõe a Rota das Aldeias do Xisto. Estando nesta zona do país vale a pena traçar um roteiro - não há um percurso pré-definido - e partir à descoberta de algumas delas. Informações em aldeiasdoxisto.pt. (Fotografia: Reinaldo Rodrigues/GI)
3. Quinta da Rabaçosa | Castro Daire A Quinta da Rabaçosa é o projeto de uma vida, a de Fátima de Jesus (na fotografia), que há 10 anos se dedica à recuperação desta quinta na margem do Rio Paiva, onde antes funcionava uma moagem e algumas casas de habitação. Quando lhe chegaram às mãos estavam em ruínas, mas hoje pode aqui desfrutar-se de uns dias de tranquilidade com a vista a alcançar apenas o manto verde da floresta e o seu reflexo nas águas limpas do Paiva. Reabriu em março, depois de um interregno durante os meses de inverno, e tem ao dispor várias casinhas de decoração rústica com capacidade para até quatro pessoas cada uma, e ainda acesso a uma casa de apoio com cozinha e forno a lenha, sala de jantar e de convívio. (Fotografia: Maria João Gala/GI)
3. Quinta da Rabaçosa | Castro Daire Com o rio ali tão perto é quase obrigatório um passeio de barco a remos ou até uma tarde descontraída de pesca desportiva. Para quem preferir águas paradas pode sempre usufruir da piscina. Por ali passa também parte do percurso pedestre do trilho das Levadas (canais que levam água para os moinhos), ou não fosse a zona um marco da moagem de cereais da região. (Fotografia: Maria João Gala/GI)
4. Quinta do Medronheiro Hotel Rural | Viseu Fica bem perto de Viseu e das vias rápidas que lhe dão acesso. Contudo, o «rural» do nome não está lá só para soar bem: a Quinta do Medronheiro abraça 37 hectares de terreno onde cabem criação de gado, uma mancha de bosque e três hectares de vinha, nos quais são produzidos os vinhos da casa, pensados para o longo prazo, com mão sábia do enólogo Hugo Chaves. O hotel, esse faz-se das antigas dependências da quinta, tudo casinhas de granito empoleiradas em blocos rochosos, adaptadas às comodidades modernas mas sem perderem a aura de airosa aldeia de montanha no seu exterior. Os quartos são 16, pensados para fazer coexistir conforto e ambiente rústico. Caso não apeteça arredar pé, o que tem boas probabilidades de acontecer, basta tomar mesa no restaurante da casa, que propõe cozinha de aconchego, à qual o vinho da quinta faz competente companhia. Conforto, acima de tudo. E campo. (Fotografia: Fábio Poço/GI)
4. Quinta do Medronheiro Hotel Rural | Viseu Para quem quiser aprofundar a experiência de enoturismo, em redor da Quinta do Medronheiro há três quintas que merecem visita, todas por motivos diferentes: a do Perdigão, a de Reis e a de Lemos. Em caso de dúvida, não há como começar pelo princípio: o Solar do Vinho do Dão, em Viseu (na fotografia). (Fotografia: Lisa Soares/GI)

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A região Centro do país – ou interior – tem tudo para se tornar o próximo destino «de luxo» de portugueses e estrangeiros, é esta a convicção de Pedro Machado, presidente do Turismo Centro que agrupa cem municípios daquela região do país.

Pedro Machado, em declarações à Lusa, considerou que o interior do país, em especial a zona Centro, é um produto turístico valioso e com futuro, uma vez que está longe de esgotar o vasto leque da sua oferta – e pode mesmo vir a tornar-se um destino turístico de excelência.

E deu o exemplo dos jovens, vindos de centros urbanos, que cada vez mais escolhem os concelhos do interior para fundar e dinamizar empresas turísticas, em ramos tão diferentes quanto a hotelaria, o turismo ativo (cicloturismo, pedestrianismo, marcha de montanha, ‘rafting’) ou o turismo cultural e religioso.

«Os melhores percursos para este tipo de atividades estão no interior do Centro do país», disse o presidente daquela entidade à Lusa, acrescentando que a fixação dessa mão-de-obra qualificada, por outro lado, ajuda também a estancar o processo de despovoamento das localidades dessa região.

«O turismo está a cumprir no Centro o seu papel no combate à desertificação e às assimetrias. Com atitude, novos produtos, novos mercados, apostando na qualidade do serviço e na competitividade dos produtos diferenciados», sintetizou Pedro Machado.

O turismo religioso de raiz judaica que tem sido acolhido em Tomar, Belmonte, Trancoso e outras zonas da serra da Estrela – atraindo pessoas de todo o mundo interessadas em conhecer as sinagogas dos chamados judeus marranos – foi dado como um exemplo desses produtos turísticos diferenciados que têm feito a região crescer.

O responsável defendeu que a região Centro foi um dos principais contribuidores para o número recorde de visitantes registado no país em 2017 – mais de 24 milhões de turistas e um crescimento de cerca de 12% ao ano.

 

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