«Na minha casa todo o mundo é bamba, todo o mundo bebe, todo o mundo samba», lê-se ao entrar no número 89 da Rua da Picaria. É a primeira das muitas homenagens à música brasileira e aos seus intérpretes mais icónicos, cujos retratos ou caricaturas forram as paredes do Salve Simpatia. «Quem vem aqui e gosta de samba sabe dizer os nomes de todos eles», garante Fernanda Cravo, uma das responsáveis deste botequim brasileiro, que se estreou no Porto, depois de já ter duas casas “gémeas” no Rio de Janeiro.
Lá como cá, a receita é a mesma: comida que conforta, futebol, música e bom humor carioca. O chef Charles Nicolino, que veio para Portugal comandar a cozinha nos primeiros meses de abertura, faz pratos de várias regiões do Brasil. Os bolinhos de feijoada, os de costela, de mandioca com recheio de camarão ou os pastéis de queijo compõem uma bela seleção de petiscos, para acompanhar com uma cerveja bem gelada, ou para abrir caminho para os pratos principais. É o caso da picanha, a moqueca de peixe ou a carne de sol com mandioca salteada, que chega à mesa ainda a crepitar.
A chegada do restaurante ao Porto também trouxe novos pratos, inspirados na cidade, como a Burguesinha. «É a nossa francesinha à moda do Salve Simpatia», explica Fernanda, feita com hambúrguer, chouriço, linguiça e fiambre em pão brioche coberto de queijo e molho de francesinha.
E se a Heineken reina na decoração, com garrafas penduradas no teto e ao longo das paredes, no bar há também espaço para os rótulos artesanais da Loba e ainda caipirinhas e cocktails exclusivos, de sabores tropicais.
«É um lugar para matar saudades», nota Fernanda, da comida, da música e do futebol, claro, que tem sempre lugar nas grandes televisões, ou para conhecer melhor a cultura do país irmão, enquanto se conforta o estômago, ao som de um sambinha, com a cozinha aberta até às duas da manhã.
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