O letreiro néon verde da montra anuncia o nome da casa, mas é também um vislumbre da modernidade que irrompe no Bolhão, numa altura em que o icónico mercado portuense está a ser reabilitado. O Bolhão no Bico é a nova cafetaria que conjuga comida saudável e de conforto, com especial destaque para os sabores italianos. «Não são conceitos que chocam, são antes uma mais-valia para a nossa carta», refere Ana Rita Almeida.
A responsável nota que, depois da aposta na comida tradicional portuguesa em restaurantes como o Arte da Baixa e o Tertúlia do Dragão, no Porto, e o Arte do Mercado, em Lisboa, «houve uma necessidade de criar um ambiente virado para os mais jovens com panquecas e iogurtes», sem deixar de parte os amantes de «pratos mais substanciais».
Panquecas salgadas como a de ovo frito, bacon e ameixa seca ou a de presunto, cogumelos e ovos mexidos fazem parte das propostas. Nas tostas e sandes, o frango está em destaque, por exemplo, no hambúrguer servido em panini de sésamo ou no wrap em pão polar e alface iceberg. Há ainda saladas como a caprese, uma opção fresca com tomate vermelho e mozarela fatiado sobre folhas de manjericão e a marina, que leva salmão fumado e frutas frescas.
A cozinha está a cargo do chef Giuliano Goriza, que vai buscar inspiração às suas raízes. Nas pizas, há veteranas como a margherita, hawai ou 4 stagionni, mas «o bestseller da casa é a Richi & Poveri», feita de uma base fina e fofa, a que se sobrepõem uma generosa quantidade de mozarela, presunto, parmesão e rúcula.
Nas massas, encontram-se nomes familiares como a carbonara ou bolonhesa, mas destaca-se a rigatoni al forno, com queijo, natas e carne picada. Ao almoço, há sempre uma sugestão do dia por 5,50 euros, que inclui prato, sopa e sumo natural ou chá.
O Bolhão no Bico também funciona ao pequeno-almoço com uma diversificada carta de cafetaria e pastelaria. Há vários tipos de pães e de croissants e pastelaria portuguesa, como o pastel de nata e o bolo de arroz. Afinal, neste espaço com confortáveis sofás e plantas na parede, o objetivo não é esquecer o contexto, mas enriquecê-lo.
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