Chama-se assim por ter na porta o número 142 e também pela inspiração, que chegou dos trilhos pedestres de Arouca. Tudo neste Pedestre 142 evoca as caminhadas pela serra, a começar nas riscas amarela e vermelha do logotipo, qual sinalética de montanha, até à carta cheia de sabores locais. E isto não é um pormenor, mas uma causa, já que o restaurante integra o projeto GeoFood, comprometendo-se a incluir, tal como outros restaurantes da vila, produtos a cem por cento originários de Arouca.
A madeira inspira a decoração com linhas contemporâneas. Está presente logo à entrada, prolonga-se para o balcão e serve de base à carta. Ícone de Arouca, os trilhos pedestres dão assim o mote para uma caminhada pelos produtos da vila, através da cozinha de Ana Araújo. Ela e o marido, Manuel, deixaram-se convencer pelo filho de 25 anos, Sérgio, e alinharam em renovar o restaurante que já tinham há dez anos. Neste novo espaço da família Araújo, a especialidade é a posta arouquesa, que chega laminada à mesa. É carne criada na terra, assim como a vitela arouquesa, o cabrito ou o borrego. Vem acompanhada de batata à murro, legumes e esparregado. «A minha forma de cozinhar não mudou em nada com este restaurante. O que mudou foi a apresentação dos pratos», explica Ana, que modernizou o seu espaço sem beliscar o seu método de criar boa comida, com ingredientes da agricultura local.
Os pratos são servidos em tábuas de madeira. Nas sobremesas, a carta privilegia os doces conventuais e regionais. Há castanha doce, morcelas, barriga de freira ou charutos, do único produtor de doces conventuais de Arouca. Já os vinhos estão à vista, numa garrafeira com mais de cem referências. O Pedestre 142 fica nas costas do centro da vila, já com olhos postos nos passadiços do Paiva, podendo muito bem essa caminhada terminar nesta boa mesa da família Araújo.
Longitude : -8.253207900000007
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