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Comidas do mundo e cocktails numa antiga corticeira no Seixal

Percorrer a fotogaleria para ver imagens do espaço e dos pratos. (Fotografias: DR)
A ampla sala – decorada com tubagens, chapas e rodas dentadas e em cujo balcão aproveitaram um tapete rolante – é o primeiro cartão de visita para conhecer o espaço, enquanto se bebe um cocktail, e dá acesso à porta de embarque para uma viagem pelo mundo sem sair da mesa.
Mesas de madeira que, por sinal, são as originais do refeitório da fábrica.
Polvo à Lagareiro com Trio de Batata Doce e Salicórnia.
Parrilla Mundet (Chuletón Galego Maturado e Black Angus) com esparregado legumes assados e batatas wedges.
Tataki de Espadarte Rosa com Noodle Miso Soup.
Bacalhau de meia cura confitado com ragu de grão espinafres e ervilhas tortas.
Cachupa.
Gambas kataifi com molho tzatziki.
Mix de porco preto com brás de espargos selvagens e telha de azeitona.

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João Macedo fala com paixão dos tempos em que era adolescente e ia à Mundet, utilizada pelo município do Seixal como um pólo cultural desde os anos 1990. «Para a geração dos 35, 40 anos isto é um marco. Foi aqui que se beberam as primeiras cervejas e se viram os primeiros concertos», lembra, sentado numa das mesas do bar da Mundet Factory.

A ampla sala – decorada com tubagens, chapas e rodas dentadas e em cujo balcão aproveitaram um tapete rolante – é o primeiro cartão de visita para conhecer o espaço, enquanto se bebe um cocktail, e dá acesso à porta de embarque para uma viagem pelo mundo sem sair da mesa. Mesas de madeira que, por sinal, são as originais do refeitório da fábrica.

O chef vai introduzir uma nova carta no início de dezembro, mantendo propostas de vários países, como Índia, Japão, Cabo Verde ou México, sem esquecer Portugal, que tem um capítulo dedicado com petiscos e pratos mais substanciais. Salta à vista ainda uma ampla gama de pizas, feitas em forno a lenha, com pormenores originais não só nos ingredientes, mas também nos nomes – referem-se a ex-namoradas do chef.

A carta, por outro lado, reflete também o percurso de João Macedo, 35 anos, que desde criança já andava «no meio das cozinhas». «A minha mãe é uma cozinheira de excelência e o meu pai foi diretor das messes da Marinha. Aos nove anos já eu estava nos Estados Unidos a comer comida mexicana, coisa que em Portugal ninguém sabia o que era», conta. «Não comia cozido à portuguesa, mas sim cozinha do mundo.» Depois de participar no concurso da TVI Masterchef, em 2015, o município convidou o seixalense a elaborar um projeto para aquele espaço da Mundet, que já tanto estimava. O resultado está à vista. «Daqui saiu a cortiça para o mundo, agora cabe-me a mim trazer o mundo até nós». E que bem que sabe a viagem.

Património industrial
A Mundet & Sons sediou-se no Seixal em 1905 e foi uma das maiores corticeiras do mundo, com 2500 trabalhadores nesta fábrica, quase metade mulheres. Encerrou ao fim de 85 anos e em 1996 o edifício foi musealizado, havendo planos para o reabilitar também como hotel.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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