«Não temos aulas de yoga, nem atividades zen aqui. Temos antes uma ótima carta de cocktails». É com sentido de humor que Henrique Costa Pereira, responsável pelo The Green Affair, brinca com estereótipos muitas vezes associados a restaurantes 100% vegetais. «Muitas vezes o ser saudável e comer à base de produtos vegetais está associado a não beber álcool», conta, reforçando: «Ser vegan não quer dizer, claro, que não se possa divertir». Ele, que segue uma alimentação vegana desde há vários anos, importou a ideia de restaurantes «plantbased» que conheceu enquanto vivia em Londres e apresentou-a ao grupo Alentejo – que curiosamente detém também a marca Bifanas de Vendas Novas – e que quis apostar num segmento diferente.
A decoração é um dos pontos fortes e a primeira impressão. Sofisticada, com boa iluminação, as paredes pintadas de verde e os sofás e cadeirões (em pele sintética) a darem nas vistas, enche os olhos logo à entrada. É depois tempo de olhar para a carta. O ideal é levar uma companhia, vegan ou não, e começar por explorar as entradas, como as coxas de couve-flor, panadas, e que podem ser mergulhadas num molho agridoce ou «maionese»; o humus (leva batata doce) ou os legumes à Bulhão Pato.
(Sara Matos / Global Imagens)
«Pela escolha dos pratos normalmente conseguimos prever se as pessoas estão mais à vontade com a comida vegana ou não. Normalmente quem está pede pratos como o nosso tofu marinado com broa de milho e puré vegetal ou então o bife seitan, que é feito por nós e é exigente de se preparar», explica.
A quem a comida vegetal for ainda uma novidade, é optar pelos mais familiares hambúrguer de quinoa, risotto de espargos e legumes ou massa linguine com pesto de agrião e shiitake. Importa guardar espaço para a sobremesa gulosa de chocolate, que em breve poderá ser também provada ao almoço, bem como toda a carta, já que o restaurante está a ultimar os últimos detalhes para abrir mais cedo.
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