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Gazpaxo: um dueto ibérico com gosto da América Latina

Percorra a fotogaleria para conhecer o Gazpaxo, no Saldanha, em Lisboa. Na fotografia: tártato de beterraba (com cebola roxa, nozes e alface). (Fotografias de Ricardo Lopes/GI)
Tártato de beterraba (com cebola roxa, nozes e alface).
Tacos (há de cerdo, camarão, tártaro de salmão e borrego).
Os pratos são da autoria do chef Sérgio Garcês, um dos responsáveis da Paletaria, no Bairro Alto.
O chef pratica uma cozinha tendo como inspiração chefes renomados como Ferran Adrià.
A ementa do Gazpaxo tem 10 pratos que vão alternando.
Maria Garcês, espanhola e com experiência em gestão hoteleira, ajuda o marido no restaurante.
A porca Rosita, suspensa do teto por balões festivos, foi comprada à beira de uma estrada nacional.

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«É engraçado ver os fatinhos do Saldanha deliciados com os tacos na hora de almoço». É assim que Maria Garcês descreve a afluência registada no Gazpaxo, o «comedor ibericano» que apresenta desde maio uma dezena de especialidades internacionais no centro de Lisboa. Do México chegam os tacos e os burritos, de Espanha chega o tártaro de beterraba, do Peru o ceviche e, de Portugal, o bacalhau com grão.

Na cozinha, está o chef Sérgio Garcês, autor dos gelados da Paletaria, um dos sucessos do Bairro Alto. “Mas não era ainda o que eu queria. O que queria mesmo era cozinha», diz. «Esta cozinha faço-a praticamente desde o tempo da universidade e fui apurando-a ao longo dos anos», conta, recordando os tempos em que aprendeu a cozinhar de tudo um pouco para não comer apenas «pizas e enlatados». Formado em Engenharia Biotecnológica, trabalhou num laboratório molecular e tirou um curso de cozinha na escola Le Cordon Bleu em Paris. Até decidir, depois da aposta nos gelados, abrir este restaurante em conjunto com a mulher, espanhola, experiente em gestão hoteleira.

Maria Garcês diz que «o melhor elogio à comida é quando perguntamos ao cliente se a comida está boa e ele não consegue falar».

Embaixadores da cozinha ibérica e América Latina (com influências do Peru, México e Brasil), tendo como referência chefes tão importantes como Fernand Adria, desenharam uma carta de dez pratos que vão alternando semanalmente. O burrito e os tacos (de cerdo, borrego, camarão e tártaro de salmão) representam o México, enquanto o tártaro de beterraba (com cebola roxa, nozes e alface) e o gaspacho de abacate (com abacate, lima, coentros e alho) atraem muitos paladares, sendo especialmente «saborosos» e indicados para vegetarianos.

O chá com uma pedra de gelo no copo não desilude, tal como a cerveja Coronita, mas o que leva mesmo os clientes a «perder a cabeça» são as margaritas. Sensação semelhante registam quando servem a tempura de chocolate com amêndoa, a finalizar. Maria Garcês diz que «o melhor elogio à comida é quando perguntamos ao cliente se a comida está boa e ele não consegue falar». «Como é tão pequenino e tão nosso» [o Gazpaxo tem apenas dez lugares sentados] «queremos que as pessoas se sintam um pouco como na nossa casa».

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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