Publicidade Continue a leitura a seguir

7 vinhos da região do Douro e Dão que vale a pena conhecer

Percorra a fotogaleria para conhecer esta seleção de 7 vinhos feita pelo crítico Fernando Melo.
Pomares Moscatel Galego Branco DOC Douro branco 2017 | Quinta Nova N. S. Carmo Bom exemplo da casta, revelando aspetos originais, em primeiro lugar pela contenção no registo terpénico – extração no ponto ótimo –, depois pela frescura que proporciona na prova. Resulta numa experiência agradável, bom para sushi e alguma cozinha chinesa. Final longo e especiado. Classificação: 16/20 Preço: 7 euros
Pomares DOC Douro branco 2017 | Quinta Nova N. S. Carmo Composto pelas castas viosinho, gouveio e rabigato, típicas do Douro, vinificação a privilegiar a ligeireza do conjunto, ao mesmo tempo que as uvas conferem uma boa acidez ao vinho, sem perder o equilíbrio. Excelente com peixe grelhado ou fumado, ótimo com queijo pouco curado. Classificação: 17/20 Preço: 7 euros
Pomares DOC Douro tinto 2016 | Quinta Nova N. S. Carmo Touriga nacional, touriga franca e tinta roriz são as castas intervenientes no lote, resultando num vinho de perfil aromático acentuado, prova em boca a satisfazer bem, apto a acompanhar uma diversidade de petiscos e pratos que não se pronunciem demasiado em termos de picante ou gordura. Classificação: 16,5/20 Preço: 7 euros
Ontem DOC Douro branco 2016 | Vinhos Conceito Provém de uma vinha velha, com a consequente mistura de castas, entre as quais rabigato, verdelho, síria, dona branca e encruzado. Grande equilíbrio na entrada de boca, cresce muito devagar em notas minerais, ligeiramente salinas, evocação de líchia. Final interminável. Classificação: 18/20 Preço: 25 euros
Ontem DOC Douro tinto 2015 | Vinhos Conceito Absolutamente único, primeiro pelas grandes castas que encerra: rufete, baga, joão de santarém (castelão), touriga franca, bastardo e tinta roriz. Depois, pela forte mineralidade e frescura, estrutura indestrutível, taninos muito finos. Finalmente, pelo puro prazer que dá a beber. Classificação: 19/20 Preço: 35 euros
Vinha do Contador DOC Dão branco 2014 | Global Wines É o melhor de sempre da marca e, apesar das notas de madeira ainda presentes, mostra uma força e uma elegância que só um grande ano permite, aqui com a mestria enológica de Osvaldo Amado a resplandecer. Vinho preparado para a grande mesa e temperos complexos. Classificação: 18/20 Preço: 32 euros
Vinha do Contador Grande Júri DOC Dão tinto 2011 | Global Wines Passou pelo crivo de críticos internacionais vindos dos quatro cantos do mundo, por se tratar de uma colheita considerada excecional. O designativo Grande Júri irá repetir-se na próxima colheita do mesmo nível. Vinho de grande complexidade, para guardar por vários anos. Classificação: 18,5/20 Preço: 90 euros

Publicidade Continue a leitura a seguir

Segundo a definição estrita de terroir, o termo utiliza-se para designar a combinação de solo e clima de determinado lugar. Tratando-se de uma vinha, junta-se as castas aí plantadas e julga-se a adequação e bondade da relação com o terroir. Hoje, contudo, aceita-se o homem como parte do terroir, afinal é pela sua mão e cuidados que, campanha após campanha, saem as uvas e os vinhos do que com carinho foi medrando e amadurecendo.

É na intenção, cultura e capacidade do homem que estão a diferença e o lado patrimonial da vinha. Impressionante a tenacidade de Luísa Amorim quando arregaçou as mangas e decidiu restaurar os três pomares que ponteiam a vinha da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. Fortificados com muros de xisto, cancela e muitas vezes com guarda à porta, o Douro tem-nos desde sempre, mas poucos duraram como tal até aos nossos dias. África, Laranjeiras e Marco Pombalino, assim se chamam os pomares, e na nova imagem do vinho com o mesmo nome, decidiu-se diagramar um a um.

É legado dos antigos o conjunto de castas presente nas vinhas velhas do Douro, brancas e tintas, e a super-enóloga Rita Marques, dos Vinhos Conceito, juntamente com Luís Antunes e Manuel Sapage, dedicou-lhes a nova marca Ontem, dois vinhos de truz que falam e nos contam a história ao provar.
E das mãos de um dos grandes enólogos portugueses, Osvaldo Amado, surgem agora o branco e o tinto da marca de topo Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador, no Dão, de talante histórico e cósmico. Um conjunto de vinhos para chegar, como os antigos, ao peito antes de levar à boca. Homenagem mais do que justa. Boas provas!

 

Leia também:

Vinhos: anote estes oito trunfos da região do Dão
Estes são 6 vinhos do Douro e da Bairrada que tem que reter
Alexandre Silva: Novos vinhos e a mesma simplicidade no Mercado