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10 combinações entre vinho e queijo para experimentar

Percorra a fotogaleria para conhecer dez vinhos que combinam na perfeição com diferentes queijos. (Fotografia: Rui Oliveira/Global Imagens)
Com vaca curado: Quinta dos Carvalhais Único Dão Tinto 2015 (14%) Sogrape | Classificação Evasões: 18,5 Um grande vinho escolhido a pensar no grande queijo que é um DOP São Jorge com 9 meses ou mais de cura. A boa acidez fixa do vinho faz um corte eficaz do núcleo gordo do queijo e as notas salinas que tem interagem com o queijo, criando complexidade no conjunto.
Com ovelha velho: Nova Missão Braga Bairrada Tinto 2015 (12,5%) F. Pato | Classificação Evasões: 18,5 O queijo Serra da Estrela velho, com 9 meses ou mais de cura, tem muita da água evaporada, pelo que concentra o sal e a textura, exigindo delicadeza e acidez do vinho para a harmonia perfeita. Os taninos muito finos deste belo vinho, juntamente com a contenção na extração, garantem bons resultados.
Com vaca meia cura: Vinha da Peijona Douro Tinto 2016 (14%) Manuel Dias Lopes | Classificação Evasões Vinha em Covas do Douro a 470 metros, castas tradicionais numa vinha velha de 80 anos. Pisa em lagar, estágio 18 meses em barricas de carvalho francês de 500 litros. Maravilhoso com o novíssimo queijo do Pico DOP, harmonização perfeita.
Com parmigiano reggiano: Quinta do Bom Retiro Tawny 20 Anos Porto (20,5%) Adriano Ramos Pinto | Classificação Evasões: 17,5 Quando o sal e o lácteo curado de um queijo com alguma idade se pronunciam, podemos responder com a sabedoria de um porto tawny, com notas aromáticas de frutos secos, caramelo e nougat. A experiência é algo ousada, mas sem a ousadia nada acontece de novo à mesa. A experimentar.
Com roquefort: Vasques de Carvalho Vintage Porto 2016 (20,5%) Soc. Agr. Vasques de Carvalho | Classificação Evasões: 17 Aqui está mais uma ligação tradicional, de queijos azuis com porto vintage novo, a que fazemos a devida vénia, às vezes sabe bem ir pelo que os que nos antecederam faziam e louvavam à mesa. É uma das lutas mais interessantes entre comida e vinho que se pode criar, numa realimentação positiva e interminável, pelas alternâncias que vai permitindo.
Com requeijão: Herdade do Rocim Espumante Brut Nature Alentejo Rosé 2016 (12%) Rocim | Classificação Evasões: 17 De pasta mais compacta do que o queijo fresco, o requeijão oferece mais resistência ao vinho, pelo que este espumante consegue bons resultados na leitura dos componentes lácteos ao mesmo tempo que cria impressões de frutos secos na boca.
Com ovelha curado: Quinta do Couquinho Colheita Douro T. 2015 (14%) Q. Couqinho | Classificação Evasões: 16,5 Touriga nacional, touriga franca e sousão. Estágio 14 meses em barricas carvalho francês novas, 2º e 3º anos. Há vigor no vinho e os taninos estão bem domados, conseguindo penetrar na massa do queijo sem problemas. É uma harmonização tradicional que, de certa forma, se abandonou mas que tem o seu lugar, sempre que queijo e vinho são os indicados.
Com queijo fresco: Cálem Curva Reserva Douro Branco 2017 (13%) Sogevinus | Classificação Evasões: 16,5 Viosinho e fernão pires, num vinho que se bebe bem e gosta de entrar nos componentes lácteos crus do queijo fresco. Resultado hamornioso, a aligeirar a proteína pronunciando a elegância do vinho. Convém servir queijo e vinho à mesma temperatura, para atingir o pleno do resultado.
Com ovelha amanteigado: Dom Vicente Field Blend Dão Branco 2017 (13,5%) Artemis | Classificação Evasões: 16 Encruzado, malvasia fina, bical e arinto, uvas provenientes de vinhedos próprios de granito velho, apresenta a acidez necessária e suficiente para o corte da gordura da massa do queijo, tornando mais fácil e prazeirosa a exploração.
Com cabra curado: Abreu Callado Licoroso Alentejo Branco (20%) Fundação Abreu Callado | Classificação Evasões: 16 Vinho muito original e de perfil moderno, é produzido a partir das castas roupeiro, arinto e tamarez, utilizando a mesma técnica que se utiliza no vinho do porto. Negoceia bem com a pasta fechada do queijo de cabra, ganhando brilho e matizes de sabor que o tornam mais nobre.

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Se virmos bem, o queijo marca presença na mesa portuguesa em todas as etapas da refeição, mesmo quando não reparamos. O cenário de um couvert que inclui pão, tostas, manteiga, paté e um queijo de Azeitão ou um queijinho curado não é estranho para quem frequenta restaurantes. O queijo fresco também pontifica no capítulo entradeiro, secundado ou não por bolachas e tostas e a um requeijão ninguém diz que não. Nos pratos gratinados, nas empadas, tartes e folhados fechados há queijos à nossa espera, calor e sal inconfundíveis.

E no final, antes dos doces vem a proverbial oferta sortida de queijos, dando a hipótese de terminar a refeição de forma salgada e não doce. Mesmo optando pela doce terminação, aí estão queijos creme e pastas de queijo na composição, e ninguém se faz rogado.

Todos os momentos merecem o vinho certo, a o vinho merece que nos debrucemos sobre as possibilidades de harmonização com cada tipo de queijo. E para os que já têm as suas pontes bem sólidas e defendidas, o momento pode ser de experimentar novos caminhos, as possibilidades são inúmeras, quer olhemos para as ligações tradicionais quer ousemos enveredar por pontes apenas imaginadas. Os vinhos que alinhámos têm as suas predileções especiais, e são pontos de partida para a redescoberta do queijo. Boas provas!

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