Publicidade Continue a leitura a seguir

Uma rua de contrários, no coração de Lisboa

As copas frondosas dos plátanos que ocupam o passeio central dão à Rua Viriato um ambiente de quase-recato, à beira da buliciosa Fontes Pereira de Melo (Pedro Rocha/GI)
A Gama do Vasco serve pitas com nome de gente célebre. A Florbela (Espanca) é vegetariana e leva curgete, beringela, cebola caramelizada e cogumelos. (Fotografia DR)
O rock é rei e senhor na Glam-o-Rama, a loja de discos de Luís Lamelas - músico, fã de música e um especialista disponível para quem quiser conversar sobre o assunto. (Orlando Almeida/GI)
Na Loja Açores não há senão produtos do arquipélago. Entre as estrelas da companhia está o queijo de São Jorge, disponível em vários temos de cura. (Pedro Rocha/GI)
Caril vegano de legumes é uma das propostas de «healthy caveman food» do Paleo Kitchen. (Reinaldo Rodrigues/GI)
No Panorama Bar, do hotel Sheraton, cocktails e vinhos a copo fazem companhia à panorâmica do topo de um dos edifícios mais altos de Lisboa. (Gonçalo Villaverde/GI)

Publicidade Continue a leitura a seguir

Corre paralela à arterial Fontes Pereira de Melo, no entanto o seu ritmo é mais compassado. No verão, graças às copas frondosas dos plátanos que ocupam o seu passeio central, a Rua Viriato fica quase um sítio de recato. Quase, entenda-se: não deixa de ter trânsito, ainda que se tenha falado de torná-la pedonal em parte, no âmbito das obras recentes do Eixo Central. Ficou essa parte por fazer, mas uniformizou-se aquilo que fazia dela uma rua única na cidade (porventura no país): até finais de 2016, aqui circulava-se ao contrário, pela esquerda, provavelmente uma reminiscência do tempo em que Portugal conduzia à inglesa. Tempo esse que terminou em junho de 1928.

O jogo dos opostos não se fica por aí. Se hoje estes quatrocentos metros de cidade homenageiam o herói lusitano do século II – também ele uma figura simultaneamente de contracorrente e controversa –, até ao edital municipal de 7 de agosto de 1911, movido pelo fervor republicano, a rua ostentava o nome de Barros Gomes, ministro da monarquia constitucional, detentor da pasta dos Negócios Estrangeiros ao tempo da cedência ao Ultimato Inglês. Em caso de dúvida do porquê desta renomeação, repare-se no pendor anti-britânico do hino A Portuguesa, oficialmente adotado um par de meses antes. Curioso é que se tenha mantido o «jeito inglês» de conduzir por mais um século.

 

Arquitetura de autor

No final da rua, de um lado fica a Maternidade Alfredo da Costa, projeto de Ventura Terra. Do outro, a Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, traçada por Norte Júnior para o pintor José Malhoa em 1905 – e hoje convertida em museu de pintura portuguesa e artes decorativas.

Partilhar
Morada
Rua Viriato 1B 1050-010 (Picoas) Lisboa
Telefone
214035368
Custo
(€) Preço médio: 10 euros. Pitas de 6,95 euros a 8,70 euros.
Horário
De segunda a sexta-feira, das 08h00 às 22h00. Encerra ao fim de semana.


GPS
Latitude : 38.72980769999999
Longitude : -9.148706599999969
Partilhar
Partilhar
Morada
Rua Latino Coelho, 31 (Saldanha)
Telefone
210105612
Custo
(€) 17 euros
Horário
Das 09h00 às 23h00; sexta e sábado, até às 00h00. Encerra ao domingo.


GPS
Latitude : 38.7323768
Longitude : -9.148457099999973
Partilhar
Partilhar
4.5
Avaliação
Morada
Rua Latino Coelho, 1 (Picoas), Lisboa
Telefone
213120000
Custo
(€€€) Preço médio: 70 euros
Horário
Das 19h30 às 23h30. Não encerra.


GPS
Latitude : 38.73184111733513
Longitude : -9.146917453967262
Partilhar
4.5
Avaliação

Leia também:

12 motivos para passear no novo Eixo Central de Lisboa
Passear pelas histórias da Cava de Viriato em Viseu
Uma rua do Saldanha com comida para todos os gostos