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Pelas lagoas, bosques e quintas de Ponte de Lima

Percorra esta fotogaleria para conhecer melhor os encantos desta zona. (Fotografias: Pedro Rocha e Pedro Granadeiro/GI)
A Quinta dos Pentieiros, na Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos, em Ponte de Lima, tem um parque de campismo com bungalows... e uma vista destas.
Ao todo, há sete casinhas de madeira, confortáveis porém sem luxos, cujo alpendre funciona como um convite à vivência fora de portas.
O Café Beira Rio fica na aldeia de Estorãos e serve diversos petiscos. Ao almoço, há pratos do dia, bifanas e pregos; à tarde, saem da cozinha de Vítor Vila Verde e da mulher moelas, asinhas de frango e pica-pau.
Um dos objetivos da Quinta de Pentieiros é a «criação e promoção de raças autóctones», entre vacas barrosãs, cachenas, ovelhas churras do Minho, cabras bravias, cavalos de várias raças (garrano, macho lusitano, sorraia), galinhas amarelas, pedrês, preta e branca ou suínos de raça bísara.
Além destes animais mais visíveis nesta quinta, como o da imagem, com atenção e paciência também se podem vislumbrar rãs, sapos, tritões e salamandras, entre outras espécies discretas e fugidias.
O Centro de Interpretação Ambiental (aberto apenas de segunda a sexta) é o melhor ponto de partida para as visitas. Fica mesmo ao lado da lagoa de São Pedro de Arcos e dá a conhecer a história e a importância das lagoas, bem como os seus percursos.
O Açude fica fica situado no Centro Náutico de Ponte de Lima, em Arcozelo. Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 22h00. Encerra domingo ao jantar e à segunda. Preço médio: 20 euros.
Porque os olhos também comem, n'O Açude acompanha-se a refeição com uma vista destas.
Não se esqueça de espreitar o Jardim de Aromáticas da Quinta de Pentieiros.
Estas são as regras dos percursos das lagoas: não colher nem danificar flora; evitar qualquer comportamento que possa perturbar o bem-estar da fauna; evitar causar qualquer tipo de poluição; respeitar a sinalização existente; respeitar os usos, costumes e tradições da população local da área.

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Durante a noite, a Quinta de Pentieiros é dominada pelo coaxar das rãs. De manhã, a este som sobrepõe-se o das crianças que todos os dias visitam a quinta, que é ao mesmo tempo espaço de descanso e lazer e de aprendizagem. Está na área protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos e foi concebida para a «promoção do mundo rural», explica Paulo Pimenta, engenheiro zootécnico, um dos responsáveis pelo complexo. Atividades como Um Dia no Mundo Rural, onde se pode andar pela primeira vez de cavalo, tosquiar ovelhas ou cuidar da horta, fazem parte da vida deste paraíso rural minhoto a 5 quilómetros de Ponte de Lima.

Para se ter uma experiência mais completa, o ideal é mesmo passar a noite num dos sete bungalows do parque (também há zona de campismo e caravanismo). Sete casinhas de madeira, confortáveis porém sem luxos, cujo alpendre funciona como um convite à vivência fora de portas.

Num passeio alongado dá para conhecer os cantos à quinta, onde um dos principais objetivos é a «criação e promoção de raças autóctones», entre vacas barrosãs, cachenas, ovelhas churras do Minho, cabras bravias, cavalos de várias raças (garrano, macho lusitano, sorraia), galinhas amarelas, pedrês, preta e branca ou suínos de raça bísara.

Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

Além destes animais mais visíveis, com atenção e paciência, também se podem vislumbrar rãs, sapos, tritões e salamandras, entre outras espécies discretas e fugidias. Outra vertente importante é a criação de plantas. Além dos viveiros que produzem para espaços verdes da vila e para o famoso Festival de Jardins, que se realiza todos os anos entre maio e outubro, há um campo de plantas aromáticas, com exemplares de tomilho-lima, alfazema, alecrim, hortelã, erva-caril, sálvia, entre outros.

Para se estar ainda mais próximo da natureza e perceber a singularidade desta área protegida como zona húmida continental de água doce, pode percorrer-se um os seis percursos pedestres à volta das lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos, a um quilómetro de distância da quinta.

 

Passear nas Lagoas

«A proteção desta zona húmida de importância internacional remonta ao ano 2000. Cinco anos depois foi inaugurada e aberta ao público», diz Paulo Pimenta, explicando que as zonas húmidas são raras, e esta é única no Norte do país. Nestes 350 hectares protegidos, «conseguiu travar-se a degradação» e, hoje, anfíbios, aves aquáticas e migratórias convivem numa flora autóctone de onde se destacam o carvalho, o castanheiro, o salgueiro e o amieiro. A área de bosque é por vezes cortada por zonas agrícolas e por tapadas, que até aos anos 1980 eram pastagens para gado, revelando a longa ligação entre natureza e ação humana.

As lagoas são alimentadas pelo rio Estorãos, que atravessa a zona antes de desaguar no Lima. Dependendo das épocas do ano, da sorte e da paciência, pode ver-se – nos vários pontos de observação que se encontram nos percursos – lontras, garças-reais, patos-reais, galinhas d’água ou o pato mergulhão. Mas antes de se iniciar qualquer dos percursos, visite-se o Centro de Interpretação Ambiental (aberto apenas de segunda a sexta), o melhor ponto de partida para as visitas. Fica mesmo ao lado da lagoa de São Pedro de Arcos e dá a conhecer a história e a importância das lagoas, bem como os seus percursos. Funciona também como receção e loja, sala de exposições e tem espaço para projetos educativos. Depois, é só seguir as setas, os regulamentos e pôr os pés ao caminho.

 

Peixe fresco junto ao rio

Neste restaurante com vista sobre o rio, ao lado do Centro Náutico de Ponte de Lima, o peixe fresco é o que mais se destaca. Coisa rara pelo Minho, onde comida de peso, como rojões, sarrabulho ou cabrito costumam fazer as honras da casa. Claro que há sempre a época da lampreia e do sável, que enchem os restaurantes da vila, entre janeiro e abril. E o bacalhau é prato forte durante todo o ano. No Açude é inevitável que haja um pouco disto tudo. Mas são o linguado, o robalo e o rodovalho que fazem recordar que o mar não está assim tão longe.

Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

O sarrabulho, «prato que se deve comer com fome», tinha de ser também ele, uma das referências da casa. João Lima, que gere o restaurante ao mesmo tempo que exerce o sacerdócio em algumas aldeias próximas, afirma que este sarrabulho é diferente: «É mais leve do que o habitual» e até «pode ser servido a doentes». Os rojões são muito tenros e cortados em pedacinhos pequenos, para absorverem todo o sabor dos temperos. Nas sobremesas, João destaca, com humor, dois pudins «eclesiásticos»: o abade de Priscos e o prior de Miranda, este mais raso e cor de vinho. O abade é de Braga, o prior é ele próprio.

 

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Morada
Centro Náutico de Ponte de Lima, Arcozelo, Ponte de Lima
Telefone
258944158
Custo
(€) 20 euros
Horário
Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 22h00. Encerra domingo à noite e segunda.


GPS
Latitude : 41.7655798
Longitude : -8.59140709999997
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Morada
Rua da Igreja, 9, Estorãos, Ponte de Lima
Telefone
258943863
Custo
(€) 8


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.224500000000035
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Morada
EM525 203, 4990-530
Telefone
258240202


GPS
Latitude : 41.775321079497985
Longitude : -8.650274207409666
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