Publicidade Continue a leitura a seguir

O Seixal está a mudar: 7 novos locais a não perder

Percorra a fotogaleria para conhecer alguns dos novos espaços da zona ribeirinha do Seixal. Na fotografia: barcos típicos do Tejo na baía do Seixal. (Fotografia: Câmara Municipal do Seixal/Facebook)
RESTAURANTES 01. Mundet Factory «Daqui saiu a cortiça para o mundo, agora cabe-me a mim trazer o mundo até nós», diz João Macedo para explicar o conceito gastronómico da Mundet Factory. Há mais de dois anos, quando o projeto estava a ser desenhado em conjunto com a autarquia (dona dos edifícios da Mundet e que convidou o chef após a sua participação no Masterchef da TVI, em 2015) chamaram-lhe «louco». Ninguém teria interesse em comer comidas do mundo no Seixal, alegaram. Mas a ideia funcionou desde a primeira hora, também graças à vontade das pessoas procurarem experiências novas, admite. (Fotografia de Carlos Costa/GI)
01. Mundet Factory A proposta é embarcar numa viagem pelos quatro cantos do mundo sem sair da mesa, de forma descontraída e entre amigos. Há ceviche, caril de gambas à goesa, tacos e cachupa, por exemplo. De Portugal chegam o bacalhau confitado, polvo à lagareiro e um naco maturado com batatas campestres, esparregado e redução de moscatel roxo que é campeão de vendas à hora de almoço. E, claro, também há oito pizas de autor feitas em forno a lenha (com o pormenor de terem os nomes - e alguma inspiração - das ex-namoradas de João Macedo). (Fotografia: DR)
01. Mundet Factory O bar e o restaurante - onde o chef recebe os clientes, convidados e amigos como em casa - nasceram nos refeitórios da Mundet, pelo que têm elementos originais, como as mesas. No balcão do bar, onde se servem tanto cocktails clássicos como da mais recente mixologia, aproveitou-se um tapete rolante e há portas de cacifos e tubos por onde passavam as rolhas de cortiça a formar a palavra «Seixal». A Mundet continua viva entre aquelas paredes. (Fotografia: DR)
02. Senhor Myiagi Cada vez mais internacional na restauração, o Seixal viu abrir em dezembro último este cantinho asiático, pelas mãos de Bruno Rocharte e António Abrantes. «Eu já tinha um bar, o Copofonia, mas sempre quis um restaurante. Passados dois anos entendi ser a altura de dar o passo seguinte», diz Bruno. À dupla juntou-se o chef David Santos, com experiência ganha no Nood, em Lisboa. «A experiência dele na comida asiática juntamente com o facto de eu também ter vivido sete anos na Ásia fez com que angariasse bastantes ideias e então o que está aqui hoje é reflexo disso», explica o empresário de 36 anos. (Fotografia: DR)
02. Senhor Myiagi Com propostas como noodles, ramen, baos, panquecas japonesas, gyosas, espetadas de frango e pad tai, a carta é claramente um périplo gastronómico pelos países asiáticos, alguns dos quais Bruno visitou. Sem exercer na área de formação, tornou-se DJ e em 2009 foi convidado para ir para Doha (capital do o Qatar), com passagens pelo Dubai. «Ter vivido num hotel de cinco estrelas acabou por ser uma universidade para mim», revela. O Senhor Myiagi está quase a fazer um ano e a aceitação do público, diz, tem sido «estrondosa». «As pessoas vêm aqui com o espírito aberto a novas experiências e isso tem-nos ajudado bastante». (Fotografia: Senhor Myiagi Seixal/Facebook)
03. Alfaiate Al Forno Francesinhas no Seixal? Sim, elas existem. Foi esta a aposta de Fayaze Carmali quando decidiu abrir um segundo espaço depois da Hamburgueria Alfaiate, que já tem em Santa Marta do Pinhal, em Corroios (temporariamente encerrado para obras). Na carta existem sete versões de francesinhas, da original à mais inovadora, incluindo uma vegetariana e uma de bacalhau. E saem quase tanto como as pizas - «20 mil num ano» - revela o dono da Alfaiate Al Forno. (Fotografia: Alfaiate Al Forno/Facebook)
03. Alfaiate Al Forno Na carta (que vai mudar em breve) existem 12 opções, feitas em forno a lenha, com produtos frescos e todas a partir dos 9 euros. A de margarita, por exemplo, leva mozarela fresca além dos ingredientes tradicionais. Já da garrafeira saem vinhos do Douro, Dão e Alentejo e a ideia é promovê-los também em momentos de prova, numa agenda que incluirá igualmente eventos temáticos e sessões de música ao vivo. Sempre com o rio em frente (e uma esplanada pronta a abrir na primavera). (Fotografia: Alfaiate Al Forno/Facebook)
04. Tapas ao Rio Os portões da Quinta da Fidalga estão abertos e é preciso atravessar uma parte do jardim para entrar na antiga casa senhorial da propriedade - uma das mais antigas e preservadas quintas agrícolas e de recreio existentes na região - para chegar ao Tapas ao Rio, aberto no final de junho. O espaço pertence ao município do Seixal, que o quer dinamizar, e foi nesse sentido que Henrique Ferreira, 34 anos, avançou com o projeto, com a ajuda do irmão mais novo, Raúl, e do chef Ruben Neves. (Fotografias: DR)
04. Tapas ao Rio No exterior há uma ampla esplanada para dias de sol e na sala uma lareira acesa para aconchegar as noites frias. Os aconchegos de estômago chegam, por sua vez, em formato de «tapas de inspiração portuguesa», pensadas para partilhar entre amigos, e com uma seleção de cervejas e cocktails. Destaca-se o Mexican Corona Margarita, que leva granizado de tequila, laranja e lima e uma garrafa de cerveja deitada na vertical dentro do copo. Entre Espanha e México, viagem em estado líquido. (Fotografia: DR)
A zona ribeirinha está como nova. Aqui vê-se a praia do Seixal, muito procurada no verão e onde costumam realizar-se eventos.
CAFETARIAS 05. Pró Rio O nome diz tudo. Esta nova cafetaria/pastelaria e geladaria tem uma entrada virada para o rio com uma esplanada de onde se pode ver, ao longe, a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei. Paulo Neto, seixalense de 53 anos, achou a zona antiga «simpática» e decidiu avançar com o projeto numa altura arriscada, quando toda a marginal estava em obras. Já com o espaço aberto, teve a ideia de colocar quadros de artistas locais nas paredes, como se de uma galeria de exposições se tratasse. (Fotografia: Pró Rio/Facebook)
05. Pró Rio Quem entra, além do colorido artístico, vê logo a vitrine recheada de tortas, pavlovas, macarons, doces conventuais e pastéis de nata (apenas estes não são de fabrico próprio), além do balcão de gelados artesanais (um copo de duas bolas custa 2,30 euros). Ao fundo da loja surge um cantinho de ambiente diferente, marcado por um piano de madeira com quase 300 anos. A ideia é acenar ao turismo, com conservas, tábuas de queijos e presunto, prova de produtos regionais e vinhos Casa Ermelinda Freitas no copo, enquanto se observa o sol a descer sobre a baía. (Fotografia: Pró Rio/Facebook)
06. Letras & Talheres A cama logo à entrada, rodeada de móveis antigos, pode parecer desenquadrada. Mas há quem lá se sente a trabalhar, enquanto outros procuram os sofás para passar um tempo. O Letras & Talheres parece uma casa, e quem a decorou foram muitos clientes, que lá foram deixar peças vintage e objetos como uma máquina de costura Singer, um quadro com desenho do astrolábio usado por Fernando Pessoa e uma guitarra que - diz quem a lá deixou - terá pertencido aos Xutos & Pontapés. (Fotografia: DR)
06. Letras & Talheres Tudo isto conta Carlos Mesquita, responsável pelo espaço, cuja «casa-mãe» é em Corroios. E o que se come e bebe, afinal, no Letras & Talheres? A oferta passa muito por pratos do dia (ao domingo há cozido à portuguesa por 8 euros, por exemplo) e por opções de tostas, hambúrgueres, massas, saladas e pratos mais de carne e peixe mais substanciais. A sangria de maçã e canela (2 euros o copo) tem conquistado seguidores desde que o restaurante/lounge abriu há apenas dois meses.
PASTELARIA 07. Villa Três O que é que leva uma contabilista a decidir mudar de rumo e abrir uma cafetaria/pastelaria na zona antiga do Seixal? Um grande amor pelos gelados. Catarina Gonçalves queria abrir uma geladaria, mas cedo percebeu que se tratava de um produto «muito sazonal». Então começou «a investigar e a ir para Lisboa tomar pequenos-almoços, para perceber os gostos das pessoas, completamente diferentes de antigamente», conta. Durante o curso de pastelaria e padaria que frequentou na Escola de Formação Profissional para o Setor Alimentar da Pontinha conheceu Mafalda Soares, o outro rosto do Villa Três. (Fotografias: Villa Três/Facebook)
07. Villa Três Mafalda vinha da comunicação, mas também já tinha alguma experiência em pastelaria, a marca artesanal A Trança. Daí a juntarem-se no Villa Três foi um passo curto. «Quando a Mafalda soube desta loja, assim que entrámos percebemos que era isto». O espaço é relativamente pequeno, o que o torna acolhedor entre as paredes de pedra e a decoração contemporânea, e divide-se entre cafetaria/pastelaria - com pão fresco diariamente, bolos caseiros, crepes, waffles, cappuccinos e chocolate quente, por exemplo - e uma pequena mezzanine com produtos regionais. De volta à mesa, seja qual for o dia da semana, há até cinco brunchs por onde escolher, dos 7,50 aos 17,50 euros, servidos das 11h00 às 15h00. (Fotografias: Villa Três/Facebook)

Publicidade Continue a leitura a seguir

Sentado numa das mesas do bar da Mundet Factory, João Macedo aponta através da parede à sua frente para contar como estava aquela zona da baía do Seixal quando ali chegou: em obras. Durante dois anos, o núcleo antigo do Seixal (que em conjunto com a Arrentela, Amora e Aldeia de Paio Pires deu origem ao concelho que se conhece hoje) esteve quase «inacessível» de automóvel – lembram também muitos empresários que entretanto abriram ali negócios – o que dificultou a vida às pessoas, mas o sol não tardou a raiar.

Hoje são dois quilómetros de uma ‘nova’ frente ribeirinha de um total de 14 quilómetros que se abrem à população e à fruição do espaço urbano. «Tem sido uma grande vantagem, nota-se que as pessoas orgulham-se de onde estão, vêm passear, e a parte desportiva e do bem-estar evoluiu a 200 por cento», comenta o chef de 35 anos.

A zona ribeirinha foi intervencionada recentemente. Ao fundo, o edifício da Mundet Factory. (Fotografia de Carlos Costa/GI)

O Seixalíada é um dos eventos de desporto dinamizados pela autarquia. Na área da música, destaca-se o SeixalJazz. Mas a cultura esteve sempre presente no espaço da antiga fábrica Mundet & Sons, utilizada desde os anos 90 como um pólo cultural. «Foi aqui que se beberam as primeiras cervejas e onde vim com 14, 15 anos ver os meus primeiros concertos e exposições. Para a geração dos 35-40 anos isto é um marco», assegura João Macedo.

A Mundet & Sons – fundada em 1905 e que chegou a ser a maior empresa de cortiça do país, com três mil trabalhadores, tendo vindo a encerrar em 1988 -, deixou um património material e imaterial ímpares, que a Mundet Factory continua a preservar e o município quer dinamizar em breve com um hotel, por exemplo. Aquele espaço tem sido, com efeito, o epicentro da mudança urbana em curso no núcleo antigo do Seixal, com grande foco no turismo.

É também com esse olhar que Bruno Rocharte olha para a vila onde decidiu abrir, com dois amigos, o restaurante asiático Senhor Myiagi, um tipo de cozinha praticamente inexistente na Margem Sul. «A zona está a despertar o interesse de muitos investidores, mas de forma muito lenta. Está cheia de potencial, a 15 minutos de Lisboa, e parece que esteve adormecida ou escondida. Os progressos têm sido feitos», comenta.

O bar e restaurante da Mundet Factory nasceram nos antigos refeitórios da fábrica, aproveitando materiais industriais. (Fotografia: DR)

Para sentir na pele como a zona antiga e ribeirinha está a mudar não é preciso percorrer longas distâncias. Estaciona-se o carro perto (uma vez que não há parquímetros, caso raro numa cidade da Grande Lisboa) ou segue-se a pé. Porta sim, porta não há espaços novos a abrir – sobretudo restaurantes -, em harmonia com clássicos como o bar Copofonia, as pastelarias Xandite, o Lisboa à Vista (dentro de um antigo cacilheiro) e os restaurantes O Batoque, O Bispo onde se come muito e bem.

A gastronomia local, ancorada no rio Tejo, leva à mesa especialidades como a feijoada de choco, caldeirada, massada de peixe, enguias fritas e ensopado de enguias. Propostas mais contemporâneas e seguidoras das tendências encontram-se nos espaços que a Evasões visitou (entre os muitos que têm aberto ultimamente). Comer ao pé do rio ganha um novo significado.

Percorra a fotogaleria para conhecer alguns dos novos espaços da zona ribeirinha do Seixal.

 

Partilhar
Morada
Praça 1º Maio Seixal
Telefone
212425840
Custo
(€€) Preço médio: 25 euros. Cocktails de autor a partir de 9 euros.
Horário
De terça a domingo, das 12h00 às 02h00.


GPS
Latitude : 38.6398012
Longitude : -9.105675099999985
Partilhar
Partilhar
Morada
Praça da República, 20, Seixal
Telefone
936446969
Custo
(€) Preço médio: 12 euros
Horário
De terça a domingo, das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às 22h15. Encerra à segunda.


GPS
Latitude : 38.6430581
Longitude : -9.106274100000064
Partilhar
Partilhar
Morada
Av. da República 2571, Qta da Fidalga Seixal
Telefone
218074596
Custo
(€€) Preço médio: 20 euros
Horário
De terça a domingo, das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00.


GPS
Latitude : 38.633799
Longitude : -9.10572579999996
Partilhar
Partilhar
Morada
Rua Manuel Teixeira de Sousa, 37, Seixal
Telefone
215863474
Horário
Das 08h00 às 19h00. Domingo, das 09h00 às 19h00. Encerra à quarta.


GPS
Latitude : 38.6440464
Longitude : -9.103229599999963
Partilhar
Partilhar
Morada
Av. D. Nuno Álvares Cabral, 41, Seixal
Telefone
910727086
Horário
De segunda a domingo, das 10h00 às 02h00. Encerra à quarta.


GPS
Latitude : 38.6441785
Longitude : -9.104583899999966
Partilhar
Partilhar
Morada
Rua Paiva Coelho, 72, Seixal
Telefone
211993126
Horário
Das 08h00 às 23h00. Encerra à segunda.


GPS
Latitude : 38.6434846
Longitude : -9.105643900000018
Partilhar
Partilhar
Morada
Avenida da República, 21, Seixal
Telefone
212480047
Custo
(€) Preço médio: 17 euros
Horário
De segunda a quinta e domingo, das 12h00 às 00h00. Sexta e sábado, das 12h00 às 01h00.


GPS
Latitude : 38.62656870000001
Longitude : -9.104689699999994
Partilhar

 

Leia também:

Dormir num moinho com vista para o Rio Tejo e Lisboa
Almada a Setúbal: 8 restaurantes para ir na outra margem
Romeira: Tudo sobre o novo mercado de comida de Almada