O edifício foi agora totalmente recuperado pelo Gabinete de Arquitetura Pardal Monteiro, com um projeto que preservou a sua génese tanto nas fachadas como no interior. O hotel de charme, gerido pela Amazing Evolution, tem 36 quartos e está recheado de obras de artistas urbanos emergentes como Bordalo II, SuperVan (Vanessa Teodoro), David Oliveira e Irmãos Marques.
O desafio foi que os artistas partissem da fachada de traços naturalistas do edifício, cruzando-a com as vivências do espaço ao longo dos últimos anos. Assim, algumas das obras refletem também a vida boémia do Intendente.
E essa boémia, que durante muitos anos deu mau nome ao bairro, foi também a inspiração para o restaurante Infame, que tem à frente da cozinha o chef Nuno Bandeira de Lima, que quis fazer jus à multiculturalidade daquela zona cidade elaborando uma ementa com base na cozinha portuguesa e temperada com sabores orientais.
Decoração privilegia marcas portuguesa
Nos 36 quartos do 1908 Lisboa Hotel o ambiente é minimalista e os tons neutros contrastam com os corredores escuros. Na decoração dos espaços quis dar-se destaque aos materiais e às marcas portuguesas: os móveis são da We Wood, as cobertas das camas em manta lã portuguesa, da Vida Portuguesa, as casas de banho em Lioz – a pedra lisboeta – trabalhada por Alfredo Antunes Flôr e os amenities são Castelo bell.
Os nomes dos quartos variam consoante a dimensão e a vista: The Square Rooms (vista para o Largo do Intendente), The Avenue Rooms (vista para a Avenida Almirante Reis), The Attic Rooms (piso com três quartos e lobby exclusivo, que tanto pode ser reservado individualmente, como para grupos ou para realização de pequenos eventos), The King of Dome (suite principal, com acesso à cúpula) e The King Rooms (quartos com áreas maiores).
Longitude : -9.135246999999936
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