Regresso às origens nos novos pratos do peruano Segundo Muelle, em Lisboa

Na década de 1990, quando Daniel Manrique abriu o primeiro Segundo Muelle, numa garagem que o avô tinha em Lima, capital do Peru, fê-lo em homenagem às memórias de adolescência, passada a pescar e surfar na praia de San Bartolo, a sul de Lima. Hoje, com quase duas dezenas de casas-irmãs espalhadas pelo mundo – Espanha, Panamá, Equador, etc – a nova carta do restaurante peruano, que chegou a Lisboa há seis anos, pretende ser também um regresso ao passado e às suas tradições.

Chama-se Origem e inspira-se nas raízes da cozinha peruana, com forte ligação ao mar, mas vai piscando, aqui e ali, o olho à gastronomia mediterrânica, oriental e crioula. No Cais do Sodré, onde fica situado o único restaurante em Portugal com a medalha de ouro Auténtica Cocina Peruana, uma certificação promovida pela Agência PromPeru e pela Universidade San Ignacio de Loyola, há onze novas propostas para provar, entre pratos e bebidas.

Na carta fixa, chega agora o ceviche aji amarillo, com peixe branco envolvido num molho de aji amarillo, guarnecido com choclo (uma variedade de milho), camote (batata-doce) e cancha (milho peruano frito). Novo é também o salmão grelhado com legumes salteados no wok (18,90€) e o linguini vegetariano (14,90€). O marisco ganha especial destaque em dois novos pratos da casa: o tacu tacu com picante de mariscos (16,90€), um prato que junta arroz, feijão e bacon com mariscos salteados em wok e uma salada de cebola, coentros e malagueta em lima; e o arroz chalaco com mariscos salteados em molho roja (19€), coberto por camarão em molho branco e um picadinho de choclo e cebola em sumo de lima.

Os tacos recheados com polvo e camarão (14,90€), enriquecidos com um molho a lembrar o ceviche, são outra das novidades. Já no menu executivo, disponível aos almoços dos dias úteis com pratos que não entram na carta fixa, junta-se agora o vegetariano quinoto (o semelhante a um risoto de quinoa) de cogumelos e espargos. Nos doces novos, dá-se protagonismo à lúcuma, uma fruta peruana e abundante nos vales andinos, num gelado; que se pode provar em separado (2,90€) ou numa versão de um quente e frio, junto com bolo de chocolate e quinoa crocante (5,90€). Para o brinde, também há novas criações. Do bar saem o whisky sour, um cocktail à base do destilado, com sumo de lima e clara de ovo; e o Pisco Sedución, que junta o mais popular destilado peruano com licor de chocolate e clara de ovo. Para os fãs dos clássicos, continua na carta o tradicional Pisco Sour, bandeira da mixologia peruana.