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Restaurantes com pratos de quinoa em Lisboa e no Porto

Veja nesta fotogaleria restaurantes com pratos de quinoa
1. Las Cholas, Lisboa A chef Valeria Olivari é natural de Tacna, no Peru, e abriu em Arroios um atelier onde produz empanadas e o doce peruano alfajore por encomenda. Para além disso, organiza ainda menus de degustação e workshops para quem quer aprender a arte da cozinha peruana. A pedido do cliente pode dedicar a sessão à quinoa, utilizando as suas diferentes variedades para cozinhar. A vermelha, por exemplo, pode ser servida com atum envolvido em sésamo, molho de amendoim, batata doce e toranja; a branca com pesto caseiro e acompanhada por camarão; e a preta, apresentada num caril de quinoto.
1. Las Cholas, Lisboa A chef Valeria Olivari é natural de Tacna, no Peru, e abriu em Arroios um atelier onde produz empanadas e o doce peruano alfajore por encomenda. Para além disso, organiza ainda menus de degustação e workshops para quem quer aprender a arte da cozinha peruana. A pedido do cliente pode dedicar a sessão à quinoa, utilizando as suas diferentes variedades para cozinhar. A vermelha, por exemplo, pode ser servida com atum envolvido em sésamo, molho de amendoim, batata doce e toranja; a branca com pesto caseiro e acompanhada por camarão; e a preta, apresentada num caril de quinoto.
2. Grupo Cafeína, Porto Camilo Jaña está há dez anos em Portugal, há 15 que utiliza quinoa na sua cozinha, e desde sempre que a tem na memória e alimentação. A sua família utilizava-a essencialmente como acompanhamento de pratos, mas o chef chileno não a cinge a essa função nos restaurantes do grupo Cafeína de Vasco Mourão. Portarossa, o italiano, é o único que foge à quinoa, pelos motivos óbvios. De resto, é bem-vinda nos restaurantes Terra, Cafeína e na Casa Vasco, com pratos como o quinoto al nero com tinta de choco e o tataki de salmão, com quinoa e leche de tigre. O chef pouco revela, mas garante ainda o regresso do Panca, o pop up que abriu este verão no Porto, e cujos pratos celebravam o grão.
2. Grupo Cafeína, Porto Camilo Jaña está há dez anos em Portugal, há 15 que utiliza quinoa na sua cozinha, e desde sempre que a tem na memória e alimentação. A sua família utilizava-a essencialmente como acompanhamento de pratos, mas o chef chileno não a cinge a essa função nos restaurantes do grupo Cafeína de Vasco Mourão. Portarossa, o italiano, é o único que foge à quinoa, pelos motivos óbvios. De resto, é bem-vinda nos restaurantes Terra, Cafeína e na Casa Vasco, com pratos como o quinoto al nero com tinta de choco e o tataki de salmão, com quinoa e leche de tigre. O chef pouco revela, mas garante ainda o regresso do Panca, o pop up que abriu este verão no Porto, e cujos pratos celebravam o grão.
3. Segundo Muelle, Lisboa Há 17 Segundo Muelle espalhados pela América Latina, Central, Espanha e agora Portugal, com o Grupo Portugália a gerir o franchising no antigo edifício dos CTT, voltado para a praça D. Luís I, no Cais do Sodré. Foi aí que nasceu este verão, a versão portuguesa, cujas cordas iluminadas, a penderem do teto, impressionam os olhos. A carta faz uma viagem pelas várias influências da cozinha peruana, tal como a nikkei (japonesa), a crioula ou mediterrânea, e a quinoa faz parte do percurso. O quinoto de carne ou vegetais faz lembrar o sabor por dias, mas falta referir os tiraditos de salmão pulverizados com quinoa crocante e o yoshake maki, um maki japonês enrolado no grão.
3. Segundo Muelle, Lisboa Há 17 Segundo Muelle espalhados pela América Latina, Central, Espanha e agora Portugal, com o Grupo Portugália a gerir o franchising no antigo edifício dos CTT, voltado para a praça D. Luís I, no Cais do Sodré. Foi aí que nasceu este verão, a versão portuguesa, cujas cordas iluminadas, a penderem do teto, impressionam os olhos. A carta faz uma viagem pelas várias influências da cozinha peruana, tal como a nikkei (japonesa), a crioula ou mediterrânea, e a quinoa faz parte do percurso. O quinoto de carne ou vegetais faz lembrar o sabor por dias, mas falta referir os tiraditos de salmão pulverizados com quinoa crocante e o yoshake maki, um maki japonês enrolado no grão.
4. Ceviche & Poké Bowls, Porto e Lisboa A quinoa faz parte das bowls (taças) de sushi ou vegetarianas deste franchising, que se encontra no Mercado do Bom Sucesso, no Porto, e no Amoreiras, em Lisboa
4. Ceviche & Poké Bowls, Porto e Lisboa A quinoa faz parte das bowls (taças) de sushi ou vegetarianas deste franchising, que se encontra no Mercado do Bom Sucesso, no Porto, e no Amoreiras, em Lisboa
5. The Beer Station, Lisboa Ao lado do Wine & Pisco, Marco Leyva abriu com o argentino Gonzalo Ceria The Beer Station, onde se encontram cervejas artesanais do mundo. As portuguesas têm naturalmente destaque, mas também uma peruana com sabor a quinoa (5 euros). Para acompanhar, ambos sugerem as empanadas de Valeria Olivari.
5. The Beer Station, Lisboa Ao lado do Wine & Pisco, Marco Leyva abriu com o argentino Gonzalo Ceria (na foto) The Beer Station, onde se encontram cervejas artesanais do mundo. As portuguesas têm naturalmente destaque, mas também uma peruana com sabor a quinoa (5 euros). Para acompanhar, ambos sugerem as empanadas de Valeria Olivari.
6. Wine & Pisco, Lisboa O Wine & Pisco, junto à estação de comboios do Rossio, tem vinho nacional, mas também a famosa bebida do Peru, o Pisco Sour, que o proprietário Marco Leyva começou por distribuir para restaurantes como a Cevicheria de Kiko Martins. Utiliza-a também nos seus cocktails de quinoa de diferentes variedades (6 euros). Vão bem com os doces alfajores de Valeria de Las Cholas, uma «perfeita maridaje».
6. Wine & Pisco, Lisboa O Wine & Pisco, junto à estação de comboios do Rossio, tem vinho nacional, mas também a famosa bebida do Peru, o Pisco Sour, que o proprietário Marco Leyva começou por distribuir para restaurantes como a Cevicheria de Kiko Martins. Utiliza-a também nos seus cocktails de quinoa de diferentes variedades (6 euros). Vão bem com os doces alfajores de Valeria de Las Cholas, uma «perfeita maridaje».
7. Qosqo, Lisboa Gabriela Ruiz foi pioneira na capital ao abrir há cinco anoso seu espaço, junto à Sé. Chamou-lhe Qosco, expressão quéchua para Cuzco, no Peru, onde Gabriela conheceu um português, hoje seu marido. Curiosamente, a cidade é hoje uma das maiores produtoras de quinoa, produto que a peruana utiliza no Qosco há dois anos e meio «quando ainda não era moda». Começou com o pão de quinoa, no couvert, e o chichárron de frango com maracujá, envolto em quinoa frita, e seguiu caminho para o quinoto vegetariano e o tártaro de atum ou garoupa grelhada com quinoa. É possível fazer uma refeição completa desde há ano e meio, com a introdução de uma sobremesa com o grão: um vulcão de chocolate, claro, com quinoa.
7. Qosqo, Lisboa Gabriela Ruiz foi pioneira na capital ao abrir há cinco anoso seu espaço, junto à Sé. Chamou-lhe Qosco, expressão quéchua para Cuzco, no Peru, onde Gabriela conheceu um português, hoje seu marido. Curiosamente, a cidade é hoje uma das maiores produtoras de quinoa, produto que a peruana utiliza no Qosco há dois anos e meio «quando ainda não era moda». Começou com o pão de quinoa, no couvert, e o chichárron de frango com maracujá, envolto em quinoa frita, e seguiu caminho para o quinoto vegetariano e o tártaro de atum ou garoupa grelhada com quinoa. É possível fazer uma refeição completa desde há ano e meio, com a introdução de uma sobremesa com o grão: um vulcão de chocolate, claro, com quinoa.
8. Cevicheria Na Cevicheria de Kiko Martins prova-se o quinoto do mar, 14,80 euros, e a sobremesa de quinoa doce de maracujá, 7,30 euros.
8. Cevicheria Na Cevicheria de Kiko Martins prova-se o quinoto do mar, 14,80 euros, e a sobremesa de quinoa doce de maracujá, 7,30 euros.

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«A quinoa é muito parecida ao arroz doce», diz Valeria Olivari, enquanto mexe uma panela com quinoa caramelizada, para fazer uma versão da sobremesa peruana arroz zambito. O sotaque deixa adivinhar parte da sua origem: Valeria nasceu em Tacna, Peru, perto da fronteira com o Chile. Trabalhou com o reputado chef peruano Rafael Osterling, com o pasteleiro Paco Torreblanca em Madrid e passou pelo Vila Joya, no Algarve, e pelo Olivier Avenida, Lisboa, antes de se dedicar às empanadas e alfajores no Las Cholas, o atelier de cozinha que criou em Arroios.

É a penúltima de seis irmãos e confessa que em casa nem havia grande tradição de cozinhar quinoa. «Comecei a usá-la já em trabalho. Só há poucos anos a quinoa começou a ser utilizada nos grandes restaurantes de Lima», conta a chef pasteleira, que cria menus de degustação e workshops com o ingrediente.

Testemunho diferente tem o chef Camilo Jaña, que chegou ao Porto vindo do Chile há já 10 anos. Gere agora as quatro cozinhas do grupo Cafeína, onde incorpora o superalimento. «Exceto no Portarossa, que é italiano. De resto, utilizo em vários pratos do Terra, da Casa Vasco e do Cafeína. Era um grão que a minha família cozinhava como acompanhamento», explica.

De volta a Lisboa, Marco Leyva chegou há nove anos à capital e recorda bem ainda a sopa de quinoa caseira. «A Valeria é da costa do Peru, eu cresci na serra e a minha mãe utilizava quinoa na sopa, duas vezes por semana», recorda o proprietário de dois bares com bebidas de quinoa, nos Restauradores. «Mas associava-se o grão mais aos indígenas, ainda se desconhecia o seu valor».

É preciso recuar cerca de 7 mil anos para imaginar os povos indígenas a cultivarem o pseudocereal (como é cientificamente chamado) pela cordilheira dos Andes. Mais tarde, foi para a civilização Inca «Chisiya mama», o grão-mãe, na língua quéchua. Afinal, a quinoa (lê-se «quínua») era uma das suas principais fontes de alimentação, a par da batata e do milho. Aquando da colonização espanhola, foram introduzidos novos cereais e a quinoa perdeu terreno, mas nunca saiu de cena.

A história prossegue nos anos 1970, ao ser descoberta por alguns vegetarianos mais atentos e, ainda na década posterior, quando uma investigação da NASA sobre as suas muitas propriedades ditou que esta passasse a integrar a dieta dos astronautas. A Bolívia, maior exportadora durante décadas, foi entretanto ultrapassada pelo Peru, que lidera a tabela como produtor. Mas na verdade o grão é consumido por toda a cordilheira, em papas, sopas, sobremesas e pratos principais.

O mediatismo, de resto, é bem recente, e chegou de há uns anos para cá, com a febre das sementes e a crescente preocupação por uma alimentação saudável. Muito por responsabilidade da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que decretou o Ano Internacional da Quinoa, em 2013. Em parte, pelos muitos benefícios, mas também pela sua adaptabilidade a diferentes temperaturas e variações de altitude, foi considerada um aliado na luta pela erradicação da fome, da pobreza e no combate à nutrição deficitária.

É considerada um “superalimento” que contém 8 aminoácidos essenciais ao nosso corpo, vitaminas do complexo B, E, fósforo, magnésio, potássio, cálcio, fibras, zinco, ómega 3 e 6 e um elevado valor proteico (até 23% da composição). Sem esquecer um dos benefícios mais importantes: a ausência de glúten.

 

Entre as três mil variedades de semente da planta, com cores e tamanhos distintos, os mais exportados são três: branca, a vermelha e a preta – estas duas com maior concentração de propriedades. Valeria Olivari utiliza as três no Las Cholas, sempre com muitos ingredientes da culinária peruana à mistura e pratos coloridos. A vermelha é servida com atum envolvido em sésamo, molho de amendoim, batata doce e toranja; a branca confunde-se com a cor do pesto caseiro e é acompanhada por camarão, e a preta é apresentada num caril de quinotto, uma das utilizações mais populares do grão nos restaurantes, a substituir o risotto.

O produto encontra-se facilmente nos supermercados, um trabalho que tem também estado a ser desenvolvido pelo Gabinete de Turismo do Peru em Portugal, apesar do preço ainda não ser o mais acessível. São cinco ou seis euros por 400 gramas de quinoa, mas o valor não parece demover. Em Lisboa, o ingrediente encontra-se em muitos cardápios pela cidade fora. Seja de forma mais presente, como no Qosqo, no Segundo Muelle e na Cevicheria de Kiko Martins (quinoto do mar, 14,80 euros ou sobremesa de quinoa doce de maracujá, 7,30 euros) ou apenas num prato, como no Delfina (migas de quinoa com plumas de porco preto, 15,50 euros). E ainda na forma de cocktail ou cerveja, a provar no Wine&Pisco e no The Beer Station.

A norte, a influência ainda se faz sentir pouco, mas há quem vá dando os primeiros passos, principalmente Camilo Jaña nos seus restaurantes. E outros como a Cozinha dos Lóios, com a sua quinoa de bacalhau, do Abacate e uma das suas saladas, do franchising Ceviche & Poké Bowls, no Amor É, com o quinoto de espargos para partilhar, e do Berry, com o entusiasta Frederico Horta. «O menu do Berry é rotativo, mas utilizo muito quinoa», explica. E faz as suas apostas: «Por estarmos inseridos na Ervanária Portuense, vou-me apercebendo de uma maior apetência de consumo. Diria que é uma questão de tempo até a tendência começar também no Porto».

 

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Morada
Rua dos Bacalhoeiros, 26A (Sé), Lisboa
Telefone
218868061
Horário
Das 12h30 às 15h00 e das 20h00 às 23h00. Encerra à segunda
Custo
() 27


GPS
Latitude : 38.7091998
Longitude : -9.13389570000004
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Morada
Praça Dom Luís, 30 (Cais do Sodré), Lisboa
Telefone
931169158
Horário
Das 12h00 às 00h00. Não encerra
Custo
(€€) 30


GPS
Latitude : 38.707646
Longitude : -9.146887300000003
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Morada
Largo Duque de Cadaval, 17, Lisboa
Telefone
969837884
Horário
Das 14h00 às 00h00. Não encerra


GPS
Latitude : 38.713782540623384
Longitude : -9.140781084655828
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Morada
Rua Carlos José Barreiros, 20 (Arroios), Lisboa
Telefone
960475923
Horário
Necessária marcação

Website

GPS
Latitude : 38.7336015
Longitude : -9.13630999999998
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Morada
Rua D. Pedro V, 129 (Príncipe Real), Lisboa
Telefone
218038815
Horário
Das 12h30 às 00h00. Não encerra.
Custo
(€€) 35


GPS
Latitude : 38.71597089999999
Longitude : -9.14749889999996
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Morada
Rua do Padrão, 100 (Foz), Porto
Telefone
226108059
Horário
Das 12h30 às 18h00 e das 19h30 às 00h00. Sexta e sábado até à 01h00. Não encerra.
Custo
(€€) 35

Website

GPS
Latitude : 41.156514
Longitude : -8.67980179999995