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Porto: 8 sítios onde comer nas Antas

Percorra esta fotogaleria para conhecer alguns restaurantes das Antas e as suas especialidades. Na imagem, o cozido à portuguesa do restaurante O Barril. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
1. Manuel Alves Nelson Manuel trata os clientes pelo nome e até é capaz de escolher por eles, à confiança, sendo habitual chegarem e perguntarem o que vão comer. Certos pratos são servidos em dias fixos, de segunda a sexta: bacalhau à Gomes de Sá, rojões à moda do Minho, cozido, tripas à moda do Porto até ao cabritinho assado das sextas-feiras. E ao fim de semana entra em jogo toda a lista. «Neste restaurante trabalha-se muito com a cozinha tradicional portuguesa; na cidade, já há poucos. Vai à baixa e não encontra nada, é tudo moderno», observa Nelson. O filho, Tiago Gomes, é da mesma opinião. Aponta as paredes decoradas com azulejos verde-escuros, com relevo, e comenta: «Estes azulejos não encontra em lado nenhum. Há uns anos, pensámos mudá-los. Os clientes disseram: não tire, faz parte, é português». Não tiraram. A casa, que tem 120 lugares, e atrai clientes sobretudo de fora da cidade (de Matosinhos, Gaia, Rio Tinto, Gondomar...), foi remodelada pela última vez há dois anos - e os azulejos, claro está, poupados. Fotografia: Rui Oliveira/GI
1. Manuel Alves O Manuel Alves está aberto todos os dias. «Somos como os hospitais, sempre de prevenção», graceja Nelson Manuel, que, apesar do nome, nada tem a ver com o Manuel Alves que o abriu, há uns 75 anos – ele está aqui há 45. O sogro, Plácido Pereira, que tinha uma casa de eletrodomésticos na zona, era cliente do restaurante no tempo do fundador, e acabou por tomá-lo a seu cargo. Manteve-lhe o nome, porque a comida já então tinha boa fama. E tornou o negócio familiar. Há um par de anos, introduziu-se na ementa a francesinha, com um molho de confeção própria que demora pelo menos hora e meia a ficar pronto, enchidos do Bolhão, batata frita e ovo, tudo por 8,50 euros. «A malta jovem é que nos pedia», recorda Nelson. E em boa hora se deu as boas-vindas à afamada sanduíche, porque quem fez o pedido tem respondido à chamada. «Primeiro vêm os pais, depois os filhos. E eu fico feliz com isso. Estamos a ser procurados, ultimamente, por muitos jovens.» Especialidade: Franguinho ao sal Um dos pratos fortes é o franguinho ao sal, um frango da Guia, muito pequeno, que vai ao forno a gratinar com molho de leitão feito na casa e surge acompanhado por batata frita cortada às rodelas, bem enxuta. Fotografia: Rui Oliveira/GI
2. Caetano O restaurante Caetano, dos irmãos António e Artur Oliveira e de um terceiro sócio, Manuel Gouveia, acaba de fazer 31 anos; mas a sua história está ligada a outra mais antiga. A reputada Casa dos Bifes Caetano, em Alvarenga, Arouca, foi fundada pelos pais de António e Artur, Fernanda Neves e Manuel Caetano. É António quem recorda: «Quando o meu pai faleceu, trespassámos o restaurante em Alvarenga e viemos para aqui. A minha mãe era especialista em fazer os bifes e a vitela e começámos esta casa do zero». São dela, também já desaparecida, as receitas que perduram. Entre os pratos mais requisitados estão o bife à Caetano e a vitela assada à Caetano, mas também a posta arouquesa, o bife de vazio laminado e o bacalhau à lagareiro. Serve-se sobretudo carne arouquesa e alguma maronesa. É «comida sem invenções, com temperos básicos: sal, alho e piripiri», defende António. Alguns pratos, como o célebre bife, vão com uma batata frita ondulada, cortada à mão, vinda de Alvarenga, que já se tentou mudar, só que os clientes não deixaram. As tripas, outra especialidade, só estão disponíveis à quinta, ao sábado e ao domingo; à segunda, há bacalhau à Gomes de Sá ou à Brás; à terça, rojões com arroz de sarrabulho, e a lista continua. Fotografia: Rui Oliveira/GI
2. Caetano Há clientes fiéis desde a abertura. Uns vão ali todos os dias, outros deslocam-se de longe, principalmente em dias de futebol. Alguns até deixam o número de telefone, para serem avisados quando houver rabo de boi estufado com agriões, o que só acontece uma vez por mês, numa quarta-feira. As quantidades são generosas e, em alguns casos, até se serve um quarto de dose - algo que ficou da crise. António lamenta que o turismo não chegue ali: «Gostávamos de ter algum, até para os turistas saberem o que é a essência da gastronomia portuguesa». Não falta espaço para os receber, a eles e a quem mais vier: a casa tem perto de 200 lugares, e também serve para fora. Especialidade: bife à moda da casa O bife à moda da casa é servido com batata frita cortada às ondas. O molho é feito no azeite de fritar o bife, com o sangue da carne, vinho, alho e piripiri.
3. Líder «Depois de entrar por aquela porta o cliente faz parte da família», garante Manuel Moura, o capitão deste navio discreto, escondido atrás da Praça Velasquez, onde não se vai de passagem, mas com destino certo. E ali vão, diariamente, as mesmas caras fiéis que não trocam a mesa do Líder na tomada de decisões de poder, no campo político, empresarial, ou mesmo do futebol. Ao fim de semana o motivo de reunião já é outro e a sala de refeições transforma-se no ponto de encontro de famílias que ali se juntam para um almoço tranquilo, como em casa. Vão de longe e de muito perto, pelo serviço a primor com que já se deixaram conquistar. «Ao domingo criamos um ambiente mais intimista, o almoço prolonga-se pela tarde e até abrimos um bolo-rei quentinho e vinho do porto para partilhar com os nossos clientes», conta Manuel. Costumes que acompanham os seus 30 anos ao leme do Líder e que ali viram passar várias gerações, sempre recebidas com o mesmo sorriso cordial a cada regresso. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
3. Líder Outra das razões que ali os faz voltar são com certeza os temperos acertados de Maria Odete, comandante recém aposentada daquela cozinha. Agora delegou o cargo a Carlina Pereira, natural de Cabo-Verde, e que não hesita em trazer alguns sabores do arquipélago para a ementa do restaurante. Mas ao encargo de Maria continuam alguns miminhos, como as rabanadas ou a tarte de amêndoa, feita com o fruto seco que ali chega da sua terra-natal, Freixo de Espada à Cinta. Antes de chegar ao doce final há que passar pelas travessas generosas de açorda de marisco com lagosta, polvo à Lagareiro, cabrito assado ou até, em época, como é o caso, de lampreia à Bordalesa. As tripas à moda do Porto também são uma sugestão de peso, não fosse Manuel o próprio fundador e presidente da confraria que promove o prato típico da cidade. Feita a escolha e tomado o repasto, não há quem se despeça sem um «até à próxima». Especialidade: cinco sopas por dia Diariamente há cinco variedades de sopa no Líder: canja, sopa de legumes, caldo verde, sopa de agrião e à alentejana. Duas vezes por ano o restaurante organiza ainda um jantar especial, com nove variedades de sopas. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
4. Por acaso Não só de fartas travessas de comida tradicional portuguesa se fazem os restaurantes desta zona, mas a partilha à mesa é requisito que todos cumprem. Em 2017 Victor Loureiro e Joana Seara tiveram a ideia, «por acaso», de abrir uma casa de petiscos no bairro onde viviam, de decoração simples e serviço descomplicado mas com sabores que confortam, inspirados na cozinha do mundo. Por isso, à mesa, tanto chegam as tradicionais moelas, rojões, tempura de feijão verde, pregos e bifanas, como ovos rotos trufados com presunto e croquetas de boletus à maneira espanhola. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
4. Por acaso Na carta, há ainda sugestões italianas, como o carpaccio de bresaola, e asiáticas, caso do takoyaki, uma espécie de bolinho redondo japonês, feito com polvo e molho picante. Victor sempre esteve ligado ao mundo dos vinhos, pelo que a acompanhar a comida não podia faltar uma cuidada seleção de referências nacionais. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
5. Scala Palace É um espaço acolhedor e requintado, com candeeiros em folha de ouro, alabastro e latão. Mas a grande riqueza do Scala Palace está na comida - a começar pela canja, feita com frango de campo certificado (na imagem). Difícil é escolher, depois, entre pratos como espetada de gambas e lulas (com um molho de manteiga mesmo a pedir pão), arroz de marisco no tacho, bife maturado ou francesinha, que a lista é longa e diversificada. Fotografia: Rui Oliveira/GI
5. Scala Palace O Scala começou por ser uma marisqueira de referência, frequentada por jogadores de futebol e empresários do vinho do porto, o que não evitou o seu encerramento. Há dois anos, reabriu, pela mão de Adriano Cardoso, totalmente renovada, como marisqueira, restaurante e snack-bar. A ligação ao futebol mantém-se: a casa, com cerca de 200 lugares, vários ecrãs e parque de estacionamento, enche quando há jogos. Fotografia: Rui Oliveira/GI
6. Bonanza O restaurante Bonanza, que vai buscar o nome à série western americana emitida, décadas atrás, na televisão, terá sido a segunda casa da cidade a confecionar a francesinha, pelos relatos que chegaram a Bernardo Campos, ali há 42 anos - o alvará tem quase 50. Da ementa constam a francesinha primitiva, em pão bijou (na imagem), e outras versões da célebre sanduíche, que pode levar bife, carne assada ou frango. E ainda pratos tradicionais como a postinha à moda de Miranda ou o bacalhau à Bonanza. Fotografia: Rui Oliveira/GI
6. Bonanza Há praticamente 24 anos, surgiu o serviço de entrega ao domicílio, face à saída de muito comércio e armazéns da zona e, com eles, de clientes. «Já que não vêm cá, vamos nós lá», pensou Bernardo, que mantém sete motos afetas a esse serviço, à data pioneiro. Quem preferir comer no restaurante tem 60 lugares ao dispor e, logo à entrada, várias garrafas e latas de bebidas em exposição. Fotografia: Rui Oliveira/GI
7. O Barril Serão poucos os que nunca provaram os afamados preguinhos no pão d’O Barril, ou que não conhecem o mítico pub, de decoração peculiar, forte em madeira, com pequenos navios em cima das cabines, bancos forrados a azul escuro e onde não falta até um cachecol do FC Porto, a denunciar a estreita relação da casa com o clube das Antas. «Os campeões de 87 saíam do treino e vinham para aqui comer preguinhos» conta Laurentino Alves, ao leme do navio desde 1982. O projeto original, dizem, tem costela de dragão. «Quem queria abrir isto era o Pavão, um antigo jogador do Porto, que se inspirou nos pubs britânicos quando lá foi jogar. Até era para se chamar Peacock», conta o atual proprietário. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
7. O Barril À mesa d’O Barril chega ainda rosbife à inglesa e travessas fartas de cozido à Portuguesa ou tripas à Moda do Porto, que desde o ano passado são também servidas numa outra sala, de decoração mais moderna e com entrada própria, separada da entrada principal do pub, que mantém o ambiente original. Uma preocupação de Laurentino: «O Barril tem de continuar O Barril». Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
8. Café Velasquez No Café Velasquez «não há jogo do Porto que não passe», garante um dos sócios deste que é, por excelência, o ponto de encontro de adeptos do desporto e do clube, em dias de dérbi. «A festa também se faz aqui dentro, antes, durante e depois do jogo» conta. Uma tradição que acompanha as quase cinco décadas do café, que continua a conquistar os clientes com o mesmo serviço célere e as boas sugestões para picar quando apertam os nervos, que uma boa partida abre sempre o apetite. É o caso da afamada francesinha, hambúrgueres e ainda pregos em bolo do caco. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
8. Café Velasquez Apesar da proximidade ao clube azul e branco, a emissão de jogos é democrática, e na grande sala ou na esplanada, voltada para a praça, há espaço para todas as camisolas e este ponto é, na verdade, para todos os encontros. Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

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Cozido à portuguesa, tripas à moda do Porto, rojões à moda do Minho, cabrito assado, polvo à lagareiro, bacalhau confecionado das mais variadas maneiras, canja e outras sopas. Esta é só uma amostra dos pratos tradicionais que se pode saborear nesta zona, do lado oriental da cidade.

Não que faltem alternativas, como marisco, petiscos do mundo ou snacks – e aqui não poderia faltar a francesinha, em várias versões, incluindo uma que já leva mais de 40 anos. Em muitos sítios, junta-se a fome à vontade de ver jogar: o futebol é uma paixão notória por estes lados, e é comum as salas encherem para se assistir às partidas pelo ecrã.

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Morada
Avenida de Fernão de Magalhães,782, Porto
Telefone
225371627
Horário
Das 12h00 às 15h30 e das 19h00 às 22h30. Não encerra.
Custo
(€) Preço médio: 15 euros


GPS
Latitude : 41.1565636
Longitude : -8.594326000000024
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Morada
Avenida de Fernão de Magalhães, 1194, Porto
Telefone
225369350
Horário
Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 22h30. Não encerra.
Custo
(€) Preço médio: 10 euros


GPS
Latitude : 41.1599935
Longitude : -8.592342599999938
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4.5
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4.5
Avaliação
Morada
Alameda Eça de Queirós 120/130 (Antas), Porto
Telefone
225020089
Horário
Das 12h às 15h30 e das 17h às 22h30. Encerra domingo ao jantar.
Custo
(€€) Preço médio: 27 euros. Goraz e dourada no forno, 30 euros/pessoa.


GPS
Latitude : 41.162765864893785
Longitude : -8.594746813491838
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Morada
Rua Guilhermina Suggia, 291, Porto (Antas)
Telefone
223165025
Horário
Das 17h00 às 00h00. Sexta e sábado até às 02h00. Sábado e domingo abre às 11h00. Encerra à segunda.
Custo
(€) 15 euros


GPS
Latitude : 41.1634901
Longitude : -8.59723669999994
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Morada
Avenida de Fernão de Magalhães, 1273, Porto (Antas)
Telefone
223252815
Horário
Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 00h00. Não encerra.
Custo
(€) Preço médio: 17,50 euros


GPS
Latitude : 41.1607529
Longitude : -8.592211899999938
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Morada
Avenida de Fernão de Magalhães, 708, Porto (Antas)
Telefone
225193523
Horário
Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00. Não encerra.
Custo
(€) Preço médio: 14 euros

Website

GPS
Latitude : 41.1560205
Longitude : -8.594747200000029
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Morada
Alameda Eça de Queirós, 40, Porto (Antas)
Telefone
225511203
Horário
Das 12h00 às 02h00. Não encerra.
Custo
(€) Preço médio: 15 euros


GPS
Latitude : 41.1626237
Longitude : -8.593653200000062
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Morada
Praça Doutor Francisco Sá Carneiro, 301, Porto (Antas)
Telefone
225095588
Horário
Das 07h00 às 23h45. Não encerra.
Custo
() Preço médio: 10 euros


GPS
Latitude : 41.163208300992274
Longitude : -8.59177901349176

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