Petiscos para cerveja
Estar no sofá com uma cerveja na mão a ver séries ou filmes é uma das formas que o Artur Rodrigues encontra para melhor descontrair a passar o tempo. O chef do Celta Endovélico, que também já passou, entre outras cozinhas, pela da Letraria, onde desenvolveu o seu gosto pela harmonização de cerveja e comida, partilha aqui receitas de petiscos práticos e saborosos para acompanhar com boas artesanais.
PARA ACOMPANHAR UMA INDIA PALE ALE (IPA)
Molho de manga e maçã picante com tostas (4 pessoas)
Ingredientes:
1 manga média
1 maçã média
Sal q.b
Pimenta q.b
1 colher de café rasa de gengibre moído (opcional)
25 cl de sidra bruta ou frutada
Tabasco ou outro tipo de picante q.b
2 colheres de chá de açúcar
Preparação:
Cortar a manga e a maçã aos cubos e deitar num tacho com a sidra. Deixar ferver até as frutas estarem cozidas. Temperar com o sal, a pimenta, o açúcar e o picante. Passar tudo com a varinha mágica e retificar os sabores. Não há problema se ficarem com alguns pedaços de fruta.
Para acompanhar com tostas ou pão torrado e uma IPA com algum amargor.
PARA ACOMPANHAR UMA STOUT
Cubos de porco frito (2 pessoas)
Ingredientes:
500 gr de porco (lombo ou rojões)
Sal q.b
Pimenta q.b
1 colher de chá de cominhos
1 colher de sopa pimentão doce (colorau)
1 colher de chá de alho em pó
1 colher de chá caril
1 colher de chá de coco ralado
Farinha para panar
Preparação:
Cortar o porco aos cubos pequenos e temperar com sal e pimenta. Na farinha para panar, juntar os ingredientes todos excepto o caril e o coco. Pré aquecer o óleo a 180º (mais ou menos) e depois juntar o porco e fritar por 5 a 10 minutos até ficar estaladiço e cozinhado por dentro.
Depois de o porco estar frito, juntar o caril e o coco e mexer bem para ficar tudo bem envolvido. Este prato acompanha bem uma stout devido à doçura do coco e do picante do caril. Irá criar uma boa harmonia.
O prato também pode ser executado com tofu em vez de porco e também pode ser acompanhado por uma sidra frutada ou semi bruta.
PARA ACOMPANHAR UMA PILSNER OU UMA WEISSBIER
Casca de batata frita ou no forno: (duas pessoas)
4 batatas médias
Sal fino q.b
1 colher de café de gengibre em pó
1 colher de chá de pimentão doce (colorau)
1 colher de chá de alho em pó
1 colher de chá de orégãos
1 colher de sopa de salsa picada
Preparação:
Fritar – Descascar a batata com um descascador para obter uma casca mais fina e estaladiça ou então com uma faca para ficar com alguma “carne”. Lavar bem em água fria mas com algum cuidado para não partir a casca ou então deixar em água de um dia para o outro no frio. Pré aquecer o óleo a 180º e em seguida secar bem a casca de batata e colocar a fritar.
Temperar com sal e o resto das especiarias e envolver bem. No fim, colocar salsa.
Assar – Uma opção mais saudável é fazer no forno, embora não fique estaladiça. Neste caso, deve-se temperar antes de ir ao forno. Pré aquecer o forno a 300ºc (ou o máximo que der) e inserir as cascas. Depois, baixar para os 180ºc e ir mexendo a batata para ficar uniforme e conseguir ficar mais estaladiça, deixar no forno no mínimo 30 minutos (ou menos dependendo do forno).
Esta batata acompanha bem uma pilsner bem fresca ou uma weissbier, ambas cervejas louras e com sabores a malte e a banana, para cortar com o picante do gengibre.
TÁBUAS DE QUEIJOS E ENCHIDOS
O que precisa
(do chef Rui Rebelo)
Uma taça de paté da miúdos com vinho do Porto do Editorial Terraço
50g de presunto porco ibérico com 24 meses de Cura
75 g queijo São Jorge 30 meses de cura
30g de queijo puro cabra Beira Baixa
50 g de paleta de porco preto de Barrancos
1 taça de tremoços temperados
20 minitostas com azeite da Oficina do Duque
Truques para compor
Maria João Clavel (@mariajoaoclavel), cozinheira, foodstylist e fundadora da Clavel’s Kitchen Agency, explica que a disposição dos elementos na tábua depende do tipo de queijos e enchidos que se utilizem. O “aspeto guloso” obtém-se preenchendo todo o espaço disponível e alternando fatias de presunto com fatias de queijo e outros elementos. Já os ramos de alecrim e as uvas (ou frutos vermelhos) podem ser bons aliados.
Para Joana Andrade Nunes (@joanaandradenunes) – autora do blog “Camomila Limão” e do livro Quatro Gerações à Mesa (Edições Chá das Cinco) -, é essencial misturar “queijos com consistência, sabor e intensidade diferentes” para obter um resultado visualmente apelativo. No blog, dá a ideia de misturar queijos frescos, macios (como chèvre e camembert), duros (como da ilha e grana padano) e azuis. Também se pode adicionar foie gras, frutos secos, compotas e mel e figos ou alperce desidratados.