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Onde comer marisco, de Norte a Sul

Marisqueira do Porto (Foto: Artur Machado/Global Imagens)

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Na Marisqueira do Porto, entre valores seguros e novidades

A Marisqueira do Porto, antigo Gambamar, tem propostas novas no menu. Zamburinhas na grelha, rissóis e outros salgados abrem agora a refeição, que pode bem passar por duas especialidades: a salada de lavagante e a açorda de marisco.

A Marisqueira do Porto, que muitos ainda conhecem como Gambamar, é uma das casas de marisco mais antigas da cidade: nasceu em 1976, chegou a estar encerrada durante um par de anos, até que reabriu portas. Hoje, está a cargo de dois sócios: Avelino Sousa e Carlos Magalhães, dono do Grupo Requinte, que detém diversos restaurantes. Avelino abraçou o projeto em 2017, após mais de 20 anos na Marisqueira de Matosinhos, a sua grande escola. Longe vai a fase em que a Marisqueira do Porto andou rente ao conceito low cost – tudo o que serve assenta em produtos premium, garante: dos sabores do mar às carnes, não esquecendo as francesinhas – outra especialidade, além do marisco.

Quem for ali à procura de uma boa mariscada encontra várias opções com a assinatura do chef Francisco Sousa. Avelino aponta como ex-libris da casa a açorda de marisco e a salada de lavagante, e se o desejo for provar um pouco de tudo, há sempre os combinados clássico e superior, este último composto por sapateira, navalheira, gamba cozida, mexilhão ao vinagrete, búzios, percebes e ostras.

A carta também soma algumas novidades, como os salgados (rissóis de camarão e de carne, croquetes de vitela, coxinhas de frango e bolinhos de bacalhau) e as zamburinhas grelhadas na chapa, acompanhadas por salada de alface, cenoura e couve roxa, introduzidas há meio ano. A cozinha permanece aberta durante a tarde. O cliente só tem de decidir onde apreciar a refeição: na marisqueira ou em casa, através dos serviços de takeaway e entrega ao domicílio.

As zamburinhas têm feito furor.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

Doçaria variada

Há sobremesas para todos os gostos na Marisqueira do Porto. Toucinho-do-céu, pão de ló de ovos moles, pudim de leite condensado e leite creme são só algumas.

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Décadas de história e visitas ilustres na marisqueira “A Antiga”

O chef Anthony Bourdain e a atriz Sharon Stone são só algumas das personalidades que já se sentaram na Esplanada Marisqueira “A Antiga”, fundada na década de 1950. Percebe-se porquê ao saborear os pratos de marisco – que, ali, é todo vivo.

Se, ao entrar na Esplanada Marisqueira “A Antiga”, o olhar recai logo sobre os mariscos vivos exuberantemente expostos em banca, mais curiosa é a visita aos bastidores, com caranguejos-reais, lagostas, lagostins, lavagantes, navalheiras, santolas e outros exemplares em tanques – e pessoas dedicadas só a cuidar deles, como explica a rececionista, Verónica Henriques. Há toda uma equipa apostada em proporcionar a melhor experiência ao cliente, desde que cruza aquela porta. E alguns elementos têm mais de 40 anos de casa.

Chamam-lhe “A Antiga” por ter sido o primeiro restaurante dedicado ao marisco, em Matosinhos: nasceu em 1957 e, mais tarde, passou a estar a cargo de Serafim Miranda. Nessas décadas de atividade cabem clientes fiéis e visitas ilustres, da atriz Sharon Stone ao futebolista Maradona, passando pelo chef Anthony Bourdain. “Ele deu importância à frescura dos produtos, uma vez que temos todo o marisco vivo”, lembra, sobre aquele último, Carlos Miranda, filho de Serafim e sócio-gerente. O marisco da costa e a frescura dos produtos fazem toda a diferença, disso não duvida Carlos, neto de um pescador e de uma comerciante de marisco, com quem aprendeu a saber, só de olhar, se ele é bom e se está na altura certa para ser consumido.

O arroz de lavagante.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

Obtida a melhor matéria-prima, cabe ao chef Micael Agostinho transformá-la em pratos como a salada de lagosta ou o arroz de lavagante, com as respetivas harmonizações – o escanção Gabriel Duarte tinha na cabeça pelo menos 292 referências, só de vinhos, aquando da nossa visita. Os doces de criação própria podem encerrar o repasto, na sala ou na esplanada, com cobertura amovível e muitas plantas naturais. Ou ainda nas duas salas privadas, para cerca de dez pessoas, surgidas com a pandemia. Ficam no andar superior, que costumava funcionar como armazém e agora também acolhe a garrafeira.

O serviço cuidado é uma das marcas d’ A Antiga. (Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

Entregas grátis

A marisqueira tem takeaway e entregas próprias, gratuitas. Alguns pratos vão semi preparados, com instruções para serem terminados em casa pelos clientes.

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Sabores do mar n’O Gaveto, uma casa de família em Matosinhos

Mariscos e peixes são a base deste restaurante familiar criado, em 1984, em Matosinhos. Há três anos, o espaço foi remodelado, mas as memórias continuam lá – assim como Manuel Pinheiro, que pegou no negócio quase à nascença e o fez crescer.

O arroz de marisco chega à mesa num tacho e espoleta um comentário: “Cheira bem!”. Resposta pronta de quem o serve: “Cheira e sabe, minha senhora”. Outra coisa não seria de esperar d’ O Gaveto, uma casa de cozinha tradicional de referência, muito ancorada nos peixes e mariscos, e que arranca suspiros também com outros pratos, como a lampreia, na devida época. O restaurante abriu em 1984 e, nem seis meses depois, estava nas mãos de Manuel Pinheiro, que aos 74 anos continua a ir lá diariamente, e faz questão de cumprimentar os clientes.

O arroz de marisco.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

José Manuel Silva, um dos filhos que dão continuidade ao negócio, recorda como o pai tomou conta d’ O Gaveto aproveitando a dica de uma peixeira do mercado a quem comprava matéria-prima para outro restaurante que tinha, então, no Porto: o Ribeiro. Os descendentes dela ainda são os principais fornecedores de peixe da casa, cujo crescimento tem sido acompanhado também pela clientela, de diferentes gerações. Também a cozinha continua entregue a Humberto Alonso desde o princípio.

Consistência é palavra-chave ali, no prato como no serviço, sem perder de vista a qualidade dos produtos, defende José, apontando um lavagante que se destaca pelo tamanho, num dos aquários com marisco vivo: tem musgo na carapaça, é bicho para pesar cinco quilos e somar 50 anos de existência, estima. O arroz de lavagante constitui, justamente, um dos pratos de eleição, mas não faltam opções no que respeita aos sabores do mar: do arroz de marisco ao misto de marisco, composto por lavagante, camarão gigante selvagem, sapateiras recheadas e percebes.

O lavagante com cerca de cinco quilos e musgo na carapaça.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

O Gaveto foi remodelado há três anos, tendo conservado o balcão e os azulejos da sala principal, com mesas cuidadosamente afastadas, para respeitar a distância de segurança, e uma fotografia a preto e branco de uma cena de pesca, em Matosinhos, em que são visíveis os navios ainda a vapor. “Queríamos criar um espaço moderno, mas com as memórias do passado”, explica José. Agora, no piso superior, há mais salas, destinadas a pequenos grupos ou eventos – uma delas com o nome de Manuel Pinheiro.

Pratos sazonais

O verão pede marisco, mas há razões para ir ali todo o ano. À época da lampreia segue-se a das caldeiradas, depois vêm as sardinhas, e assim sucessivamente.

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Leça: marisco e doçaria no Novo Casarão do Castelo

O marisco é uma das especialidades do Novo Casarão do Castelo, assim como da casa-mãe, a poucos metros de distância, junto ao forte de Leça da Palmeira, no concelho de Matosinhos. O restaurante mais recente tem salas privadas e pastelaria própria.

Há 32 anos, os irmãos Joaquim e Manuel Lopes juntaram-se a Joaquim da Rocha para abrir o Casarão do Castelo, um restaurante de cozinha tradicional especializado em peixes na brasa e marisco, junto ao forte de Leça da Palmeira, em Matosinhos. Mais recentemente, o trio apostou numa segunda casa. O Novo Casarão do Castelo, de linhas modernas (o projeto tem a assinatura do arquiteto Daniel Capela, do gabinete Mutante), a piscar o olho à clientela mais jovem, mas com a mesma oferta, soma já dois anos de existência. À entrada, surge a figura de um lavagante em ferro forjado, o símbolo do Casarão, e no interior saltam logo à vista a montra de pescado e o aquário com marisco vivo.

Joaquim Lopes segura um lavagante, o símbolo da casa.
(Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Joaquim Lopes salienta a frescura dos produtos que vão para a mesa em especialidades como o arroz de lavagante, a açorda de marisco ou o misto de marisco, que inclui camarão tigre, camarão da costa, percebes e sapateira recheada. Da cozinha, dirigida pelo chef Luís Pereira, saem esses e outros pratos, que também podem ser levados para casa (o serviço de takeaway é anterior à pandemia).

Nas mesas, o alicate e o garfo do marisco preparam o desfile de delícias, das entradas, como as tradicionais pataniscas ou o presunto ibérico Pata Negra lascado, às sobremesas de ar imaculado da pasteleira Luísa Costa. O serviço é atencioso. A pedido, os camarões até já chegam ao prato descascados.

Mais de 200 referências de vinho compõem a garrafeira, distribuída pelo espaço amplo, munido de bar. À sala principal juntam-se três salas privadas, com capacidade para acolher entre seis e 20 pessoas. Ficam no andar de cima, o que não é problema para clientes com mobilidade reduzida, porque há elevador no edifício, dominado por tons de preto e branco, com apontamentos dourados.

Um misto de marisco.
(Fotografias: Pedro Granadeiro/Global Imagens)


Lavagante de chocolate

O lavagante de chocolate, uma espécie de bomboca com uma bolacha em forma de lavagante por cima, é uma das sobremesas disponíveis. Algumas são sazonais.

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Marisco e sopa de peixe no Lota Bar, na Póvoa de Varzim

Mãe e filho com ligações familiares à pesca conduzem os destinos do Lota Bar, na Póvoa de Varzim, que serve sopa de peixe e travessas de marisco por preços mais amigáveis. Fica na zona portuária, e também a decoração é inspirada no mar.

No Lota Bar, o misto de marisco chega à mesa em travessas para duas, três ou quatro pessoas, contendo “o que for fresco”: pode ser sapateira recheada, santola, percebes, amêijoa, gambas, mexilhão, navalheira e mais, elenca Eduardo Cruz. A casa, frequentada por gente de todas as idades e perfis, “desde pescadores até doutores e engenheiros”, serve marisco a qualquer hora e também o disponibiliza para takeaway, sendo, no entanto, recomendada a reserva.

Eduardo acredita que o espaço, modesto, tem dois trunfos: a localização, num porto de pesca no centro da cidade, junto a uma marina inaugurada recentemente; e a relação qualidade-preço. “Temos preços mais competitivos”, nota, para logo pôr na mesa uma sopa de peixe (no caso, raia) – uma das receitas da mãe, Lurdes Silva.

A sopa de raia.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

Lurdes é neta e filha de pescadores, sempre trabalhou com pescado, e há 18 anos resolveu apostar no Lota Bar, projeto a que se juntou, mais tarde, Eduardo. O balcão lembra um barco, e toda a decoração assenta em elementos náuticos. Artes de pesca, um púcaro para capturar polvos (agora a servir de jarra), um radar e uma sonda de barcos convivem com miniaturas de navios, relógios em forma de leme, uma figura de sereia e mais.

Memória familiar

À entrada, na parede à direita, avista-se uma pintura de um barco com homens a bordo, feita com base numa fotografia – é o barco do falecido sogro de Lurdes.

(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

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Gaia: mariscar no Zizi, em frente à Praia da Aguda

Comer amêijoas, mexilhões, sapateira e outros bichos do mar com olhos nas ondas e pés quase na areia. Eis a proposta do Zizi, restaurante especializado em marisco e peixe que já leva 51 anos de existência na Praia da Aguda, em Vila Nova de Gaia.

Os tons de branco e azul claro dão-lhe uma leveza que condiz com o cenário: o Zizi, nascido em 1970, pela mão de Manuel Ferreira, fica mesmo em frente à Praia da Aguda, em Vila Nova de Gaia. Inicialmente, era ao lado, onde está o bar Chez Maurice, e funcionava como tasca, mas entretanto virou restaurante especializado em peixe e marisco, recorda a filha Vera Ferreira, acrescentando que Zizi vem de Luzia, a irmã, na altura filha única. Também ela trabalha ali. E Manuel. “Com 51 anos de casa, continuo aqui a dar ao pedal, porque gosto”, conta.

Manuel e Vera Ferreira.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

Os pratos costumam combinar peixe e marisco, mas quem estiver desejoso só deste último pode saboreá-lo como entrada (mexilhões, amêijoas, camarões, sapateira…) ou prato principal (açorda de marisco, por exemplo). Outra opção é a cataplana de marisco, que é feita com o que houver de fresco e está disponível por encomenda, além de ser, por vezes, a sugestão do dia. Há três anos, o espaço foi renovado, sem descartar as memórias: nas paredes surgem fotografias a preto e branco da Aguda, da família e de visitantes afamados, como Amália Rodrigues.


Entrega ao domicílio

Os pratos do Zizi também podem ser apreciados em casa. A taxa de entrega, num raio de 8 quilómetros, é de 2,50 euros (valor mínimo da encomenda: 25 euros).

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Pinga Amor: a marisqueira concorrida do bairro Santos Nicolau em Setúbal

Está longe do centro histórico, mas no coração de um bairro piscatório. Na marisqueira Pinga Amor, no bairro Santos Nicolau, há variedade de marisco e um serviço rápido e eficaz.

O bairro operário e piscatório dá-lhe o contexto necessário, a nova decoração (com cardumes e peixes na parede e imagens da faina setubalense no século XX) torna-a moderna e confortável e a sala cheia a um almoço de dia de semana confirma que a marisqueira Pinga Amor, apesar de estar longe do centro da cidade, no bairro Santos Nicolau, é uma das favoritas dos setubalenses e não só.

Quem o diz é Elisabete Santos, de 46 anos e responsável por esta casa aberta há 33. A iniciativa foi dos pais, que após terem regressado do estrangeiro compraram um café no bairro. No início serviam apenas sandes de entremeada e choco frito, entre outros acepipes, e de cada vez que a velha máquina registadora se abria e fechava com aquele “pim” caraterístico, a mãe de Elisabete dizia “pinga [dinheiro], amor!”.

A expressão inspirou o nome, e aos poucos foram sendo introduzidas refeições até apostarem no marisco. Quem ali entra confirma a aposta tanto a olhar para a montra dele logo à entrada, como para a carta. Há amêijoas à Bulhão Pato, camarão cozido, camarão ao alho, santola recheada e respetivas patas e gambas ao alho. Da cozinha saem também pimentos recheados com sapateira, como entrada, e arroz de lingueirão, como especialidade nos pratos principais.

Quem preferir pedir uma dose para dividir tem sempre a tábua de marisco, composta por lambujinha (pequeno bivalve da família das amêijoas), camarão ao alho, camarão cozido e 500 a 600 gramas de sapateira. Nos imperdíveis contam-se igualmente o prato de choco frito com batata frita e salada e as ovas de peixe-espada fritas ou grelhadas, e também há propostas de carne, como em qualquer boa marisqueira.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)

 

Garrafeira decorada
As imagens antigas, iluminadas na parede ao fundo, servem de cenário à garrafeira, composta por referências da Península de Setúbal, Douro e Alentejo.

 

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No Ribamar Sesimbra há um prato real de marisco para estar à mesa todo o dia

O Ribamar renovou-se, mas continua a honrar o histórico de 71 anos ao serviço da gastronomia da vila. A frescura e variedade de marisco são os pontos fortes, assim como a vista direta para a praia.

Canilha, burrié, sapateira, ostras, mexilhão, navalheira, lingueirão, camarão e gamba do Algarve, lagosta ou lavagante e percebes. É tanto o marisco pomposamente exposto sobre uma cama de gelo picado num alguidar, que Rita Chagas tem dificuldade em colocá-lo na mesa sobre a tábua giratória. O prato real de marisco é um dos pedidos que mais saem, diz a responsável e chef do Ribamar. Foi pensado para duas pessoas, mas é capaz de satisfazer pelo menos o dobro, convidando a ficar à mesa uma tarde inteira.

A carta deste restaurante-marisqueira tem muitas mais opções, disponíveis ao quilo no caso do marisco cozinhado todos os dias de manhã, e, no caso do peixe, ao sal e na grelha, como o espadarte, peixe emblemático de Sesimbra. Rita era bailarina profissional, mas um pé partido num acidente de mota obrigou-a a terminar a carreira mais cedo, e por isso dedicou-se ao negócio da família. Na cozinha, conta com a ajuda da mãe Teresa, porque o pai Hélder, de 71 anos (a idade do restaurante original), está encarregado do Ribamar Troia, aberto há 12 anos.

Já para início de refeição é boa ideia perguntar pela salada de lavagante, que nem sempre há, porque tudo o que chega ao Ribamar é fresco. Ficando no interior totalmente aberto para a rua, na esplanada ou mesmo no bar Ribas, uma porta ao lado, a certeza é de ter uma experiência completa, ancorada no bem-receber e com vista privilegiada para o mar.

 

Sopa icónica
Além do marisco há que provar a chamada sopa rica (à base de peixe e marisco) com caril e açafrão, uma receita criada pelos pais depois de uma viagem pelo norte de África.

 

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Na marisqueira Queda D’Água, em Odivelas, há mariscadas e rodízios a preços apelativos

São muitos os trunfos da Queda D’Água, que há 12 anos chegou à zona nobre das Colinas do Cruzeiro. Resultado: viu e venceu.

A uma segunda-feira à noite percebe-se como a Queda D’Água é uma meca para os amantes do marisco, pois se há muitas mesas reservadas, também as há de clientes espontâneos. Quem entra depara-se com um aquário borbulhante de sapateiras vivas, uma montra de peixe fresco e outra de marisco. Ao fundo da sala com capacidade para 100 pessoas, os tons azuis do novo mural desenhado por Styler (nome artístico de João Cavalheiro), qual fundo marinho.

À mesa, chegam rapidamente pão torrado e manteiga, e a partir daí há quem peça também presunto fatiado e um jarro de sangria de espumante branca ou tinta, em alternativa à cerveja. “Este conjunto já é um clássico para muitos clientes”, comenta Paulo Olival, um dos gerentes do restaurante. Quando abriu portas na urbanização Colinas do Cruzeiro a Queda D’Água foi uma pedrada no charco. Passados 12 anos, continua rainha e senhora, sem concorrência local que lhe seque a frescura.

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

Há quem escolha o marisco vendido ao quilo, mas a maioria vai para uma das várias mariscadas. Numa delas é possível dividir por duas pessoas (28,50 euros por adulto) sapateira recheada, gambas cozidas e fritas, búzios, burriés, gambas al ajillo, berbigão, gambinhas, mexilhão, açorda de gambas e amêijoas à Bulhão Pato. Na mariscada especial (39 euros por adulto), a composição repete-se, mas traz também percebes, ostras, navalheiras, lagosta ou lavagante.

Qualquer uma das opções permite, por um valor superior, entrar na onda do “rodízio” e tomar o gosto, de forma mais demorada, aos percebes das Berlengas (quando os há), à gamba frita de Madagáscar e à canilha e ostras da Ria Formosa. Para ocasiões especiais ou pequenas extravagâncias a Queda d’Água tem também travessas de caranguejo do Alasca, cuja carne, branca e tenra, é a sensação de ter o mar na boca. Na restante carta há arrozes, cataplanas e paelha e, nas carnes (bifes do lombo e vazia) o célebre prego em bolo do caco com manteiga de alho, “a sobremesa das marisqueiras”.

 

Takeaway e entregas
Além de vender em regime de takeaway, a marisqueira faz entregas pela UberEats e com recursos próprios até Alverca, Estoril e Cascais (mediante taxas adicionais). A mariscada Royal custa 99 euros e só está disponível para fora.

 

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Cervejaria Liberdade: mariscada em ambiente clássico na Avenida

Esta cervejaria integrada no hotel Tivoli Avenida da Liberdade, em Lisboa, é ponto de paragem para os amantes do marisco fresco, e apesar de ter apenas três anos, serve clássicos como nenhuma outra.

Os grandes janelões com cortinados de veludo azul atraem o olhar para a Avenida, mas é no topo do balcão de sete metros que as cores do mar se avivam, numa montra de marisco disposto sobre gelo e decorada com artes de pesca. Esta cervejaria, aberta há três anos onde funcionou a Brasserie Flo, tem no marisco um dos seus pontos fortes e garante diversidade e frescura a cada garfada.

“Os clientes procuram-nos muito pelas nossas ostras do Algarve” – contextualiza um dos sub-chefes de sala da Cervejaria Liberdade – e não é difícil perceber porquê, a avaliar pela vitrine que as expõe, sobre o gelo, na sala de receção do restaurante. Mas o plateau de marisco, constante na carta durante o verão. é sem dúvida o expoente máximo. É servido às sextas-feiras, a 49,50 euros para duas pessoas.

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

Numa enorme bandeja de gelo picado chegam ostras do Algarve ao natural e com tempero, patas e casquinha de sapateira com o respetivo miolo para barrar em tostas, amêijoas à Bulhão Pato e gambas al ajillo. À carta, os adeptos do marisco podem também pedir sapateira, lagosta, lavagante e camarão tigre. No capítulo do peixe há vários pratos confecionados a que vale a pena dar atenção.

Já a carne, presença habitual no momento pós-mariscada, é representada por um clássico – o tártaro de novilho -, que aqui é feito num carrinho em frente ao cliente e servido com batata frita caseira e salada. E se é de clássicos que se fala, há que dizer que a Cervejaria Liberdade é já dos poucos sítios a fazer a sobremesa de crepes Suzette também num carrinho em frente à mesa. O ritual leva uns minutos, mas compensa plenamente.

 

Tapeçaria histórica
Na parede ao fundo da sala surge uma enorme tapeçaria que ilustra o Zodíaco. A peça tem sobrevivido a todas as remodelações feitas no espaço nos últimos anos.

 

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A Cervejaria Ramiro, em Lisboa, é um clássico que nunca passa de moda

Inscrita na história de Lisboa, esta cervejaria fundada pelo icónico senhor Ramiro mantém-se como ponto incontornável para comer bom marisco e é procurada tanto por turistas como por portugueses.

No país não há quem já não tenha ouvido falar, pelo menos uma vez, dos pergaminhos da Cervejaria Ramiro, essa verdadeira instituição da Avenida Almirante Reis, aberta desde 1956. A verdade é que, ao fim de 65 anos, a casa mantém-se viva e de boa saúde, atraindo clientes locais e estrangeiros, porque manteve o saber receber, a qualidade da matéria-prima e o serviço atento e ágil.

Pedro Gonçalves, gerente e genro do fundador homenageado numa obra de arte na parede, apressa-se a mostrar o marisco do dia, exposto numa montra à entrada, e em sugerir aquela que é a combinação mais pedida: presunto Pata Negra, cesto de pão torrado, gambas ao alho que chegam à mesa ainda a fritar no azeite; gambas do Algarve cozidas com sal e outras médias, grelhadas.

Tudo acompanhado por vinho ou cerveja, é quanto basta para dar forma à noção de ser feliz à mesa. Da carta vale a pena também pedir, indo com tempo e companhia, sapateira e santola, navalheiras ou ostras (da ria de Aveiro) – de qualquer modo, tudo dependerá dos gostos e dos apetites. Com a clássica sobremesa de prego de bife do lombo, termina tudo em beleza, seja nas salas interiores seja na esplanada, que em dias de calor refresca os comensais com vapor de água.

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Outros restaurantes

Mauritânia
Rua Brito e Cunha, 119, Matosinhos
Tel.: 229380635

Pedra Alta
Rua da Agudela, 939, Lavra, Matosinhos
Tel.: 229964730

Armazém do Peixe
Largo do Padre Joaquim Araújo, 311, Afurada, Gaia
Tel.: 91 2874672

Aquário Marisqueira de Espinho
Rua 4, 540, Espinho
Tel.: 227321000

Marisqueira da Vagueira
Urb. Quinta da Boa Horta, Ed. Cristal Mar, lote 309, Praia da Vagueira, Vagos
Tel.: 234797303

Restaurante Clube de Vela
Avenida José Estêvão, Praia da Costa Nova, s/n.º, Ílhavo
Tel.: 234360250

Aki D’El Mar
Av. Manuel Remígio, 129, Nazaré
Tel.: 262551028

Mar à Vista
Rua de Santo António, 16, Ericeira (Mafra)
Tel.: 261862928

El Cristo
Rua Dr. António Tello Barradas, 49, Elvas
Tel.: 268623582

Lodo
Rua Conselheiro Bívar, 55, Faro
Tel.: 968623355

 

Rematar com um prego

Tornou-se tradição em muitas marisqueiras rematar a refeição de marisco com um prego de bife do lombo ou da vazia servido no pão (normalmente carcaça ou de bolo do caco), com mostarda dijon para pôr a gosto. Chamam-lhe “a sobremesa das marisqueiras”, tanto que em alguns menus surge mesmo entre as opções de sobremesa. Em algumas casas, existe a perceção de que a clientela mais jovem não adere tanto ao prego, ficando-se pela mariscada.