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Näperõn: o novo restaurante do chef Hugo Nascimento em Odeceixe

O chef Hugo Nascimento com a mulher, Joana, no Naperon, nas Casas do Moinho em Odeceixe. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

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No Näperõn não há outra forma de estar senão colocarmo-nos nas mãos do chef. O menu varia consoante os produtos que o Hugo Nascimento compra diariamente a fornecedores locais e pode ser pedido numa versão completa e noutra reduzida, consoante o apetite e o orçamento de cada um. A certeza é de ter uma refeição memorável, quase como se estivéssemos na casa da nossa avó e não perguntássemos o que há para almoçar.

Sobre as mesas não se veem as antigas peças de tecido de renda (até porque o mise en place é feito quando o cliente se senta), mas cada prato servido é uma criação cheia de amor, sabor e estética. A cozinha é “minimalista e com poucos produtos”, descreve o chef que durante mais de 20 anos foi braço-direito de Vítor Sobral no Grupo Quina (do Tasca da Esquina) e que em setembro do ano passado, com o Näperõn, se estreou a solo.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

Hugo Nascimento recebe peixe fresco do mercado de Aljezur e com ele cozinha, por exemplo, pargo alourado com xérem de berbigão e molho de fígados e corvina com molho de laranja e lima e cenoura caramelizada. Em cena entram também produtores locais de frutas e hortícolas como a batata-doce, a alfarroba e as alcagoitas (amendoins) utilizadas, por exemplo, para servir miniaturas no final da refeição. E o pão de farinha de trigo é também feito ali.

Foi o apelo da ruralidade que conquistou Hugo e a mulher, Joana Martins, ambos tomados pelo ritmo frenético do trabalho no Grupo Quina, em Lisboa. Desde há oito anos que se “refugiavam” numa casa das Casas do Moinho, até que Hugo se cansou de cozinhar sempre na kitchenette e propôs aos donos do hotel fazer um jantar de improviso para os hóspedes. Daí nasceu a ideia de criar o Näperõn, que os fez mudarem-se para Odeceixe há dois anos, e que hoje é uma casa onde apetece estar. Os clientes agradecem.

 

Vinhos da região
A carta de vinhos foca-se em produções do Alentejo, mas também inclui referências do Algarve
e de outras regiões como o Douro e a Beira Interior. Há vinho da região a copo.

 

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