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Boas marisqueiras para visitar de norte a sul do país

1. Mar à Vista - Mafra No centro da Ericeira, com a praia e o mar à espreita (como indica o nome), esta casa tem mais de 60 anos no ativo e fez exclusivamente do marisco o seu ganha-pão. Simplesmente cozidos ou grelhados, mas também em arrozes, massas, feijoadas, açordas e até cataplanas, o importante é que todas as espécies chegam frescas à mesa (exceção feita no camarão- tigre moçambicano) e quase sempre com origem na costa portuguesa.
2. Cervejaria Ramiro - Lisboa É, porventura, a mais conhecida marisqueira portuguesa. O apelo começa logo na montra e continua já no interior, onde estão mais expositores. como tudo o que ascendeu à fama, tem defensores e detractores, mas quase todos reconhecem a sua tradição na arte de bem trabalhar os mariscos. As gambas «à la Aguilho» são um clássico, como são o camarão de Espinho ou os percebes. Depois há as lagostas, os carabineiros e os lavagantes.
3. Marisqueira A Antiga - Matosinhos Referida desde 2008 no Guia Michelin, esta casa foi fundada na década de 1950, é a mais antiga da zona, e faz perfeitamente jus à tradição de Matosinhos nesta matéria - muito mais do que o Porto. A santola recheada e o arroz de lavagante têm acérrimos defensores, mas o seu grande trunfo reside no facto de possuir viveiros e de os mesmos serem abastecidos todos os dias..
4. Celmar - Sesimbra A esplanada arejada e os grelhados fazem furor no verão, mas os mariscos, comidos como petisco ou como pièce de resistance, não fazem feio. Muito pelo contrário. Saladas e ovas, de mexilhões ou de camarão, cascos de sapateira, lagosta na chapa, arroz de marisco e até fondue de lagosta e camarão são uma alternativa; a outra é comer tudo isso numa versão mais natural.
5. Marisqueira Azul - Lisboa Nuno Bergonse trabalhou o conceito, trazendo uma maior modernidade, no entanto cabe a Manuel Aguiar, no dia a dia, fazer as honras da casa. O marisco é quase todo da costa nacional, um desejo de Bergonse que acaba de arranjar um novo fornecedor nos Açores, e chega ainda vivo. Gostam de trabalhar com a santola cheia, a lagosta branca, a gamba algarvia, as ostras das rias Formosa e de Aveiro, os percebes de Cascais, Berlengas e praia das Maçãs, e de ter produtos menos comuns na praça como os ouriços do mar e os caranguejos de casca mole.
6. Marisqueira Ibo - Lisboa No Cais do Sodré, o restaurante Ibo, adepto de uma cozinha de influência moçambicana, foi o primeiro a assentar praça. Em fevereiro, o negócio cresceu também para a marisqueira, que tem no camarão gigante e no piripiri de Moçambique uma parte importante do seu legado. A aposta mais forte está no marisco nacional - o camarão «à la Guilho», o casco de sapateira e a mariscada são sugestões certeiras. No Ibo já sabem que os ingleses torcem pela lagosta, que os americanos preferem o lavagante e que os portugueses continuam a não resistir aos camarões e sapateiras.
7. Marisqueira Rui - Silves Foi criada há mais de 30 anos, por um senhor que dispensou o apelido e ficou conhecido apenas como sr. Rui. A sua marisqueira é uma casa simples, quase sempre lotada, onde, dos aquários aos expositores, nunca faltam as espécies mais cobiçadas: gambas da nossa costa, amêijoas, santola, lagosta e sapateira, entre outros. O rol de especialidades inclui também o arroz de marisco e as cataplanas.
8. O Jacinto - Loulé Há mais marisqueiras no Algarve, mas O Jacinto, negócio familiar, permanece como um porto seguro - ao ponto de muitos se deslocarem de propósito a Quarteira só por sua causa. Há vários pratos na carta, como a cataplana, o arroz de tamboril ou até os filetes de peixe-galo, com brilho próprio para lá dos mariscos, mas, não há volta a dar, são estes últimos o motivo maior da romaria. E o que se come aqui? De sapateiras a santolas, sem esquecer as conquilhas e os búzios, mas atenção a petiscos bem menos fáceis de encontrar, como o camarão «riscadinho» algarvio na devida época.
9. Nune's Real Marisqueira - Lisboa A Nune"s trouxe às marisqueiras um refinamento nem sempre muito usual, mas que é bastante apreciado pela sua clientela leal. Claro que a decoração, importante, fica em segundo plano perante o que realmente interessa: a grande variedade de mariscos. A carta viaja por outros territórios, mas nas secções «do mar» e «do tanque», as que fazem sentido neste caso, ressaltam sugestões como o arroz de marisco para dois e a possibilidade de mandar fazer a gosto lagostins, bruxas, santolas, cavacos ou lagostas - por regra, há mais de vinte espécies disponíveis.
10. O Pinóquio - Lisboa Além de marisqueira, o Pinóquio tem outras vertentes, tanto que o seu pica-pau é um dos pratos com mais saída, mas os mariscos sempre receberam aqui um tratamento à altura. Exemplo disso são as amêijoas à moda da casa (com muito azeite, coentros e alho, a lembrar a versão à Bulhão Pato), as gambas da (nossa) costa, dois campeões de venda, a que se juntam ainda ostras, canilhas, percebes, navalheiras e tudo o mais que se espera encontrar numa casa deste tipo.
11. O Relento - Oeiras Em Algés não há quem não conheça O Relento. A casa sempre foi conhecida pelo seu viveiro e expositor à entrada, mas passou por uma remodelação recente que a deixou refrescada e mais luminosa. Felizmente,manteve-se a prata da casa e a qualidade de acepipes como os rissóis e as omeletes de camarão. Embora muitos acusem o preço «salgado» dos mariscos, quem arrecada maiores elogios são, no entanto, as amêijoas, os camarões de Tróia e de Espinho ou os percebes das Berlengas e de Vila do Bispo.
12. Ostras & Coisas - Porto Foi uma das novidades de 2015 na Invicta e trouxe peixe e marisco frescos diretamente da lota. Como o nome indica, as ostras (de Portugal, Espanha e França) são o grande destaque desta casa de dois pisos em plena Baixa, mas mariscos como lavagantes, lagostas, percebes, sapateiras ou vieiras são oferta constante - grelhados, cozidos ou em arrozes.

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Poucos povos – exceção feita aos espanhóis, talvez – podem competir connosco na variedade e qualidade dos mariscos. O que chega da nossa costa é muito mais do que gambas e santolas.

O marisco e o peixe fresco sempre foram, e apesar da crise continuaram a ser, um gosto nacional. Damos muito valor ao que nos chega da nossa costa, do continente às ilhas. Das conquilhas às cracas, das lagostas aos cavacos, das bruxas aos percebes, das santolas às amêijoas, temos receitas para tudo, mas somos mesmo imbatíveis na hora de mostrar o que valem ao natural.

A predileção pelo gosto a mar está de tal forma impregnada no nosso paladar coletivo que, anos atrás, quando a editora Phaidon lançou a primeira edição do livro Where Chefs Eat, os cozinheiros portugueses coincidiram praticamente todos numa única indicação: a Cervejaria Ramiro. Instituição lisboeta, a cervejaria – que, em bom rigor, é mais marisqueira do que cervejaria – tem fama que não é de hoje, mas ninguém nega, nem mesmo os próprios, que a sua inclusão num programa do norte-americano Anthony Bourdain, então guiado pelos chefs José Avillez e Henrique Sá Pessoa, filmado no final de 2011, a lançou para o nível do estrelato. O Ramiro tornou-se uma atração para quem mora longe e faz da gula um pretexto de viagem, e aguçou a curiosidade de quem sempre viveu perto mas não sabia o que tinha à porta. Resultado: os preços democratizaram-se mas as filas de espera triplicaram.

Uma das coisas boas desse mediatismo é que as suas congéneres lucraram com isso. Inclusive as que vieram muito depois, como é o caso da Marisqueira Azul, inaugurada em maio de 2014 no Mercado da Ribeira. Nuno Bergonse, o jovem chef que acumula a parte criativa de outras casas – como a Ministerium Cantina e o restaurante- bar Duplex, não esconde que levou mais de ano e meio «a namorar ao balcão» Manuel Aguiar. Tinha visto nas marisqueiras «uma oportunidade de negócio», só que precisava de alguém do ofício e Manuel tinha trabalhado com a velha guarda em estabelecimentos como a Portugália ou a Ribadouro.

Juntos tentam imprimir o melhor dos dois mundos: a técnica e a criatividade de um – ainda que Nuno seja o primeiro a reconhecer «que neste ramo não vale a pena inventar muito; quanto mais natural, melhor» – aliada ao conhecimento prático do outro, pois é Manuel quem conhece os fornecedores, os clientes e truques tão eficazes quanto certeiros. Um exemplo: Nuno cozia o marisco em água com sal, mas Manuel defendia o contrário. Levou a melhor e na Azul todo o marisco passou a ser cozido sem sal, sendo depois mergulhado ainda quente numa água salgada para melhor o absorver.

Já quando se trata de falar do produto nacional, são unânimes: «É excecional.» Noventa por cento do que servem é português; a percentagem poderá ser diferente na concorrência, mas nunca como agora fomos tão exigentes e soubemos tanto sobre aquilo que nos chega à mesa, ao ponto de reclamarmos a gamba da nossa costa, a lagosta branca ou os percebes das Berlengas para além dos da Costa Vicentina e da praia das Maçãs) a par das amêijoas fêmea (mais cheias e carnudas do que as macho. E de norte a sul, passando pelas ilhas, a escolha é grande.

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