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Aprenda a fazer esta deliciosa açorda com pão alentejano

Percorra esta fotogaleria para aprender a fazer esta açorda de camarão e lagosta, com pão alentejano. (Fotografias: Jorge Simão)
A chef Manuela Brandão, do restaurante Pap'Açorda, é a autora da receita, onde o pão alentejano é a estrela.
A matéria-prima desta semana na «Evasões».
Demolhe o pão com 50 cl de água.
Coloque num tacho em lume brando e junte o sal, os coentros e o alho, que deve ser previamente frito no azeite.
Mexa durante 15 minutos até cozer e, se necessário, adicione mais água até obter a textura desejada. Depois de cozida, colocar num prato com o ovo e, por cima, pousar o camarão descascado e a lagosta desfiada (previamente cozidos em água e sal).
Bom apetite!

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Receita

Açorda real (camarão e lagosta)
(para 1 pessoa)

Meio pão alentejano
100 g coentros
6 dentes de alho seco
5 cl azeite
12 camarões
100 g lagosta
1 ovo
Sal

 

Preparação

Demolhe o pão com 50 cl de água. Coloque num tacho em lume brando e junte o sal, os coentros e o alho, que deve ser previamente frito no azeite. Mexa durante 15 minutos até cozer e, se necessário, adicione mais água até obter a textura desejada. Depois de cozida, colocar num prato com o ovo e, por cima, pousar o camarão descascado e a lagosta desfiada (previamente cozidos em água e sal).

 

Mediterrâneo, pois então!

O termo «açorda» vem do árabe «tarid», por sua vez declinação moderna de «ath-thurdã». «Sopa» decorre do léxico germânico e deriva da palavra «suppa». Com pequenas diferenças, ambas querem dizer o mesmo, mas exprimem realidades totalmente diferentes. A primeira é obviamente mediterrânea, enquanto a segunda é continental. Nada mais, nada menos do que duas das três grandes influências da cozinha portuguesa, só falta a atlântica, que responde contudo à chamada no capítulo dos caldos e proteínas. É, por isso, assunto bem português, mais caldoso ou menos caldoso, mais pão ou menos pão – ou mesmo sem pão algum, a açorda dita à alentejana, criação inefável e rústica –, está na ordem do dia.

A chef Manuela Brandão, do restaurante Pap’Açorda, em Lisboa, partilha hoje connosco a receita de mais um dos seus pratos-estrela, de assinatura alentejana inconfundível, porque é baseada num piso de alho, azeite e coentros, e por recorrer ao pão mais tradicional do Alentejo, onde «às sopas chamam açorda e à açorda chamam-lhe migas», como se ouve no fado corrido Mestre alentejano, de João Vasconcelos e Sá. A cascaria que a chef utiliza – lagosta e camarão – é rica mas funciona sempre, com qualquer caldo extraído do marisco mais corrente. Em casa, quase vale a pena comprar o pão e deixá-lo endurecer por dois ou três dias, para reproduzir esta maravilha que a receita oferece. Boas experiências!

 

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