5 sítios para comer um brunch em Lisboa

Fauna & Flora

O verde das plantas estende-se da porta à parede do fundo da sala, dando as boas-vindas a quem visita o novo Fauna & Flora aberto nos Anjos, em julho. As plantas penduradas nas paredes e até as cablagens à mostra no teto tornam o espaço altamente “instagramável”, mas a intenção de Joana Faria – realizadora de publicidade e uma das sócias do negócio – é que as pessoas lá vão pela qualidade da comida e pelo ambiente. “É um espaço de honest food, cool e saudável”, resume.

“O nosso menu está disponível das 09h às 19h e as pessoas têm aderido muito bem a esta forma de pensar”, tendo em conta a clientela equilibrada entre portugueses e estrangeiros que tem procurado este Fauna & Flora. O que significa que de manhã se pode pedir um hambúrguer, como à hora de almoço uma panqueca e ao fim do dia uma bowl de caril de frango. Não há horários, manda o apetite.

“A panqueca Tropicália é a única novidade” que sai por estes dias da cozinha liderada pelo chef André Veríssimo, explica Joana Faria. Já tinha sido testada no primeiro Fauna & Flora (aberto na Madragoa em 2017), correu bem, e foi guardada para se estrear na carta deste novo espaço (que de resto já tinha sido mudada em maio).

Os pratos de cogumelos portobello, os ninhos (feitos em massa kataifi com váriascoberturas) e as bowls são também muito pedidos, a várias horas do dia, em linha com os sumos naturais, smoothies e cocktails sem álcool. Um aspeto importante é o facto de qualquer pessoa poder personalizar os componentes do prato, consoante prefira uma
dieta vegana ou tenha alguma intolerância alimentar.

Casinha Boutique Café

Numa zona residencial onde pouco ou nada está aberto depois das 20h sem ser restaurantes, a abertura da Casinha Boutique Café só podia ser bem recebida. Aqui, não há horas para pedir seja o que for da carta, explica Maria Santos, responsável por este franchising aberto há três meses numa pacata rua das Avenidas Novas. A começar pelo brunch, essa refeição que junta o pequeno-almoço e o almoço e que caiu nas boas graças dos portugueses.

“Pode-se pedir a qualquer dia da semana e a qualquer hora”, explica Maria, acrescentando que, ainda assim, é mais procurado ao fim de semana. E o que traz para a mesa? Há que escolher: entre sopa ou iogurte grego com compota; croissant ou scone; fatia de quiche, sandes ou ovo mexido; bolo ou salada de frutas; bolo de chocolate sem glúten ou cheesecake (há vários) e limonada sem açúcar, groselha de frutos vermelhos e chá frio (tem várias opções). Custa 11,95 euros.

Quem lá for não pelo brunch, tem um sem número de alternativas como crepes salgados (de frango, salmão, hummus ou presunto, por exemplo), focaccias, sandes e saladas. Inclusive açaí, servido com iogurte grego, granola e fruta. As panquecas de aveia e de aveia com banana e fruta, iogurte grego e granola são também muito pedidas, a todas as refeições, revela Maria. “A massa dos crepes, das focaccia e das panquecas é feita por nós diariamente”. Nota para o facto de muitos dos produtos não terem glúten nem açúcar (caso dos gelados que se perfilam no balcão). O espaço é elegante e confortável e convida a ficar tanto na esplanada como no interior, dispondo de Internet gratuita e
uma ampla sala inferior para refeições de grupo.

Cotidiano

Saladas, taças havaianas, hambúrgueres, panquecas, bebidas naturais e, claro, brunch. Há de tudo um pouco no Cotidiano – aberto em janeiro na Rua do Crucifixo, na Baixa – e disponível para comer a qualquer hora do dia, explica Pedro Sotero, sócio do projeto em conjunto com os amigos madeirenses Pedro Ferreira e Lourenço Pestana.

Se é verdade que os olhos são os primeiros a “comer”, confirma-se: o brunch do Cotidiano é bastante fotogénico. E também muito saboroso, como se quer. É composto por iogurte com granola, pêra assada, frutos vermelhos, manteiga de amendoim caseira e mel, ovos mexidos, estrelados ou escalfados, bacon e abacate, húmus de beterraba, fatias de pão da Gleba, pão de cereais caseiro, café ou latte.

Ao pequeno-almoço, da cozinha saem também o green shakshuka – um pequeno-almoço do Médio Oriente – que vai para a mesa numa frigideira diretamente do forno, e várias panquecas feitas na hora. Manteiga e xarope de ácer, chocolate e caramelo ou maple syrup e banana caramelizada em açúcar de coco são algumas das coberturas.
Já os amantes de ovos benedict vão adorar este twist: o molho holandês, por ser feito com extrato de beterraba ligeiramente mais avinagrado, é cor-de-rosa. Os ovos são servidos com salada e a escolha de ingredientes extra fica por conta dos clientes.

A ideia do Cotidiano é dar liberdade a cada pessoa para compor a refeição a gosto, entre opções vegetarianas, veganas, sem glúten ou lactose. Para beber há sumos frescos todos os dias, ou não fosse este um espaço cheio de energia positiva para todos os dias.

Avocado House

Nesta casa cheia de abacateiros, tudo o que chega à mesa leva a verde matéria-prima da América do Sul. A ideia de abrir este templo ao abacate surgiu de Mafalda Leitão – formada em marketing e publicidade – e o resultado está à vista de todos desde julho: um espaço colorido com um menu pensado para todas as horas.

Não há propriamente um brunch, mas sim muitos dos elementos que os compõem, disponíveis, para começar, das 09h às 18h. É o caso dos Healthy Avo (iogurte iogurte de abacate, frutas da época, granola caseira, mel, mix de sementes e iogurte natural sem lactose) e da panqueca de abacate com geleia de abacate, bacon crocante, ovo frito e
flores comestíveis.

Os ovos e tostas surgem a seguir, para quem já quiser aproximar-se de uma refeição mais consistente. Destaca-se o Forest Benedict, com ovos escalfados, espinafres salteados, fiambre de peru fumado, mix de rebentos, salada de gaspacho e um molho holandês bem verde, feito com abacate. Para acompanhar há sumos, chás, lattes e
smoothies.

Mafalda Leitão levou um ano a afinar a carta da Avocado House, que reflete também as suas paixões pelas cozinhas grega, turca e libanesa. Em linha com o amplo horário de funcionamento surge um painel inspirado na floresta encantada, cujas cores vão diminuindo do dia para a noite. Ao fundo da sala existe um pequeno pátio onde se pode comer entre abacateiros.

Um Elétrico Chamado Tágide

Frente ao restaurante Tágide – que só pela vista sobre Lisboa vale imenso a visita – come-se agora um brunch de verão, todos os sábados, das 12h30 às 17h. Mas não é numa esplanada qualquer, é n’ Um Elétrico Chamado Tágide, um apoio de bar ao ar livre que Suzana Barros de Brito (dona do Tágide) se lembrou de criar no verão de 2017. A
decoração ficou a cargo de uma aluna finalista do curso de Design de Comunicação (a academia fica mesmo perto) e culminou num ode às ninfas do Tejo que inspiraram Camões para escrever Os Lusíadas.

Há duas opções de brunch. O Healthy, composto por um prato de fruta da época, salada de requeijão, frutos secos e mel, hummus, compal ou refrigerante e café; e o Confort, que inclui um bao de porco, croquetes com maionese, duo de chips, uma dupla de café e chocolate ou chá e leite creme.

Segundo o espaço, quem quiser pode adicionar aos menus de brunch um copo de vinho, por mais 1,50 euros, ou consultar a carta de vinhos para ver mais opções. Tudo bons pretextos para ficar por ali, na esplanada à sombra, a ver o Elétrico 28 passar à porta do restaurante. O brunch estará disponível até ao final de outubro.

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