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Lisboa: Duas praças descaracterizadas ao mesmo tempo. É obra!

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Dois assuntos ligados a praças de Lisboa saltaram para os papéis dos jornais e para as discussões de grupos que se preocupam com a cidade nas redes sociais. Os azulejos modernaços que já cobrem as fachadas de um dos lados da Praça da Figueira (e que vão cobrir toda a praça) e o anúncio da demolição de um edifício antigo no Largo do Rato para se construir um mamarracho, já conhecido como «o mono do Rato».

Pouco me importa saber agora de quem é a culpa de tais barbaridades. Mas estes atentados, um à Baixa pombalina e o outro a um largo que até agora só tinha edifícios de época, são mais duas feridas que se abrem no centro. E quem ganha com isto? A cidade não será certamente. Os lisboetas também não. Talvez sirva a alguns privados. Há uns anos todos pensámos que a gestão de Abecassis como presidente de câmara, que ficou conhecida pela destruição do Monumental, de quase metade dos edifícios antigos da Avenida da Liberdade e de disparates feitos no Chiado (que prejudicaram o combate ao incêndio de 1988) nos tinham servido de lição. Que passaríamos a ter gestões municipais que defenderiam a herança histórica da cidade, que teriam bom senso na proteção e valorização do espaço público.

Mas não, o pato-bravismo está mais forte do que nunca. Fazem-se intervenções sem o mínimo de respeito por Lisboa (Cais do Sodré e Campo das Cebolas são apenas dois exemplos) e deixa-se cometer barbaridades como as da Praça da Figueira e do Largo do Rato. É demasiado triste. Lisboa merecia melhor.

 

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